![]() |
Fotografia da minha autoria |
«O verão em que o amor cresceu»
Avisos de Conteúdo: Referência a Morte, Luto e Fim de Relacionamento
A promessa estava no subtítulo e eu acreditei que a veria refletida no decorrer da ação. Além disso, inconscientemente, elevei o entusiasmo ao pensar que seguiria uma fórmula próxima a Heartstopper. Por norma, evito ao máximo comparar obras e cimentar expectativas em experiências anteriores, mas percebi que não o consegui em pleno [falha minha], por isso, fiquei um pouco desiludida com o livro de Kevin Panetta.
UMA NOVELA GRÁFICA COM IMENSO POTENCIAL
Bloom transporta-nos para o final das aulas, para a curva temporal em que Ari, um jovem que «sonha mudar de cidade e tocar com a sua banda», conhece Hector, «um rapaz simpático que adora cozinhar». Enquanto o primeiro procura deixar a padaria da família, porque almeja um futuro longe e diferente, o segundo chega para o substituir. Apesar disso, acabarão por trabalhar juntos e as reviravoltas sucedem-se a partir desse momento.
«Mas aqui é diferente. Olhas para cima e não há nada entre ti e o céu»
A história tem bastante potencial [e talvez arrisque comprar o volume seguinte], mas não me arrebatou como estava à espera, porque fiquei com a sensação de que quiseram abordar imensos temas ao mesmo tempo, o que levou a que nenhum deles fosse explorado com profundidade e que as partes importantes carecessem de um desenvolvimento adequado, mais contextualizado, para que o leitor sentisse o seu impacto. Em simultâneo, as situações centrais escalaram rapidamente, tornando o ritmo oscilante e, por vezes, um pouco confuso.
«Porque é que queres estar noutra parte do mundo?»
O estilo desta novela gráfica é encantador e, pessoalmente, adorei os tons azulados e a forma como os traços me permitiram reconhecer o ambiente, mas acabei por não me relacionar tanto: pelas mudanças abruptas, por cobranças que me soaram exageradas, por se retirar o foco de uma circunstância fundamental, por sentir que o protagonista necessitava de outra construção. Por estes motivos, prossegui na leitura a achar que faltava algo.
«Mas... Não tentes ser o que achas que tens de ser. Sê o que amas»
Bloom é, ainda assim, um bom ponto de partida para refletirmos sobre diferentes tipos de perda e inseguranças, sobre a necessidade de procurarmos validação e a incerteza do futuro, sobre problemas familiares e sentimentais e sobre o facto de não estarmos bem resolvidos numa série de questões, condicionando não só a maneira como nos vemos, mas também o modo como nos ligamos aos outros. Os ingredientes estão todos cá, mas precisavam de levedar para nos levarem nesta viagem de [auto]descoberta.
🎧 Música para acompanhar: Summer Mood, Best Coast
10 Comments
Já ouvi falar muito deste livro no Instagram, mas não sei porquê os livros que são muito falados nas redes não me atraem muito. Ainda assim vou levar a sugestão, pois, a premissa parece-me interessante.
ResponderEliminarBeijinho grande, minha querida.
Percebo, porque há sempre o risco de criarmos expectativas elevadas e depois não corresponderem, mas confesso que não é algo que me retraia de ler determinado livro.
EliminarÉ uma obra promissora
Tambem ja ouvi falar deste livro *.* Muito obrigada pela partilha desta sugestao tao interessante :)
ResponderEliminarNão correspondeu em pleno ao que esperava dele, mas é um bom ponto de partida
EliminarAdorei a capa! Vou tentar encontrar para ler!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Boas leituras, Teresa
EliminarConfesso que não conhecia! :)
ResponderEliminarwww.amarcadamarta.pt
Foi um lançamento relativamente recente :)
EliminarAinda não conhecia de todo, mas me parece ser uma boa sugestão para ler e conhecer um pouco mais
ResponderEliminarBeijinhos
Novo post
Tem Post Novos Diariamente
É um excelente ponto de partida para a abordagem de algumas assuntos
Eliminar