As 7 rubricas que chegaram ao fim

Fotografia retirada do blogue The Enchanted Journal


«Reescreva-se, republique-se, reinvente-se. E transforme-se na melhor edição feita de você»
Fernanda Mello



As mudanças, sejam maiores ou mais pequenas, fazem parte do nosso percurso. E são a demonstração clara de crescimento ou de necessidade de adaptação. Porque nós não somos seres estáticos. Porque há sempre algo que se altera - em nós e no que nos rodeia. Abraçar estas variações pode ser assustador, mas também é uma forma de rebentarmos a nossa bolha de conforto e de percebermos que, para além de existir muito mais do que aquilo que imaginamos, há sempre uma nova forma de redescobrirmos o nosso caminho.

Quando publiquei As gavetas abertas por..., para vos lançar um desafio para a semana do meu aniversário, partilhei que, apesar de o objetivo ser claro, a evolução do blogue nunca foi feita em linha reta. Muito pelo contrário, foi sofrendo metamorfoses. E um exemplo muito evidente disso passa pelas rubricas. Algumas surgiram sem a pretensão de o serem, mas tornaram-se regulares. Outras assumiram essa designação desde o início, mas, atualmente, estão adormecidas. Pelo meio, houve sete a ganhar vida. Porém, por decisão ou esquecimento, não prosperaram. E chegaram mesmo ao fim [irreversivelmente ou para renascer noutra vertente].

Banda Sonora: O objetivo era partilhar uma música para um determinado momento, explicando, resumidamente, o motivo daquela escolha. Acredito que há temas mais apropriados do que outros para certas ocasiões, e aqueles seriam os que mais facilmente me acompanhariam. No total, fiz dez publicações, mas acabei por largar este formato.

A lista dos meus desejos: Inspirada no livro de Grégoire Delacourt com o mesmo nome, decidi enumerar individualmente os meus desejos. Sem qualquer ordem definida, cheguei a revelar oito, mas depois nunca mais voltei a esta lista. Apesar de terem pequenas diferenças, a começar pela própria elaboração e abordagem do texto, a rubrica Quero não deixa de ser uma espécie de sucessora.

Caderno de bolso: Teve início no Parte do que sou - o meu primeiro blogue. Quando inaugurei As gavetas da minha casa encantada, achei que seria uma boa forma de recuperar alguns dos textos que por lá escrevi [permitindo, assim, uma transição mais suave]. Contudo, o próprio nome deixou de fazer sentido. E, além disso, senti necessidade de modernizar alguns aspetos e acrescentar novos dados. Desta forma, fechei o caderno de bolso para sempre, para passarmos a fazer viagens de metro.

Minutos com história: Sem periodicidade fixa, consistia em mostrar vídeos de coisas que me chamassem à atenção. O requisito era serem da minha autoria e não excederem a duração de um minuto/um minuto e meio, só o suficiente para representarem uma situação que me encheu as medidas. No entanto, em 11 partilhas, pouquíssimos foram aqueles que cumpriram a premissa [o grave é que só me lembro mesmo de um que o tenha feito]. Portanto, quando percebi que o fio condutor se tinha perdido, parei de atualizar a rubrica. Mais tarde, e de uma maneira mais abrangente, surgiram os Fragmentos.

Alta Definição: Quando Daniel Oliveira lançou O livro das perguntas do Alta Definição, partilhou algumas no seu facebook. Quem é que nunca sonhou responder à famosa «o que dizem os teus olhos»? Não cheguei aí. E, ao fim de oito perguntas, não voltei a abrir este capítulo.

Dá que pensar: A base desta rubrica surgiu após ler a entrevista que Leonor Poeiras fez a Manuel Luís Goucha, para o projeto Maria Capaz. No meio de um discurso tão interessante, houve uma frase que me fez parar. Porque há verdades que consideramos absolutas. Porém, se as desconstruíssemos, talvez não as aceitássemos com a mesma convicção. Apesar de querer desenvolver esta ideia com mais consistência, acabei por me focar noutros projetos/temas. Atualmente, e por sentir que devemos refletir sobre as coisas, dei vida às Inconfidências.

A tocar: O propósito era partilhar as músicas que mais gosto de um determinado artista. No entanto, o nome não era totalmente do meu agrado. E achei que seria melhor focar-me numa música de cada vez, valorizando-a e preservando a sua individualidade. Por isso, deixou de tocar tão rápido quanto começou.



