MOLESKINE 2020 // O MELHOR DE ABRIL

Fotografia da minha autoria

«A vida é feita de momentos colecionáveis»

Abril. O mês que mais me faz palpitar o coração. Porque é pintado por aniversários especiais, incluindo o meu. Embora, este ano, a celebração tenha sido muito adaptada, não deixou de ter detalhes memoráveis. Porque as nossas pessoas-casa sabem como encurtar a distância física, fazendo-se perto. Além disso, tinha uma iniciativa guardada na gaveta, que me estava a entusiasmar, para comemorar uma data importante para qualquer leitor. Mesmo em casa, acalentei boas expectativas. E fui surpreendida por uma onda de carinho inesquecível. Tal como em 2019, abril deu-me alento suficiente para seguir viagem.

Aniversários: Com uma semana de diferença, a minha mãe faz anos a oito e eu a quinze. Desta vez, fomos apenas três à mesa. Porém, foi o suficiente, pois sabemos que estamos bem e que é por uma causa maior. Entre mensagens, chamadas e vídeos, ficaram escritas no peito promessas de reencontro com a minha restante fortaleza. Além disso, a nove, tive o aniversário da minha sobrinha de coração. E arrumei a minha vergonha para lhe gravar um vídeo. Acredito que, neste período delicado, é importante escutarmos a voz daqueles que nos significam tanto. E, na impossibilidade de nos multiplicarmos em abraços, é especial ouvir a cadência de quem nos faz sentir em casa. Sei que não devemos revelar os nossos desejos, mas, assim que soprei as velas, pedi muito para que voltasse a ficar tudo bem, para que possamos repetir as festas de aniversário. E matar as saudades acumuladas.

Receber O Principezinho - O Grande Livo Pop-Up: É sabido o quanto sou apaixonada por esta história. Por isso, o livro em formato pop-up figurava na minha lista há muito tempo, até porque é daquelas edições que nos aumentam os sonhos. Quando falei com a minha afilhada, no meu aniversário, e ela confidenciou que eu ia receber uma encomenda dela, nunca imaginei que pudesse ser este livro. É certo que temos procurado oferecer cultura uma à outra - mais na base dos concertos e solos de Stand Up Comedy -, mas esta surpresa superou todas as minhas expectativas, deixando-me sem palavras. Porque foi um dos gestos mais bonitos com que me brindaram. Portanto, esta versão tornou-se muito mais importante e especial. E que bem que ela fica na minha coleção.

Estante Cápsula: O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor comemora-se a 23 de abril. Razão pela qual decidi criar um desafio extensível à comunidade livrólica, convidando, em primeiro lugar, alguns bloggers para responderem à seguinte sinopse: Mudas de casa. E na tua estante nova só tens espaço para ter quatro autores e três livros. Quais escolhes? E foi com esta inocência que nasceu a Estante Cápsula, cuja missão consiste em levar-nos a observar as prateleiras da nossa biblioteca de um modo mais consciente. Com um traço complementar, reuni sete perguntas de bolso, para dinamizar mais a publicação e torná-la parte da nossa essência. Ver a blogosfera - e as redes sociais - cheia de livros foi bastante emocional, ainda para mais, percebendo que houve mais pessoas a querer aderir à iniciativa.

Voltar a comprar livros: No final do ano transato, assumi o compromisso de não voltar a comprar mais livros, pelo menos, enquanto não diminuísse bastante a lista dos que tenho por ler. Mas, ao mesmo tempo, defini três momentos que funcionariam como uma pausa, permitindo-me acolher novos exemplares [com moderação - era essa a ideia]. E um deles, claro, era o meu aniversário. Apesar disso, ponderei muito se o deveria fazer, porque não queria colocar em risco qualquer profissional, só para satisfazer a minha vontade. Porém, tendo em conta que as próprias entidades incentivam à compra online, resolvi aliar a minha paixão ao apoio de livrarias e de negócios independentes. Confesso que acabei por adquirir muitas mais obras do que as que tinha pensado, mas, em maio, sossego este descontrolo.

                           

Os diretos do Bruno Nogueira continuam a ser uma companhia todas as noites. E, embora já tenham acontecido por lá situações e representações hilariantes, a verdade é que a viragem para o dia 25 de abril foi dos momentos mais emocionais e bonitos a que assisti.

Azul Instantâneo // Pedro Vale: Apela aos nossos sentimentos e à nossa imaginação. Tem várias cores por dentro. E consegue ser, de um modo muito equilibrado, firme, suave, livre e misterioso. Com uma mancha textual calmante, revolta e reflexiva, que nos inebria, impele-nos a explorar a nossa alma perdida [publicação completa aqui].

