as coisas maravilhosas de fevereiro

Fotografia da minha autoria

Fevereiro trouxe reencontros e abraços que são colo, estreias e músicas que queria muito ouvir ao vivo. Nem sempre dei pela passagem do tempo, embora não tenha sentido que o mês passasse num sopro, como é habitual, mas há momentos que ficarão gravados em mim.

as coisas maravilhosas de fevereiro

os fragmentos aleatórios

Chávena Tulipa

Já me tinha cruzado com vídeos desta chávena, mas nunca a tinha visto à venda. Certo dia, ao passar pela Tiger, vi uma série delas na montra e é claro que não resisti. Se precisava de uma chávena nova? Não precisava. Mas é uma tulipa e tenho uma nova chávena favorita.

   

Vinil Inquieta

A Gisela João lançou um dos meus álbuns favoritos do mês e, arrisco-me a dizer, do ano, por isso, estava expectante com a possibilidade de existir uma versão física do mesmo. No dia em que saiu o vinil, nem pensei duas vezes e fui à Fnac comprar um exemplar, que me deixou ainda mais apaixonada por este trabalho. Aquele azulão é mesmo de tirar o fôlego.

   

Outros fragmentos aleatórios: a versão acústica de Como Seria? / Amor Sóbrio, de Van Zee & Frankieontheguitar; a BiblioLED disponível na Área Metropolitana do Porto.

as músicas e os álbuns

• Milionário, Plutonio & PTM;
• Equívoco, Bezegol, Mundo Segundo & DEAU;
• Chiaroscuro, Capicua;
• Greyness, Gui Aly.

• Sozinha e Mal Acompanhada, Pikika;
• Efeito Submarino, João Couto;
• Inquieta, Gisela João;
• Melancólico Dançante, Valter Lobo.

as publicações

Onde o Silêncio Não Chega

O som desenfreado da máquina de escrever ia enfraquecendo, acompanhando a delicadeza de algo que se vai tornando ausente, longínquo, quase como se fosse um sopro indetetável. E ali estava eu, novamente, a pensar na morte, no declínio que não sou capaz de adiar.

os filmes, as séries e os podcasts

Lugar 54

Os parques de estacionamento são espaços funcionais, que cumprem um propósito muito específico. Mas já pararam para pensar na quantidade de histórias que podem esconder, sem que nunca sejamos capazes de as desvendar? Eu nunca tinha feito esse exercício de análise, até que assisti à mais recente produção nacional da RTP Lab - opinião completa aqui.

Não Prometemos Para Mais Ninguém

Juntos há mais de 23 anos, o espetáculo de Catarina e António Raminhos é uma conversa «animada, satírica e sarcástica» sobre os desafios da relação, o que fazem para manter a chama acesa, as discussões, as dificuldades económicas, a maternidade/paternidade, os ciúmes e todas as oscilações emocionais que fazem parte de uma vida em comum. Com espaço para o improviso, todas as histórias partem de situações verídicas e fica claro que a comunicação é mesmo uma das bases das quais não largam mão, caso contrário, parece-me, não seria possível falar sobre todos estes assuntos com tanto à vontade e tão pouco receio de mostrar vulnerabilidade ou de serem mal interpretados.

os livros

Os favoritos do mês

• Dores Crónicas, Bruno Nogueira;
  
• Aquilo Que o Sono Não Esconde, Mafalda Santos;
• Melhor Não Contar, Tatiana Salem Levy.

Outros livros lidos: Palavra do Senhor, Ana Bárbara Pedrosa | História do Novo Nome, Elena Ferrante | Uma Mulher Não é Um Homem, Etaf Rum | Cor-de-Margarida, Capicua | Limpa, Alia Trabucco Zerán | Amar em Tempo de Pandemia, Edgar Martins Valente | Enquanto Lisboa Arde, o Rio de Janeiro Pega Fogo, Hugo Gonçalves.

os momentos

Fevereiro teve direito a uma celebração familiar, por causa do aniversário do meu pai, jantares com amigas e uma tarde a matar saudades da minha sobrinha do coração. Foi um mês relativamente tranquilo, com eventos culturais há muito ansiados - e um que nunca esperei - e terminou com uma tentativa improvisada de brincar ao carnaval em modo Hermione Granger.

     

 

   

   

Aura Super Jovem, Salvador Martinha

Acredito que uma das valências do Salvador é a entrega. O texto é ótimo - e o deste solo, para mim, mostra bem a sua evolução e segurança -, mas ele eleva a fasquia pela forma como o apresenta, o interpreta e se faz valer da sua expressão corporal para envolver a plateia, sem, no entanto, assumir uma personagem. Podem existir frases hiperbolizadas, com o intuito de provocar reações concretas, mas não existe qualquer dúvida de que, ali, é o Salvador a escalar por pensamentos e observações pessoais - com uma camada extra. E nós somos embalados nessa dinâmica, nesse jogo que nos leva a percorrer inúmeros cenários e situações, sempre com um ritmo contagiante - experiência completa nesta publicação.

   

Concerto Solidário na Casa da Música

A cinéfila que permanece adormecida em mim sentiu que um evento onde se tocaria a banda sonora de filmes icónicos seria uma forma bonita - e segura, talvez - de apreciar melhor este momento, uma vez que não tenho proximidade à música clássica. Só não estava à espera de ficar visivelmente emocionada, de pele eriçada e a pensar que não seria mal pensado repetir esta experiência, porque superou todas as expectativas - experiência completa aqui.

   

Van Zee no Coliseu do Porto

Estava, particularmente, curiosa para escutar Como Seria? / Amor Sóbrio, Ainda Prendes o Cabelo e Bravos ao vivo e sei que me apaixonei um pouco mais por estas músicas. Em simultâneo, queria muito ouvir a Even com o Richie Campbell, embora não tivesse garantias de que pudesse acontecer: aconteceu e foi, sem sombra de dúvidas, um dos meus momentos favoritos da noite. Por outro lado, percebi que a Pull Up cresceu em mim, e acho que essa é uma das coisas mais bonitas de estar num concerto, uma vez que sentimos a emoção do artista e ficamos a conhecer os temas de outra maneira. Para Casa continuará a ter um lugar cativo no meu coração e foi maravilhoso ter o Ivandro a cantar a Chamadas, bem como o Bispo a trazer-nos a inigualável Bênção - experiência completa aqui.

   

Março, sê gentil ✨