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Fotografia da minha autoria |
O meu primeiro contacto com Maria Teresa Horta aconteceu quando li Novas Cartas Portuguesas, mas um dos aspetos curiosos deste livro é que os textos não são assinados, por isso, é como se ainda não conhecesse a sua escrita. Atendendo a que queria muito descobri-la, aventurei-me num dos seus exemplares de poesia que me aconselharam.
uma viagem emocional
Paixão revela-nos logo a sua essência no título, no entanto, sinto que não nos prepara para a viagem emocional presente em cada verso. Em novembro de 2019, a poetisa perdeu «o amor de uma vida» e os poemas que encontramos aqui são, por um lado, uma homenagem a Luís de Barros e, por outro, a sua forma de lidar com a perda, com a ausência. Portanto, embalados num tom apaixonado, também fazemos parte de um processo de catarse, com todas as oscilações e a intensidade que o mesmo implica.
Dividido em quarto partes, como se fossem fases de uma vida em comum ou fases de um luto que é sempre tão íntimo e individual, conquistou-me de imediato, porque são poemas cheios de sentimento, que tão depressa nos deixam devastados, como nos deixam leves. Na simplicidade da escrita, Maria Teresa Horta faz-nos sentir tudo.
Dividido em quarto partes, como se fossem fases de uma vida em comum ou fases de um luto que é sempre tão íntimo e individual, conquistou-me de imediato, porque são poemas cheios de sentimento, que tão depressa nos deixam devastados, como nos deixam leves. Na simplicidade da escrita, Maria Teresa Horta faz-nos sentir tudo.
«Vens até mim devagar
a tecer as madrugadas
olhos de um verde secreto»
Este livro lê-se quase num sopro, contudo, é de uma humanidade e sensibilidade comoventes, uma vez que orbitamos pela saudade, pela solidão, pelo nervosismo, pelo desejo, pelo que nutrimos pelo outro, pela antecipação, pela felicidade pura, pela presença que se mantém, mesmo que haja uma morte para chorar. E em nenhum momento esconde a vulnerabilidade dos seus sentimentos. Na lista de poemas favoritos, tenho de destacar Paixão, Vulnerável, Saudade, Desnorte e O Teu Cheiro.
Paixão é uma ode ao que não se esquece, por mais que o coração esteja ferido, porque há memórias que não pretendemos perder. Regressarei a estes versos que unificam.
Paixão é uma ode ao que não se esquece, por mais que o coração esteja ferido, porque há memórias que não pretendemos perder. Regressarei a estes versos que unificam.
🎧 Música para acompanhar: O Teu Cheiro, Bispo
📖 Outro livro lido: Novas Cartas Portuguesas (em coautoria com Maria Isabel Barreno & Maria Velho da Costa)
10 Comments
Um livro em homenagem ao amor... me parece bem interessante
ResponderEliminarÉ muito comovente!
EliminarAndréia um livro pra ser lido mais uma ótima indicação bjs.
ResponderEliminarVale muito a pena!
EliminarJá ouvi falar tanto da autora.
ResponderEliminarEstão sugestão veio mesmo a calhar.
Beijinho grande, minha querida!
Acho que ias gostar de ler 🥰
EliminarJa está na wishlist da Wook :) Uma senhora inspiradora *.*
ResponderEliminarAcho que vais gostar muito 😍
EliminarNão conhecia 🙈
ResponderEliminarLê-se muito bem!
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