Já tiveram rubricas a chegar ao fim? Quais?

Comentários

  1. Faz parte, minha querida :) isto é um bom sinal que de que estás a evoluir :) continua, estas no bom caminho :)
    Bjinhosss
    https://matildeferreira.co.uk

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  2. A vida é feita de constantes mudanças minha amiga e há que saber viver com elas.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  3. Não tenho rubricas, mas entendo o teu ponto de vista e a necessidade de mudar...

    Talvez um dia regressem...

    Beijinhos
    https://titicadeia.blogspot.pt/

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  4. Amazing post, dear! A big hello from Germany!
    Hugs ♥
    LIANA LAURIE | My new video

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  5. É sempre bom mudar, faz parte da vida!

    Continua o bom trabalho.

    https://acasadabrancadeneve.blogspot.pt/

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  6. Para o meu novo EscreViver decidi não trazer algumas rubricas do EscreViver anterior: "A Escrita dos outros", onde divulgava alguns blogues que seguia. "Pedaços de Felicidade", onde partilhava as partilhas dos autores que divulgavam as resenhas literárias que eu escrevi, ou divulgações que faziam do blogue. "Portefólio de vida", onde abordava coisas mais pessoais. Há certas alturas em que as coisas perdem sentido.

    Beijinhos :)

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  7. Pouco a pouco vamos sempre fazendo mudanças e evoluindo, faz parte! =)
    Beijinhos,
    http://chicana.blogs.sapo.pt/

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  8. Amei seu post!

    http://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/

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  9. Entendo... 😃 Às vezes as coisas parecem ter vida própria! Lol. Mudar faz parte, e é ótimo reenventarmo-nos a cada dia... ❤

    Beijinho grande ***

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  10. Mudar é importante e faz parte! Confesso que ainda não tive nenhuma rubrica a chegar ao fim no meu blogue :P

    amarcadamarta.blogspot.pt

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  11. Há coisas que simplesmente não resultam tão bem, além disso a mudança é uma coisa boa! Faz-nos quebrar a rotina e melhor o que não está tão bem, faz-nos evoluir :)
    Quando fazes anos querida?

    Beijinhoos,
    santiago | facebook | instagram

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  12. Confesso que infelizmente sou daquelas pessoas que cria rubricas e nunca mais liga. Acho que a úncia que se mantém é a Blog 101 ahaha
    Faz bem mudar e deixar as coisas para trás :b Tens rubricas agora que eu simplesmente adoro

    Beijinhos,
    DEZASSETE

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  13. É normal... o blogue evolui connosco, com a nossa vida! E assim, à medida que vais crescendo, também «As gavetas» se vão moldando a ti :) E nós gostamos sempre do que partilhas connosco! Um beijinho grande, minha querida*

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  14. É normal que algumas rubricas terminem com o passar do tempo!
    Ainda me lembro de alguma!

    Bjxxx
    Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

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  15. Eu commo não tenho rubricas, por nad anão tenho nada que chegue ao fim. Mas sabes, é bom. É uma boa altura de criares novas coisas, crescer e desenvolver mais.
    Tudo evolui, e tu, o teu blog, têm uma oportunidade agora de começar a apresentar outras coisas.
    Beijinhos
    www.pirilamposemarte.com

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  16. É sempre bom mudar. E há ideias que vão e ideias que ficam. Mesmo não conhecendo as rubricas, acredito que fossem mesmo interessantes e giras de se ler, no entanto, acho que o trabalho continua a ser muito bem feito :)

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  17. R; já sai e voltei 3 vezes.. Bem na verdade nunca sai ... É tão bom.. Mas também escrevo muito em papel

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  18. Não sou muito de rubricas mas sim de categorias. Nenhuma das minhas já chegou ao fim. Tenho duas em andamento: a Diário de um Casamento e Healthy Lifestyle. Ando a atualiza-las devagarinho quando as ideias surgem. Adoro adoro e ADORO a forma como escreves! Podia passar o dia a ler-te que não me cansava. Podes escrever um livro só para que possa comprar e lê-lo vezes sem fim? Beijinhos <3

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  19. Tenho pena que algumas rubricas acabem, mas compreendo, faz parte de ter um blog, é sinal que queres estar sempre a evoluir.
    Beijinhos
    Blog: Life of Cherry

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