regras de isolamento, djaimilia pereira de almeida
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Fotografia da minha autoria |
Gatilhos: Pandemia
Os ecos da pandemia continuam bastante audíveis e deixaram marcas distintas em todos nós. Se, por um lado, ainda pode custar ler livros sobre o tema, por outro, acho interessante compreender o impacto, acho interessante perceber como é que as pessoas se foram gerindo e, no fundo, reinventando, diminuindo a distância inevitável.
não estamos sozinhos
Regras de Isolamento combina as palavras de Djaimilia Pereira de Almeida com as fotografias de Humberto Brito, para nos mostrar a dinâmica de um casal fechado em casa durante o estado de emergência. Neste livro, que combina pensamentos, pequenos ensaios, crónicas e contos, torna-se evidente que não estamos apenas perante um diário do confinamento: estamos perante uma reflexão existencial.
Foi curioso perceber como o período de quarentena proporcionou debates internos sobre convicções, sobre detalhes, sobre convivências e sobre a própria fragilidade do ser humano. Vivemos tempos confusos e até o ato de fumar à janela sem se ver a cara do vizinho, por exemplo, se revestiu de estranheza. Escrito «na barca do presente», a autora procurou encontrar em todas estas manifestações algo distópicas, mas vividas na pele, o que nos ajuda a viver, a superar o medo, a angústia e a incerteza do amanhã.
Foi curioso perceber como o período de quarentena proporcionou debates internos sobre convicções, sobre detalhes, sobre convivências e sobre a própria fragilidade do ser humano. Vivemos tempos confusos e até o ato de fumar à janela sem se ver a cara do vizinho, por exemplo, se revestiu de estranheza. Escrito «na barca do presente», a autora procurou encontrar em todas estas manifestações algo distópicas, mas vividas na pele, o que nos ajuda a viver, a superar o medo, a angústia e a incerteza do amanhã.
«Talvez precisemos de uma vida inteira para perceber o que nos ajuda. Ou a pergunta de Robert Adams não seja acerca da vida, mas acerca daquilo que levamos connosco: uma pergunta sobre o nosso fim, sobre a ousadia da morte - sobre este tempo e não sobre o tempo que nos coube»
Há, de facto, uma certa transversalidade nestas partilhas e isso aproxima-nos: não só em relação ao assunto da obra, mas também a várias outras problemáticas que afetam a nossa liberdade. Por isso é que achei o conto «O Sonho de Cinita» tão valioso, porque parece confrontar diferentes estados de espírito, de lucidez e de segurança.
Talvez precisemos de uma vida inteira para descobrirmos quem nos estende a mão, mas Regras do Isolamento deixa-nos com a certeza de não estarmos sozinhos.
🎧 Música para acompanhar: Grândola, Vila Morena, Zeca Afonso
📖 Outros livros lidos: Luanda, Lisboa, Paraíso | Esse Cabelo | Maremoto | Ferry | Toda a Ferida é Uma Beleza | Ajudar a Cair
Já quero ler *.*
ResponderEliminarUma nova perspectiva sobre uma realidade não tão distante.
Beijinho grande, minha querida!
Achei muito interessante a abordagem, até pelo cruzamento de estilos
EliminarParece muito interessante! Vou levar a sugestão!
ResponderEliminarAproveito para desejar um bom fim de semana!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Gostei bastante de o descobrir!
EliminarObrigada e igualmente, Teresa
Estou rendida à escrita de Dejaimilia *.*
ResponderEliminarCompreendo-te, minha querida 😍
EliminarA pandemia foi tão estranha para todos nós. Há hábitos que ainda mantenho.
ResponderEliminarNão conhecia o livro mas vou levar a sugestão 😊
Sem dúvida! E acho que ainda vamos sentindo os efeitos disso mesmo
EliminarJá mais imaginei passar por uma pandemia. Tempos muitos difíceis dos quais ainda mantenho alguns hábitos.
ResponderEliminarMais uma sugestão a ter em conta.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Fomos todos apanhados por esta realidade que parecia tão distópica
EliminarParece mesmo interessante! :)
ResponderEliminarwww.amarcadamarta.pt
Trouxe uma abordagem diferente, sinto 😊
EliminarUma belíssima sugestão de livro, aprendemos muito com a pandemia bjs.
ResponderEliminarAprendemos mesmo, Lucimar!
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