![]() |
Fotografia da minha autoria |
A primeira (e única) obra que li da Filipa Fonseca Silva foi O Elevador e, sem querer entrar em pormenores, confesso que a narrativa dentro desse espaço fechado não foi a minha parte favorita. Ainda assim, estava muito curiosa para assistir à sua adaptação cinematográfica. E não é que me deixou com vontade de redescobrir a história?
Sara e Alex são um casal, mas a relação já esteve mais sólida. Na noite em que saem para festejar o aniversário do pai de Alex, acabam por ficar presos no elevador. Se, até então, a comunicação se apresentava esquiva, ali, sem qualquer ponto de fuga, viram-se obrigados a conversar sobre tudo o que os incomodava e que acabaram por adiar.
É uma curta-metragem, bem sei, mas creio que perdemos a noção do tempo, já que somos mesmo envolvidos nos diálogos, na emotividade, nas sucessivas discussões e nos momentos de reflexão. E foi curioso, para mim, constatar que senti as interações mais fluídas, mais adultas. De facto, ganharam uma vida diferente ao saírem do papel.
Gradualmente, vamos compreendendo o que os fez chegar àqueles pontos de rutura e que é possível estarem «sintonizados em frequências diferentes». Por outro lado, levantam-se dúvidas para as quais nunca teremos respostas definitivas: será que o amor é suficiente para manter uma relação? Será que querermos coisas diferentes tem de significar seguir rotas em separado? Onde ficam os sonhos, as expectativas e a nossa individualidade? O compromisso não é, também ele, feito de cedências, de encontros a meio do caminho? Embora possamos não ser capazes de chegar a uma conclusão universal, há algo que nos unifica: a certeza de a comunicação ser a base de tudo.
O Elevador faz-nos olhar para dentro e mostra-nos que existe uma altura em que temos de colocar certos pensamentos e sensações em perspetiva. Sobretudo, alerta-nos para a necessidade de explicarmos ao outro o que sentimos, porque não é suposto ter de o adivinhar. Há sinais, claro, que podem fazer a diferença, mas nada substitui uma conversa franca, até porque, se não conseguimos ter essa abertura com aqueles que amamos, vamos tê-la com quem? O destino das relações pode não mudar, mas talvez não seja necessário criarmos mais transtornos onde deveria existir verdade.
Ri-me em vários momentos, mas também me comovi, porque sentimos a tensão a desvanecer, vendo os protagonistas a chegarem a um lugar de vulnerabilidade e honestidade onde não tinham estado antes. E acho que é isso que ajuda a tornar o argumento tão especial, tão relacionável. Soube bem ver esta história no ecrã.
Sara e Alex são um casal, mas a relação já esteve mais sólida. Na noite em que saem para festejar o aniversário do pai de Alex, acabam por ficar presos no elevador. Se, até então, a comunicação se apresentava esquiva, ali, sem qualquer ponto de fuga, viram-se obrigados a conversar sobre tudo o que os incomodava e que acabaram por adiar.
É uma curta-metragem, bem sei, mas creio que perdemos a noção do tempo, já que somos mesmo envolvidos nos diálogos, na emotividade, nas sucessivas discussões e nos momentos de reflexão. E foi curioso, para mim, constatar que senti as interações mais fluídas, mais adultas. De facto, ganharam uma vida diferente ao saírem do papel.
Gradualmente, vamos compreendendo o que os fez chegar àqueles pontos de rutura e que é possível estarem «sintonizados em frequências diferentes». Por outro lado, levantam-se dúvidas para as quais nunca teremos respostas definitivas: será que o amor é suficiente para manter uma relação? Será que querermos coisas diferentes tem de significar seguir rotas em separado? Onde ficam os sonhos, as expectativas e a nossa individualidade? O compromisso não é, também ele, feito de cedências, de encontros a meio do caminho? Embora possamos não ser capazes de chegar a uma conclusão universal, há algo que nos unifica: a certeza de a comunicação ser a base de tudo.
O Elevador faz-nos olhar para dentro e mostra-nos que existe uma altura em que temos de colocar certos pensamentos e sensações em perspetiva. Sobretudo, alerta-nos para a necessidade de explicarmos ao outro o que sentimos, porque não é suposto ter de o adivinhar. Há sinais, claro, que podem fazer a diferença, mas nada substitui uma conversa franca, até porque, se não conseguimos ter essa abertura com aqueles que amamos, vamos tê-la com quem? O destino das relações pode não mudar, mas talvez não seja necessário criarmos mais transtornos onde deveria existir verdade.
Ri-me em vários momentos, mas também me comovi, porque sentimos a tensão a desvanecer, vendo os protagonistas a chegarem a um lugar de vulnerabilidade e honestidade onde não tinham estado antes. E acho que é isso que ajuda a tornar o argumento tão especial, tão relacionável. Soube bem ver esta história no ecrã.
4 Comments
Confesso que não tenho curiosidade em ler o livro, mas fiquei com vontade de descobrir a adaptação cinematográfica.
ResponderEliminarVou guardar a sugestão!
Beijinho grande, minha querida!
Gostei muito da escrita da Filipa e quero ler mais coisas dela!
EliminarAconselho a adaptação :)
Tenho que ler e ver🥰
ResponderEliminarApoio 🤣
Eliminar