favoritos de 2024: filmes, séries e podcasts

Fotografia da minha autoria



Os favoritos na componente audiovisual têm uma pequena dose de batotice, já que inclui alguns conteúdos que talvez possam não encaixar na classificação inicial. No entanto, trouxeram-me tantas reflexões importantes e momentos de lazer fundamentais que seria injusto deixá-los de fora desta lista tão singela.

A sétima arte continua em clara desvantagem, mas também sinto que nos restantes capítulos tive alguma dificuldade em enumerar títulos que me tivessem tirado o fôlego. Não obstante, estes oito cumpriram todos os requisitos, marcando o meu ano.


voz de cama
Ia ouvindo episódios soltos do podcast que junta Tânia Graça e Ana Markl, mas, no início de 2024, decidi maratoná-lo. Acho que elas nos trazem perspetivas muito interessantes e importantes, ajudando-nos a refletir sobre uma série de questões sobre relações, sexualidade e, inclusive, empatia. Dei por mim a responder-lhes inúmeras vezes, a ficar irritada com e-mails egocêntricos, a sentir o peito a comprimir. Voz de Cama é serviço público de qualidade.


suar do bigode
O solo foi gravado ao vivo no Coliseu de Lisboa e nem damos pelo tempo a passar, já que monotonia é um conceito que não entra no vocabulário da Bumba. Falando sobre maternidade, histórias de família, ansiedade, encontros, relações longas, depilação, picos de inteligência e tantos temas mais, é um texto muito bem encadeado e cheio de ritmo. Além disso, a Bumba não tem qualquer receio de usar o palco e de ser bastante expressiva. E isso também nos mostra o quanto foi tudo pensado ao detalhe - opinião completa aqui.


matilha
O anúncio começou a passar na RTP e eu fui logo transportada para a série Sul (2019), transmitida pelo mesmo canal. Por instantes, pensei que pudesse ser uma segunda temporada, mas depois compreendi o porquê desta associação: é que os protagonistas da nova série vêm desse universo, protagonizando uma espécie de spin-off. Para evitar repetir-me, se quiserem ler a minha breve opinião sobre cada um dos episódios, podem encontrá-la nos números 25, 26, 27, 28, 29, 31 e 32 da minha newsletter, a Portugalid[Arte].


bom partido
O Guilherme Geirinhas é um comunicador nato, por isso, fico sempre interessada nos projetos que tira da gaveta. Uma vez que está «farto de política», decidiu juntar «alguns amigos para falar sobre a vida» e sobre todas aquelas questões que, sendo de máxima importância, não têm espaço num debate televisivo ou no parlamento. Bom Partido é o concretizar da premissa citada anteriormente. É uma mini-série de seis conversas com candidatos políticos - encontram a minha opinião completa no segmento Caixa Mágica, aqui.


erro 404
Erro 404 transporta-nos para várias referências. Rita acabou de perder a melhor amiga e companheira de casa. Mergulhada numa tristeza profunda, completamente desmotivada e apática, encontra uma réstia de esperança numa aplicação: a Appy, que lhe permitirá viver a vida de outras pessoas. No estado em que se encontra, sente que não tem algo a perder, no entanto, a fase experimental desta aplicação pode trazer-lhe consequências irreparáveis.

Esta série prometeu, cumpriu e deixou-me a desejar uma segunda temporada. Tenho opinião detalhada aqui.


na casa com o próprio
Embora não o acompanhe desde o início do seu percurso, o Dillaz é um dos artistas com presença garantida nas minhas playlists e sinto que é a exceção na regra do «quem não aparece é esquecido», atendendo a que é bastante discreto e que dificilmente o vemos em entrevistas ou conteúdos paralelos à música. E isso sempre me fascinou, porque nota-se que o foco está todo na arte - e não tanto no espetáculo envolvente - e porque não é por isso que tem menos público - os concertos, por exemplo, comprovam-no. Contudo, reconheço, adorava que abrisse mais vezes a porta dos bastidores, porque é algo que nos aproxima ainda mais. E acho que conseguiu isso com a série Na Casa com o Próprio - podem ler opinião completa aqui.


restos do vento
Restos do Vento mostra-nos que existem ciclos difíceis de quebrar, que a culpa nem sempre é sentida e que o sofrimento pode cegar. Oscilando entre a violência, o medo e o discernimento de saber o que é certo e o que é errado, creio que este filme também é sobre perdoar ou, então, sobre como podemos escolher a bondade, mesmo que nos tenham ferido de formas insanáveis. 25 anos depois, a história repetiu-se, no entanto, foi mais longe: se calhar, para provar que não saímos assim tão impunes. Se calhar, para provar que, em algum momento da vida, teremos de responder pelos nossos atos - tenho opinião completa no blogue.


irreversível
A vida pode mudar num ápice, da maneira mais improvável. E, de facto, há desfechos que não se revertem. Ainda assim, no meio de tantas sombras, talvez exista espaço para a redenção. Irreversível parece-me uma excelente demonstração disso. Disso, e do quanto a verdade e a mentira não são conceitos lineares. Que série extraordinária! - podem ler a minha opinião aqui.

Comentários

  1. Como te disse na rede vizinha o meu podcast preferido foi Coisa que nao edifica nem destroi, e junto Voz de Cama, Estupidamente Desagradavel, Parecia tao Boa Pessoa, Isso nao se diz :) Tambem gostei muito da serie Irreversivel! Junto Bad Sisters, Disclaimer, OMITB. Tambem vi bastantrs filmes, recomendo o ultimo, sequela de Wonder - White Bird (disponivel no Prime Video), Six Three Eight no Netflix, Darkest Hour tambem no Prime, ah e o filme de Natal Red One tambem bem no Prime :) Ah fiz finalmente binge de Handmaid Tail e estou rendida ao trabalh ada Elisabeth Moss :) Recomendo The Veil no Disney + Ah se puderes ve tambem o filme Blitz (e da Apple TV mas deves poder ver online) Ufa desculpa a trapalhice mas como vi muita coisa fui-me lembrando aos soluços :D

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