merdas do amor, paulo rodrigues

Fotografia da minha autoria



Gatilhos: Linguagem Explícita


É um privilégio, para mim, quando um autor pretende enviar-me uma obra sua. Não é algo que me aconteça com frequência, mas fico (e ficarei) sempre emocionada, porque é um sinal de confiança. Dou muito valor a isso. E foi desta forma que, depois de não conseguir estar presente no lançamento, fiquei a conhecer o livro do Paulo Rodrigues.


amor e humor

Merdas do Amor é um livro de poesia e tem uma origem peculiar: quando estavam na sala de espera de um serviço de saúde, a filha desafiou o pai a escrever um poema que tivesse como base a palavra «gaivotas». O que a Clara não contava era que, ao fim de três meses, ele tivesse escrito, ilustrado e paginado este livro. Achei esta partilha maravilhosa - e exemplifica bem o caráter autodidata que evidenciou do autor.

Os primeiros versos transportam-nos para um lado mais contemplativo, mas acabamos por perceber que (quase) todos terminarão com «humor de casa de banho». Não é daquelas obras que nos revolucionam a vida, mas também acredito que não seja esse o propósito. Creio, isso sim, que nos deixa animados, a oscilar entre a estupidez e o riso, até porque os poemas são inspirados nas «cenas parvas com que o amor nos brinda todos os dias». Portanto, existe muita verdade (e graça) nestes retratos escritos.

«Porra!!! Lixou-me bem o Cupido»

Como o Paulo Rodrigues afirmou, o amor consegue ter muitas merdas, mas não é por isso que não vale a pena. E, completo eu, podemos desfrutar das várias circunstâncias com alguma leveza e humor. Acredito que Merdas do Amor nos proporciona isso mesmo. Por esse motivo, é para ser lido de peito aberto, à procura de boa disposição.


🎧 Música para acompanhar: Essa Saia, Bispo & Ivandro

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