ENTRELINHAS // QUANTAS MADRUGADAS TEM A NOITE
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Fotografia da minha autoria |
«Uma história, na Luanda nos dias de hoje»
As histórias querem-se como as cerejas: aos pares. De preferência, em partilhas honestas, mas também acompanhadas de algum enamoramento ficcional, para servir o propósito da imaginação. Quando percebemos a sedução das palavras, somos transportados para um cenário idílico, que pode ser a mesa de um café ou de um bar, onde o número de cervejas aumenta a cada episódio descrito, desenrolando os pensamentos. E, caso o nosso contador de estórias seja Ondjaki, transpomos o improvável.
«Sabes o que é não sentir o coração e sentir o coração, tud'uma
batida só, sangue leve no peito e lágrimas limpas a escorrer?»
Quantas Madrugadas Tem a Noite combina humor, farsa, lirismo, tragédia e horror. E, assim que ultrapassamos a barreira do dialeto, divagamos num cenário de memórias e reflexões, que estabelecem uma análise sociológica e cultural do estilo de vida africano, na sua essência, mas notando a influência do colonialismo e da globalização. Deste modo, acusando o peso do antigamente, há um despudor que nos permite conhecer a terra, as pessoas, as danças, sempre com uma escrita melódica, exótica e sensorial, que nos faz sentir observados, visto que prevalece um traço proximal. Recheada de simbolismo, esta obra prolonga a conversa e intensifica a dúvida entre o viver e o imaginar.
«[...] e começou ela a explicar que a justiça também podia ser
compreensiva e que o melhor era todos decidirem falar só a verdade»
Ondjaki construiu um romance surrealista, com uma certa ingenuidade, colocando a brincadeira, a crítica e a realidade num plano sequencial, explorando, em simultâneo, inúmeros desvarios, devaneios, alucinações e utopias. Centrando-se em questões tão importantes como o luto, a prostituição e o impacto da morte, talvez não consigamos descobrir Quantas Madrugadas Tem a Noite, mas as passagens divertidas e inspiradoras desta[s] história[s] levar-nos-ão a sentir a sua magia.
«O bom de ir e voltar e ter estado lá são as paredes que espreitei de mim»
Nunca li nada do autor, obrigada pela sugestão.
ResponderEliminarUm excelente Natal recheado de coisas boas, muito conforto e sorrisos.
Um beijinho enorme, minha querida!
Recomendo! Tem uma escrita tão envolvente *-*
EliminarObrigada e igualmente, minha querida
Posso dizer que nunca tinha ouvido falar desse livro, mas parece ser bastante interssante
ResponderEliminarUm Feliz Natal
Beijinhos
Novo post
Tem post novos todos os dias
Sim, é fantástico *-*
EliminarObrigada e igualmente
Fiquei mesmo muito curiosa com esta sugestao <3
ResponderEliminarAcho que ias gostar, minha querida <3
EliminarParece ser muito interessante, mais uma vez vou levar a tua sugestão!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Recomendo :)
EliminarNão conhecia o autor e já fiquei bastante curiosa
ResponderEliminarDesejo que as boas energias do Natal e Ano Novo estejam presentes em sua vida todos os dias do novo ano!
Beijinhos
É maravilhoso!
EliminarObrigada e igualmente, Gracita *-*
Como estará Luanda hoje, aquela, bela, cidade capital de Angola, com a sua encantadora Baía, que tive a oportunidade de conhecer nos anos 60/70 do século passado.
ResponderEliminarDito isto desejo para si Andreia e para sua família Feliz Natal. Com esperança de que o ano que aí vem, sem pandemia, seja vivido em liberdade como tem sido em anos anteriores.
Um abraço.
Nunca visitei, confesso.
EliminarMuito obrigada, Edumanes! Desejo-lhe o mesmo
Não conhecia mas fiquei muito curiosa <3
ResponderEliminarwww.pimentamaisdoce.blogspot.com
É um livro fantástico *-*
EliminarHello :)
ResponderEliminarTu deixas-me sempre mega curiosa e com vontade de ler tudo e mais alguma coisa.
Beijinho*
Oh, que bom! Fico mesmo feliz por saber isso :)
EliminarWish you a merry Christmas ✨🎁🎄
ResponderEliminarObrigada e igualmente 🎄
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