conteúdo do batáguas ao vivo

Fotografias da minha autoria



O Relatório DB era uma autêntica odisseia de temas e, todos os meses, ficava a aguardar pela análise atenta, por vezes insana, que o Diogo Batáguas trazia dos vários acontecimentos que marcaram Portugal e o mundo. Portanto, foi com tristeza que vi este conteúdo terminar, mas, em fevereiro deste ano, as nossas preces foram ouvidas.

O humorista não regressou com o relatório, mas trouxe-nos o Conteúdo do Batáguas e a promessa de um encontro a cada quinze dias. No final da primeira temporada, e em jeito de despedida, anunciou datas ao vivo, uma em Lisboa e duas no Porto, para que se «fizesse um apanhado de 2024», sempre de um ponto de vista profissional. Ou não.


Embora acompanhe os seus vídeos religiosamente, quase como se fossem um episódio de uma série de conforto, sinto que nenhum deles me preparou para o espetáculo que eles construíram. Sim, a loucura estava lá toda, mas creio que conseguiram elevar a fasquia, a começar logo pela abertura. Surreal? É provável, contudo, ali, fazia sentido.

Havia muitos pontos sobre os quais me apetecia escrever com detalhe, mas não o farei, até porque a data de Lisboa ainda não aconteceu e não quero comprometer a experiência a quem possa ir assistir. Além disso, acho que é mesmo daquelas situações em que quanto menos soubermos melhor, para sermos surpreendidos. Digo-vos, isso sim, que acabei a chorar de tanto rir, porque ninguém escapa às provocações. Nem o próprio autor, o que torna tudo mais engraçado, quer pelas expressões do mesmo, quer pela reação da equipa. Aquilo que senti é que eles se divertem imenso a fazer isto.

Fazendo, assim, uma travessia por aquilo que de mais épico aconteceu ao longo do ano e pelas personalidades que estiveram em destaque, quase nunca por razões favoráveis, a verdade é que fomos brindados por muita chalupice e vergonha alheia. Felizmente, o humor traz-nos um pouco de saúde mental, permitindo-nos lidar com o caos, mesmo quando vem revestido de estupidez e comportamentos/observações infantis. A questão é que, entre amigos, quem é que não tem comentários estouvados, inusitados? Somos adultos, sim, mas só até certo nível. E ainda bem que eles não se inibem de o mostrar.


No final, para fecharem com chave de ouro, levaram-nos até ao município brasileiro de Bataguassu e confidenciaram-nos uma das maiores peripécias dessa viagem. Não desfazendo o resto, até porque foi um espetáculo recheado de pérolas memoráveis, essa foi uma das minha partes favoritas. E, enquanto saía do Super Bock Arena ao som de Na Na Nada, dos Capitão Fausto, dei por mim a pensar no privilégio que foi vê-los. Nisso e no quanto nunca mais verei o Vitor Sá da mesma forma, já que há imagens que não se podem apagar. A equipa foi escolhida a dedo e essa energia transparece.

Conteúdo do Batáguas - em vídeo e ao vivo - é descontraído e alucinado, mas não deixa de nos fazer pensar numa série de questões que nos moldam enquanto pessoas e enquanto sociedade. E sei que é por isso que gosto tanto de o acompanhar: porque é preciso ter um olhar minucioso para equilibrar a estupidez e a crítica, de modo a que nos pareça que é só um momento de entretenimento. Mas, depois, fica a ecoar em nós.

Comentários

  1. Deixaste-me mesmo curiosa.

    Excelente reportagem *.*

    Beijinho grande, minha querida!

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    1. Se tiveres curiosidade, os vídeos estão todos disponíveis no youtube ☺️
      Obrigada!

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  2. Não acompanho, mas parece ter sido um evento giro 😊

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