ENTRELINHAS //
FOI SEM QUERER QUE TE QUIS
FOI SEM QUERER QUE TE QUIS
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Fotografia da minha autoria |
«O livro que te dá a receita para seres feliz no amor»
O traço curioso que se inquieta no lado esquerdo do meu peito impulsiona-me a seguir caminhos desconhecidos, principalmente, se a viagem for literária. E nunca deixa de ser interessante o quanto há nomes que surgem como lembranças constantes, desafiando-nos a desvendá-los através das suas palavras. Em rede, é simples perdermo-nos pelo mediatismo de certas citações, fomentando a vontade de mergulhar a fundo na obra do seu autor. Porque soa-nos a uma aposta de sucesso. Mas nem sempre o todo corrobora a qualidade dos fragmentos.
Foi Sem Querer Que Te Quis marcou a minha estreia na escrita de Raul Minh'alma. E, confesso, não correspondeu às expectativas que tracei. Fui-me cruzando com passagens de outros livros, consolidando o desejo de me aventurar numa narrativa completa, até pelas temáticas e pelas lições de vida tão coesas e importantes. No entanto, entristeceu-me um pouco constatar que aquilo que resultava enquanto apontamentos soltos não teve força suficiente para se reproduzir numa história arrebatadora. Única. E memorável. Embora apresente detalhes e sequências interessantes, incentivando-nos a refletir sobre a nossa postura, os nossos comportamentos e o poder dos sentimentos, não fui capaz de me identificar com as personagens e com a energia do enredo.
A premissa é emotiva, uma vez que nos relembra a imprevisibilidade da nossa jornada. A fugacidade da existência humana. E o facto de ser crucial não deixarmos algo por dizer, procurando sempre fazê-lo com sensibilidade e dignidade. Apesar disso, senti o desenvolvimento forçado e, em determinados momentos, exagerado. Além do mais, tornou-se previsível e repetitivo, transmitindo a sensação de que o foco passou a ser a presença de lugares comuns, com frases que ficam presas no coração, e não tanto as relações interpessoais, carecendo desse vínculo que nos aproxima dos protagonistas - e eu até sou apreciadora de uma boa trivialidade. O final tem a capacidade de quebrar um pouco essa tendência. Porém, revelou-se apressado. E, até, desconexo.
Foi Sem Querer Que Te Quis alerta-nos para o erro das primeiras impressões e para a necessidade de fazermos as pazes com o passado. E, atenção, não é uma leitura penosa. Contudo, tendo em conta a mensagem subliminar e a sua promessa subtil, esperava um impacto maior.
Deixo-vos, agora, com algumas citações:
«Uma coisa é perdoar uma pessoa, outra é aceitá-la de volta»;
«Há coisas que não foram feitas para serem ditas, porque se fossem ditas não diziam tanto»;
«Podíamos ser muito felizes, se a opinião dos teus olhos não pesasse mais do que a do teu coração»;
«A vida não te dá ninguém. Ela apenas te empresta pessoas que são escolhidas a dedo para te ensinar alguma coisa. A bem ou a mal»;
«Tão estranho. Hoje somos apenas dois desconhecidos que se conhecem profundamente».
Do Raul Minh'alma li apenas dois livros: "Mistérios de Santiago" publicado com a Chiado Editora. Adorei este livro, para mim, é dos melhores dele. Li também o "Fome" com frases soltas, não apreciei tanto porque não gosto deste género de livros. Este que trouxeste hoje nunca li, quem sabe não me aventure.
ResponderEliminarBeijinho grande!
Tirando algumas citações soltas, nunca tinha lido um livro dele. Embora não tenha ficado impressionada, não fecho a porta para voltar à sua obra
EliminarDesconhecia por completo este autor, mas parece bem interessante o livro.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Tem partes interessantes, mas não me arrebatou, confesso.
EliminarObrigada e igualmente
Foi a primeira obra que li do Raul Minh'Alma e até gostei muito. Sendo um livro muito subtil e fácil de ler, com algumas mensagens importantes (que a maioria de nós sabe, mas não pratica). Deixou-me vontade de ler mais algumas das suas obras, como a recente que lançou. Beijinho
ResponderEliminarSim, fácil de ler é. E tem chamadas de atenção importantes e bem conseguidas, mas não fiquei muito impressionada com o desenvolvimento do enredo. Mas não digo que não volte a ler algo dele
EliminarAinda não li esse livro dele. Já li outros, mas esse ainda não.
