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QUASE NADA SEI, FRANCISCO MOREIRA


«São tantas ruas, becos e vielas
Caminhos, muitos deles, sem saída
Tantas casas, telhados e janelas
Abertas para o resto da nossa vida

Tantas horas, minutos e segundos
Tão lentos ou com pressa de fugir
Tantos sonhos distantes, tantos mundos
Tanta coisa para viver e sentir

Cheguei a este dia em que me entendo
E percebo que quase nada sei
Cá vou indo, pressentindo e vivendo
O dom de ser assim como sonhei

Não fui sempre como me sinto agora
E amanhã não serei como hoje sou
Mas antes que este dia vá embora
Vou juntá-lo ao tempo que já passou

A cada dia sinto a descoberta
De ser a soma do que já vivi
E de ver uma porta sempre aberta
Que se abriu no momento em que nasci»

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