O Meu Irmão // Afonso Reis Cabral: Expõe algum cinismo, mas também empatia. E é pautado por inúmeros pensamentos paralelos, que funcionam como a voz da consciência. Representando, ainda assim, uma relação em plena construção, lega uma mensagem de amor subentendida... ou a falta dele. Porque é inegável o impacto da deficiência na estrutura familiar. E o quanto a nossa alma tem demasiadas áreas cinzentas, mantendo-nos em permanente combate com a nossa moralidade e aquilo que sentimos estar a perder [Uma Dúzia de Livros // Abril].

Serei Sempre o Teu Abrigo // Valter Hugo Mãe: Esta narrativa ensina-nos a amar para lá das dificuldades. A persistir, mesmo quando a vida «torna os dias longos de perdas». A estimar, embora possamos não estar presentes. Porque este livro é uma lição de ser. E é, sobretudo, uma homenagem às nossas pessoas-abrigo [The Bibliophile Club // Abril].

Explicações de Português Explicadas Outra Vez // Miguel Esteves Cardoso: Uma viagem pelos nossos sentimentos. Pelos comportamentos da nossa sociedade. E pelos preciosismos da nossa língua. Ninguém escreve com tanta ironia e afeto sobre os portugueses - e Portugal - como o MEC. Por isso é que será sempre um privilégio lê-lo. Porque, no seu idioma mordaz e certeiro, há um retrato que se prolonga no tempo.

O Avô Tem Uma Borracha na Cabeça // Rui Zink: Há livros que, mesmo sendo lidos num sopro, guardam histórias poderosas. E este tem uma das mensagens mais bonitas que tive o privilégio de ler, porque demonstra bem o poder do amor - «sempre mais forte do que o esquecimento».

A Noite em que o Verão Acabou // João Tordo: Esta obra é altamente viciante. Imprevisível. E surpreendente. Porque é cheia de camadas e reviravoltas, onde nada é o que aparenta ser. Eu bem que tentei formular inúmeras hipóteses para solucionar o caso, mas foram todas deitadas por terra. É que o autor criou um fio condutor a transbordar de qualidade. Mesmo quando transita entre o passado e o presente.

A Vida Invisível de Eurídice Gusmão // Martha Batalha: Este é daqueles livros com muita[s] vida[s] dentro, envolvendo-nos com a dose certa de humor e ironia. Ainda assim, não deixa de abordar temas cruciais, a começar pelo papel da mulher. Marcado por um amor proibido e por metamorfoses constantes, a autora desenvolveu uma narrativa «inspirada em duas protagonistas que podiam ser as nossas avós». Um mimo!

O Principezinho - O Grande Livro Pop-Up // Antoine de Saint-Exupéry: Este exemplar é mesmo um sonho! Para além da história inesquecível, que praticamente dispensa apresentações, as ilustrações assumem um peso gigantesco, quase como se fossem um portal extra para entrarmos na ação. Que privilégio poder adicionar esta edição à minha estante.

A Pequena Semente // Eric Carle: Um livro que nos mostra não só o ciclo natural das plantas, como também faz a transição para a nossa realidade e qualidades, demonstrando-nos que cada um de nós tem o seu ritmo e que isso não nos impede de alcançar grandes feitos.

1Q84 Vol. 2 // Haruki Murakami: A perturbante história de um amor adiado conquistou-me ainda mais. Porque a escrita do autor tem o dom de nos inebriar e de nos transportar por um caminho nada evidente. As camadas sucedem-se e inquietam-nos, deixando-nos num permanente estado de curiosidade. E as perguntas que ficaram do primeiro volume começam a ser, pouco a pouco, respondidas, aumentando o interesse.

Este mês, também tive a oportunidade de ler Versos Periclitantes, o próximo livro da Ana Ribeiro [EscreViver], que está maravilhoso!

A quarentena tem-me permitido explorar mais tipos de conteúdo. Nomeadamente, dentro da categoria das séries [que me falam ao coração] e, até, na sétima arte. Neste aspeto, abril foi extraordinário.

Amnésia: Este thriller policial conta a história de Joana Almeida, «uma jovem blogger de sucesso que, na manhã da publicação do seu primeiro romance enquanto autora, acorda com o namorado morto ao seu lado». Portanto, vamos acompanhar a sua luta para provar que está inocente. O problema é que a protagonista sofre de uma amnésia traumática, impedindo-a de se recordar do que aconteceu durante o último ano da sua vida. Com um conceito original e uma dinâmica bastante interativa, uma vez que criaram uma conta de instagram para alimentar o suspense e a dúvida, há vários indícios suspeitos.

