Os 7 desenhos animados da minha infância

Fotografia retirada do site Hot 100.5 FM

«Eu ainda assisto desenhos animados e não quero saber a idade que tenho»

As minhas memórias de menina traquina [que sempre fui] não são muitas. Apenas preservo alguns fragmentos soltos, que me fazem recuar no tempo, para recordar uma etapa tão rica em gargalhadas. E uma das imagens que tenho mais presente é o brilho nos olhos enquanto via... desenhos animados.

Nesta fase específica da nossa vida, é tudo tão descomplicado, que a única coisa que nos apoquenta verdadeiramente é perder os episódios das nossas personagens favoritas. Claro que, inocentemente, nos vamos preocupando com outras questões, mas, enquanto crianças, temos uma alma muito pura e prática, que nos faz apreciar estes pequenos prazeres e viver o presente, porque nada é mais fascinante que aquele mundo, que estamos a descobrir no momento. E, naturalmente, eu não fui exceção. Apesar de, paralelamente, adorar jogar à bola, brincar com carrinhos e com algumas bonecas, também me divertia imenso este género de programas. E sou grata por ter nascido numa época em que a oferta, para além de vasta, era diversificada e de qualidade.

Pessoalmente, começo a perceber e a sentir que o meu fascínio em relação aos desenhos animados é idêntico ao que tenho, hoje, pelas séries. O que não deixa de ser curioso. Porque acabamos por transferir muitos dos nossos hábitos de miúdos, adaptando-os a uma realidade mais adulta. Atualmente, já não sou uma fiel espectadora dos primeiros, mas ainda paro para ver se estiver a dar algum episódio - por manterem o mesmo encanto e para matar as saudades. E tenho vários que fazem sobressair esse meu lado mais nostálgico. Porém, há sete desenhos animados que nunca esquecerei, por terem marcado a minha infância.

Navegantes da Lua: «Quantos não foram os que repetiram em frente à televisão: Em nome da Lua, vou castigar-te»? Honestamente, acho que perdi conta à quantidade de vezes que o fiz, sempre de sorriso largo. Ou, então, ao número de vezes em que o genérico me fez cantar/dançar. E o quanto sonhava em ter o poder de me transformar numa heroína, para combater contra o mal.

Inspector Gadget: As aventuras deste inspector engenhocas e desastrado faziam as minhas delícias. Muito provavelmente, fiquei com várias dores de barriga à custa do que me ria a observar as suas infinitas peripécias. 

Oliver e Benji: Tenho a ideia de que era necessário um episódio inteiro para se chegar à baliza adversária, mas todo aquele momento era vivido como se de um verdadeiro jogo de futebol se tratasse. A mestria de Tsubasa não passava despercebida a ninguém, assim como a sua relação com os companheiros de equipa. As emoções estavam sempre à flor da pele.   

Doraemon: Durante muito tempo, levanta-me propositadamente às sete da manhã, só para ver um novo episódio do «gato cósmico». Aquele bolso mágico era um mundo imprevisível e servia para despertar toda a minha imaginação. Além disso, divertia-me imenso a acompanhar todas as traquinices de Nobita, Shizuka, Gigante e Suneo. Juntamente com Doraemon, proporcionaram-me momentos hilariantes.

Digimon: O mundo paralelo em que viviam, pautado por monstro, ficção científica e uma dimensão computacional, envolvia-me de tal maneira na aventura que era impossível ficar indiferente a todo aquele ambiente. Humanos e seres digitais combatiam lado a lado, contra «forças malignas e obscuras», e eu desejava estar lá com eles.

As Três irmãs: «Um, dois, três. Somos três gémeas (...) um, dois, três. Somos as três irmãs». Há, sensivelmente, duas semanas, alguém partilhou uma fotografia a dizer que era do tempo destes desenhos animados. E, automaticamente, dei por mim a cantarolar a música do genérico. Não havia um episódio em que as três não fizessem alguma asneira. Por isso, a bruxa castigava-as, enviando-as para um momento específico, «onde embarcavam em aventuras com figuras históricas». Passei bons momentos nas suas companhias. E acho que, em parte, me revia nas suas travessuras.

Sakura: A caçadora mais incrível - e também um pouco desastrada - que alguma vez vi. Quando, por acidente, libertou um conjunto de cartas mágicas, não teve noção das consequências que isso desencadearia. A sua missão era, portanto, conseguir reuni-las a todas antes que os estragos fossem irreversíveis. E que maravilha foi ver todo o desenrolar dos acontecimentos. Não só em relação a este assunto, mas também ao que dizia respeito à sua vida.

Quais são os vossos desenhos animados de infância?