florbela pâtisserie & torel book club
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Fotografias da minha autoria |
A Florbela Pâtisserie, uma pastelaria de inspiração francesa, localiza-se na biblioteca do hotel literário Torel Palace Porto. Para além de nos permitir uma viagem a França sem sairmos da cidade, é uma assumida homenagem à poetisa Florbela Espanca.
O convite para mergulharmos neste universo literário é feito através de detalhes particulares, como um teto forrado de livros suspensos ou estantes cheias de obras distintas. Já me tinha cruzado com algumas fotografias do espaço, mas ainda não tinha tido a oportunidade de o visitar. A propósito de edição especial do Torel Book Club, acabei por colmatar essa falta e rendi-me completamente àquele lugar mágico.
Creio, inclusive, que o encanto da sessão se tornou mais evidente pelo ambiente da sala, uma vez que nos faz sentir em casa. Aliás, ainda que não sejam comparáveis na estrutura, senti-me na casa dos meus tios, onde os livros sempre tiveram um lugar especial para habitarem. E, de repente, parecia uma personagem de uma história.
Já estou a divagar, perdoem-me, no entanto, acho mesmo fascinante como um lugar consegue ter tantas vidas dentro e transportar-nos para cenários que nos são tão próximos. Voltando ao motivo que nos levou até à Florbela Pâtisserie, quando vimos a iniciativa focada no dia da mulher, cujo propósito era promover uma conversa entre as escritoras Maria Isaac, Susana Amaro Velho e Íris Bravo acerca da «presença feminina na literatura, [d]a força das protagonistas e [d]a entreajuda entre mulheres no mundo literário», não quisemos desperdiçar a oportunidade de assistirmos a este momento.

Foi uma partilha muito plural e rica, que estabeleceu pontes entre vivências pessoais, plano nacional de leitura, expectativas, o caminho percorrido e o que falta percorrer e mais uma série de tópicos soltos, que acabaram por se alinhar com naturalidade. Mais do que destacar frases/pensamentos que me marcaram nesta conversa, e tenho vários que me deixaram a refletir, interessa-me mais focar-me no privilégio que é/foi ver este evento a ganhar forma, porque sabemos que isto não seria possível, por exemplo, na altura de Florbela Espanca, porque as mulheres ainda precisam de batalhar para ter o seu lugar de fala, porque também é um abrir de portas cultural, que não reservam iniciativas desta magnitude apenas à capital do país. E, sendo-vos honesta, enche-me o coração perceber que o Porto é palco de eventos bonitos e importantes como este.
Na qualidade de leitora, também acho fascinante ter este contacto com autoras que leio e que fazem parte das minhas escolhas - das três, reconheço, a Íris Bravo é a que conheço menos, mas a Susana Amaro Velho e a Maria Isaac são presença recorrente -, isto porque permite descobri-las para lá dos seus enredos e perceber como é que olham para a literatura e como é que a vivem, sabendo que têm outras profissões.
Cada uma das autoras está a fazer a sua parte para continuar a abrir portas neste meio e eu sinto que isso é absolutamente inspirador: para quem lê e para quem escreve.
Que espaço incrível. Os livros suspensos fizeram-me tanto lembrar o Harry Potter.
ResponderEliminarTenho mesmo de visitar.
Beijinho grande, minha querida!
Fiquei apaixonada pelo espaço e com muita vontade de ver o hotel
EliminarAcho que ias adorar a visita 🥰
Parece ter sido bem interessante!
ResponderEliminarBastante 😍
EliminarObrigada por compartilhar é um lugar incrível pra quem gosta de livros, bom final de semana bjs.
ResponderEliminarSentimo-nos mesmo em casa!
EliminarGostaria de conhecer, quem sabe se irei ao Porto entretanto. Há tantos anos que espero lá voltar...
ResponderEliminarBeijinhos
Espero que esse reencontro seja possível para breve 🤞🏻
EliminarLugar maravilhoso e cheio de história. Adorei o post.
ResponderEliminarBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Maravilhoso, sem dúvida!
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