conteúdo do batáguas ao vivo

Fotografias da minha autoria

O Conteúdo do Batáguas faz parte do meu grupo de programas indispensáveis, porque me divirto sempre «com o olhar incisivo», ora cómico, ora parvo, da equipa acerca dos assuntos que dominam a atualidade portuguesa. Com a segunda temporada a chegar ao fim, regressamos ao Super Bock Arena para assistir ao «apanhado de 2025 ao vivo».

Sinto que estou a fortalecer uma nova tradição com os meus amigos e parte da magia deste espetáculo, para mim, também passa por aí, já que posso partilhar a experiência com pessoas que acompanham — e vibram com — o Conteúdo do Batáguas como eu. E é sempre incrível quando temos estes pontos de contacto, que nos permitem observar a mesma premissa a partir de várias perspetivas: temos todos detalhes a destacar e não serem os mesmos só enriquece a forma como o texto/momento nos ficará na memória.

Há muitas dinâmicas sobre as quais adorava poder escrever abertamente, no entanto, isso estragaria a surpresa a quem ainda o for ver no Sagres Campo Pequeno. Por isso, direi apenas que senti que se superaram em relação ao ano anterior. Não quero entrar em comparações, que seriam injustas porque a proposta era diferente e estava sempre condicionada pelo facto de ser uma estreia, mas senti-os mais descontraídos, com um tom mais natural e fluído. É diferente gravar em estúdio, mesmo com plateia, não só por ser um número mais reduzido, mas também por haver a possibilidade de repetir certas partes, e atuar ao vivo. Parece que estou apenas a referir o óbvio, mas às vezes é preciso ter esta ideia presente, porque acho que ajuda a entender melhor que há coisas que podem falhar e que isso faz parte. Abrir mais do que uma data ajuda a aprimorar a piada e o ritmo, a compreender aquilo que funciona e aquilo que pode ser ajustado, a ter noção de como é que determinada sequência chega a quem a ouve. É frenético e, ao mesmo tempo, vale totalmente a pena pela forma como equilibram tudo tão bem.

Foram mais de duas horas de espetáculo, sem pausas, com tudo pensado ao pormenor. Houve muita insanidade, realização de sonhos, trocadilhos de várias escalas, registos comprometedores, aparições e imagens que, uma vez vistas, não se podem esquecer. Só não houve uma visita ao Tutti-Frutti, «que é um bar todo espelhado em Arganil», talvez na próxima tour, mas tiveram muito lampo e uma fonte inesgotável de pimpo.

Conteúdo do Batáguas prometeu e entregou tudo. E eu chorei de tanto rir, até porque é sempre imprevisível. Agora, cença, que espero repetir o feito na retrospetiva de 2026.

   

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