LIVROS QUE PODERIAM TER UMA VERSÃO 2.0

maio 15, 2023

Fotografia da minha autoria

«Ler dá sonhos»

É frequente terminar uma leitura a manifestar um destes dois cenários: 1) que surgissem novos capítulos, por milagre, só para adiar a despedida; 2) que aquela história venha a ter continuação, para me reencontrar com personagens e lugares que se tornaram especiais. Recentemente, equacionei uma terceira possibilidade.

Estava a conversar com a Sofia acerca de um dos livros que ela escolheu para o Alma Lusitana, quando lhe disse que gostava que fosse publicada uma segunda versão do mesmo, isto porque, acredito, traria uma nova e pertinente abordagem e permitiria alargar o espectro de um meio específico. Entre a brincadeira de vir a propor isso ao autor, fiquei mesmo a pensar nos exemplares que poderiam ter um futuro semelhante.

Assim, revisitei as estantes cá de casa e fiz um levantamento dos livros que poderiam ter uma versão 2.0.

COM O HUMOR NÃO SE BRINCA, NELSON NUNES

Desta vez, dando palco às vozes femininas que têm surgido no humor. Visto que esta questão foi explorada no livro, seria interessante escutá-las, perceber o caminho que estão a traçar e qual a expressividade na comédia.

COISAS DE LOUCOS, CATARINA GOMES

O trabalho de investigação é fabuloso e fiquei a pensar se, noutros lugares, não existiriam mais objetos perdidos a precisarem de ser acolhidos, porque escondem a história, a vida de alguém que se tornou invisível.

FEMINISMO DE A A SER, LÚCIA VICENTE

Para colmatar a lacuna assumida pela autora, porque o livro centra-se, sobretudo, no feminismo branco e ocidental. Deixando esta porta aberta, seria interessante - e crucial - desenvolver uma versão mais inclusiva.

TERAPIA DE CASAL, RITA DA NOVA E GUILHERME FONSECA

Só porque adoro lê-los, porque acredito que continuam a ter coisinhas insignificantes que os dividem, enquanto casal, e porque é engraçado, no fim de cada tema, termos a possibilidade de escolher se somos Team Rita ou Team Gui. Outra opção, nesta variante livrólica, seria explorarem as coisinhas insignificantes que os unem.

O MEU CORAÇÃO SÓ TEM UMA COR, JOANA MARQUES

Pela experiência de ler mais conquistas do Porto através da visão/memórias da humorista. Ou, então, para fazer uma edição especial do Extremamente Desagradável, com vários ataques/injustiças sofridas pelo clube (ou com momentos surreais/cómicos protagonizados por elementos que pertencem ou pertenceram ao clube).