ResponderEliminarAntes deste só li mesmo frases soltas, que acabaram por me deixar com vontade de descobrir uma obra completa
EliminarJá tinha ouvido falar deste livro e pelo teu review já estou a seguir esta receita mesmo semp o ter lido hehe
ResponderEliminarBeijinhos minha querida*
Tem tido um excelente retorno. E ainda bem. A mim é que não me cativou
EliminarBeijinho grande ♡
Não li nada do autor.
ResponderEliminarVou anotar a sugestão, que me pareceu boa.
Andreia, continuação de boa semana.
Beijo.
Se ler, espero que o surpreenda
EliminarObrigada e igualmente*
Tenho a certeza que nem o autor, nem o livro são o meu género de leitura‼
ResponderEliminarEsta noite, recusei a festa de carnaval | Weibfastnacht para assistir ao jogo Leverkusen contra o nosso querido FCPorto. Espero que desta vez, o Moussa Morega NÃO perca a cabeça e jogue até ao fim‼
Viva o FCPORTO 💙 Carago‼
Do que vou conhecendo, também acho que não te iria interessar.
EliminarEu espero é que os adeptos sejam decentes, porque esse perder de cabeça foi um ato de coragem, já que nenhuma profissão deve ser maior que a nossa dignidade
Não conhecia :).
ResponderEliminarBeijinhos
Blog: Life of Cherry
Só conhecia o autor de algumas frases que ia encontrando, mas depois ofereceram-me este livro e achei uma boa oportunidade para descobrir mais da sua obra
EliminarNão conhecia mesmo, mas gostei de conhecer
ResponderEliminarBeijinhos
Novo post
Tem post novos todos os dias
Obrigada pelo retorno :)
EliminarNão conheço o livro nem o autor, mas pelas citações, pareceu-me ter alguma superficialidade em comum com José Rodrigues dos Santos, de quem li um livro e meio e achei que não valia a pena perder tempo (porque dinheiro não gastei. Há uns anos saquei uns livros em PDF que hibernaram definitivamente no tablet).
ResponderEliminarO "orelhas" vai ter que dar muita corda aos sapatos, para chegar aos calcanhares de um verdadeiro escritor. Ou então sou eu que, quando embirro com alguém, fica-me atravessado. eheheh
Ainda só li um livro de José Rodrigues dos Santos - A Vida Num Sopro - e fiquei rendida. A história é fantástica e adorei a sua escrita. Apesar de não ter grande conhecimento da obra de ambos, sinto que não há termo de comparação.
EliminarEstou prever que seja mesmo embirração ahahah
Nunca li o autor e francamente não me suscita interesse.
ResponderEliminarConfesso que estava bastante curiosa, tendo em conta algumas frases soltas que fui encontrando, mas acabou por me desiludir.
EliminarPercebo perfeitamente
Ainda não li nada desse autor,há
ResponderEliminarpouco tempo terminei de ler o livro Sinal de Vida e comecei a ler o Imortal, ambos de José R. dos Santos, ofertas de amigas.
Beijinhos
Até hoje, ainda só li um livro de José Rodrigues dos Santos, mas gostava de me aventurar em mais. E esses dois títulos estão na lista :)
EliminarAinda não li, mas haverá sempre uma primeira vez. Só acontece o que tem, mesmo, de acontecer. Só se faz aquilo que se pode fazer. O que não se conseguiu fazer hoje, poderá ser feito amanhã?
ResponderEliminarTenha uma boa noite Andreia.
Há mesmo!
EliminarSe houver vontade e disponibilidade, é perfeitamente possível :)
Igualmente, Edumanes
Não conhecia o livro mas fiquei super curiosa
ResponderEliminarRêtro Vintage Maggie | Facebook | Instagram
Se leres, diz-me o que achaste :)
EliminarVou adicionar à longa lista. Ainda me falta acabar a obra do Sapkowski e a biografia do Tony Carreira. Bjs.
ResponderEliminarTalvez seja o próximo dessa lista ;)
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