Fragmentos #27

«Não é segredo nenhum: somos muitos, mas somos um só»

O coração transborda de orgulho e explode de amor. As lágrimas, inevitáveis, cobrem-me o rosto, porque a felicidade suprema também nos impõe este tipo de comoção. Foi o ano de recuperar, totalmente, a mística que nos honra. Foi o ano em que o grito de revolta se tornou audível e sem qualquer opção de ser abafado. Foi o ano: O nosso!

Vi o meu Mágico Porto a ser o Porto que sempre me habituou: grande, temido e incomparável. Senti no peito a chama que nos sustenta. E acompanhei a união de uma verdadeira família. Esta identidade de Dragão - dentro e fora de casa - conquistou o título que nos fugiu durante demasiado tempo. E o campeão voltou. Por isso, há fragmentos que me arrepiam, porque me tocam no lado esquerdo do peito. E com a certeza de que me faltarão sempre as melhores palavras para falar sobre este Mar Azul, refugio-me nas memórias de uma época sublime - ainda que, naturalmente, também tenha contado com algumas falhas; da festa, da Avenida dos Aliados cheia, da roda inquebrável e desta garra transcendente, forte e imparável. 

A nossa raça transformou-se em vitórias, contra tudo e contra todos. E comecei o meu mês de Maio - que é sempre pautado por emoções fortes - de uma forma única, que ainda hoje não consigo descrever com justiça. «Nascemos para vencer», portanto, nunca subestimem o nosso querer. Porque é quando nos julgam derrotados que nos reerguemos e chegamos ao topo, ao lugar que nos pertence. «No peito, a chama arde sempre mais forte». E a nossa está mais viva do que nunca. Obrigada!