as coisas maravilhosas de setembro

Fotografia da minha autoria

Setembro chegou com aroma a outono e embrulhado naquela nostalgia do regresso, dos reencontros escolares que agora se manifestam de outras formas. Mas, apesar de as responsabilidades serem diferentes, continuo a encarar este mês como se fosse a transição para um novo ano. Há qualquer coisa de familiar nisso - e não o dispenso. 

Despedi-me de um dos meus eventos favoritos da cidade do Porto, a Feira do Livro, fui surpreendida, alinhei algumas ideias para o blogue, regressei com o podcast, tivemos a nossa videochamada e até me aventurei num programa que nunca esteve nos meus planos. 

Não foi um mês preenchido, mas trouxe-me a serenidade que precisava.

as coisas maravilhosas de setembro

os fragmentos aleatórios

Federica

O mês começou com a descoberta de um novo restaurante. O Federica, localizado na Rua do Morgado de Mateus, no Porto, oferece uma experiência de culinária italiana e sinto que cumpriu tudo o que prometia, desde o menu ao espaço acolhedor, sem esquecer o staff que nos acolheu com toda a simpatia e competência. Pedi uma Pizza alla diavola, uma cerveja artesanal e, para a sobremesa, um gelado de pistachio, e repetia tudo, sem hesitar. Só lamento ter-me esquecido de tirar fotografias - mas também pode ser uma desculpa para regressar.

Brunch do Ponto 2

Foi a minha segunda visita ao Ponto 2, mas sei que será paragem obrigatória quando tiver de ir para a zona da Casa da Música. Antes de irmos à sessão de autógrafos da Maria Francisca Gama e da Rita da Nova, na Feira do Livro do Porto, combinamos uma sessão de escrita e aproveitamos um dos menus de brunch que têm disponíveis. Achei-o muito completo, delicioso e com um preço simpático para a quantidade de opções que traz.

      

Pumpkin Spice Latte do Starbucks

Se me pedissem para definir o outono através de uma bebida, acho que a minha escolha seria esta. Portanto, para acompanhar outra sessão de escrita, nada como ir reclamar uma das minhas estações favoritas num copo bem cheio e desfrutar desta experiência sensorial.

Outro fragmento que me encheu o coração: A Inês Sagres enviou-me um miminho para anunciar o lançamento da nova coleção da sua marca, Em Casa Studio. Não estava nada a contar, até porque não sou uma cliente frequente, mas achei este gesto comovente, porque demonstra a preocupação que tem com aqueles que acompanham o seu negócio.

as músicas e os álbuns

🎧 Tiginni, Jimmy P & Kikimoteleba;

🎧 Desliza, Ana Moura;

🎧 Speyside, Bon Iver;

🎧 Before I Lose My Voice, Richie Campbell;

🎧 Impulso, Inês Apenas.

💿 Fugacidade, Janeiro;

💿 Peito, Mimicat;

💿 Twala Rumoxi, Irma.

as publicações

Feira do Livro do Porto

Sou muito feliz a visitar a Feira do Livro do Porto (ninguém tinha reparado, não é?), mas também sou muito feliz a escrever sobre o evento. À semelhança de anos anteriores, optei por fazer mais do que uma publicação, para me focar em diferentes tópicos. Assim, partilhei sobre a edição de 2024 e as sessões/os concertos que ouvi e os livros que vieram comigo.

As coisas que me irritam

O problema das irritações é que, tal como as ervas daninhas, voltam a aparecer, portanto, enquanto adulta responsável que procuro ser, revolvi fazer o mais acertado: listar parte daquilo que me mexe com os nervos, sem qualquer ordem de preferência.

os filmes, as séries e os podcasts

O Chefe do Meu Pai era um Democrata e Ninguém Sabia

O telefilme tem uma abordagem descontraída e divertida, mas sinto que nos permite refletir acerca de alguns aspetos: 1) o medo do desconhecido que contrasta com a esperança de um futuro diferente; 2) a necessidade de ocultar as nossas ideologias pelo receio de represálias e denúncias; 3) a coragem que não está só na capacidade de agir, mas também no saber esperar, no «estarmos quietos e calados até podermos falar». Não podemos aceitar tudo, mas precisamos de ter paciência e de sermos prudentes. O Chefe do Meu Pai era um Democrata e Ninguém Sabia mostra que nem sempre conhecemos as motivações daqueles que nos rodeiam e que a necessidade de protegermos quem amamos resfria a vontade de sermos mais reativos - ou, pelo menos, incita-nos a ter outra cautela. Ainda assim, há um dia em que percebemos que os valores que defendemos e a maneira como nos manifestamos podem influenciar aqueles que nos olham como um exemplo, por isso, fazemos por sair da sombra.

🎤 Episódios de podcast que destaco: Watch.tm com Salvador Martinha e Ar Livre com Pedro Teixeira da Mota.

os livros

📚 alma lusitana

Manhã, Adília Lopes | Weak, Kachisou

📚 ler djaimilia

Pintado com o Pé, Djaimilia Pereira de Almeida

📚 12 livros para 2024

O Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos

📚 clube do livra-te

A Malnascida, Beatrice Salvioni

Outros livros do mês: Poesia, Eugénio de Andrade | Os Anos, Annie Ernaux | Cá Dentro, Isabel Minhós Martins, Maria Manuel Pedrosa & Madalena Matoso | Pessoas Normais, Sally Rooney (releitura).

os momentos

Corrida do Dragão

A Corrida do Dragão é uma celebração única para a cidade, em particular para os adeptos do FC Porto, porque podemos levar o emblema do clube ao peito. Por mais tentadora que seja essa imagem, devo confessar que nunca esteve nos meus planos correr os 10 quilómetros: não só porque não tinha qualquer preparação física para esse desafio, mas também porque não sou entusiasta da corrida. No entanto, acabei por integrar o evento através da caminhada solidária, cujo valor da inscrição revertia totalmente para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Foi uma experiência inesquecível: pelo momento em si, por ver tantas pessoas juntas para a mesma finalidade, pelo próprio percurso e, claro, por começar e acabar num sítio que me diz tanto. Até fiquei com vontade de me inscrever na próxima edição, vejam bem! O importante aqui não era cruzar a meta em primeiro, mas espelhar a resistência e o cuidado pelo outro. Sempre que olhar para a medalha que fiz questão de deixar junto a uma das molduras que tenho no quarto, vou-me lembrar do quanto foi especial estar ali.

      

      

      

      

Setembro teve jantares de amigas, jantares de família e a beleza de ver duas autoras portuguesas com filas intermináveis na Feira do Livro do Porto; e terminou com um apontamento há muito ansiado: a chegada de Intermezzo, o novo livro de Sally Rooney.

Outubro, sê gentil ✨