La Casa de Papel: As duas primeiras temporadas foram alucinantes, quer pela narrativa em si, quer pela abordagem invulgar. Por isso, uma parte de mim desejava que não houvesse continuação, para que não se corresse o risco de estragar um dos melhores trabalhos já feitos, na minha opinião. No entanto, foram gravadas e partilhadas mais duas temporadas e, apesar de não terem o mesmo ritmo inquietante, até porque a fórmula já não é uma novidade, gostei bastante de ambas. Porque sinto que exploraram uma componente mais emocional, permitindo-nos conhecer as personagens de outra perspetiva. Além disso, há um sentido de compromisso e de lealdade [mesmo quando se querem matar uns aos outros], que emociona - e, sim, também chorei com esta série.

A Espia: A RTP tem estado com uma aposta forte em séries nacionais. E esta é mais uma prova do quanto se pensa e realiza bem em Portugal, alcançando produtos tão incríveis. Com um elenco de luxo, recuamos ao ano de 1941, onde há uma segunda Guerra Mundial a decorrer e Portugal vive na neutralidade. Porém, nem tudo é o que aparenta e a generalidade dos envolvidos também não revela a sua verdadeira identidade. Neste drama histórico, entre festas e mensagens codificadas, vamos discorrendo o peso de se viver uma vida dupla.

Movie 36 em 40tena: Um filme por dia... É possível a ousadia? Quem lançou a questão foi a Carolayne Ramos - Imperium Blog -, que decidiu recuperar uma das suas rubricas de coração, a Movie 36, incitando-nos a direcionar a nossa atenção para outros lugares e, em simultâneo, a encontrarmos no cinema um entretenimento. Assim, de 10 a 25 de abril, convidou-nos a assistir, tal como a premissa indica, um filme diariamente. Portanto, aproveitei a ocasião para ver: A Rapariga Dinamarquesa, Chama-me Pelo Teu Nome, Variações, Ocean's 8, A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha, Milagre na Cela 7, Vaiana, Coco, Emoji: O Filme, São Jorge, Cinzento e Negro, A Todos os Rapazes que Amei, P.S. Ainda Te Amo, Annie e Só de Passagem [uma pequena batota, uma vez que, este último, é um solo de Stand Up Comedy] [publicação completa aqui].

Como Defender Um Assassino está de volta. E esta série nunca desilude!

1+3 // Pós Pandemia: Expectativas VS Realidade e Planos: A perspetiva de recuperarmos os nossos velhos hábitos/rotinas é aliciante e, para além disso, entusiasma bastante. Contudo, prevejo que, quando pudermos voltar à rua, persistirá um certo desconforto e uma dúvida permanente: estabilizou ou haverá sequelas? E assusta-me pensar que algumas pessoas retirarão pouco desta situação. Não sei se estamos, verdadeiramente, preparados para o que nos espera, mas quero crer que, enquanto sociedade, retiraremos lições imprescindíveis, que vão desde o valor do outro ao poder do abraço. E sem esquecer o refúgio que deve ser a nossa casa, a nossa cultura, as nossas pessoas [aqui].

XXVIII // Suposições sobre Mim: É um hábito meu preparar uma publicação distinta no meu aniversário, porque faz-me todo o sentido estender a comemoração ao blogue, uma vez que é uma parte tão especial da minha identidade. Então, para este ano, desafiei-vos a partilhar suposições que tivessem sobre mim. E só posso agradecer, com todo o meu coração, por tão prontamente alinharem nesta brincadeira. Porque é uma demonstração de carinho que nunca esquecerei. E que já fez com que os vinte e oito começassem cheios de energia. E magia [aqui].

Storyteller Dice // Como Quem Conta Um Conto: A mesa do escritório é o meu caos. É a paz calculada na escuridão que habita os meus pensamentos. E, todos os dias, envolvo-me no mesmo processo: tirar um café bem cheio - e forte -, para ir bebericando, enquanto preencho folhas banais em branco. Quando pego no lápis, pois é a única maneira de sentir a essência das palavras, nada mais tem peso. E, num traço desenfreado, rabisco histórias que, certamente, nunca verão a luz da ribalta. Pois isto não é um sonho. É uma catarse [publicação aqui].

Semana das Sete Coisas: A propósito do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, resolvi criar uma semana temática para homenagear esta arte que me apaixona. Deste modo, escrevi sobre personagens literárias com quem gostaria de tomar café, sobre livros Infanto-Juvenis, sobre trilogias e sagas que pretendo ler, sobre a Estante Cápsula, sobre podcasts literários, sobre citações para guardar no coração e sobre músicas inspiradas em livros. Como se não fosse suficiente, prolonguei a comemoração mais um dia, só para responder ao desafio da @bichodagalaxia: obras literárias para desabafar.

Gira-discos // Kriola: Dino d'Santiago transformou os temas num grito de identidade, procurando erradicar preconceitos. E é na rua que o conseguimos, todos os dias, quando provamos que as nossas diferenças não têm motivos para nos separar. Pelo contrário. E a música tem esta capacidade de nos unir. Por isso, com o seu Kriola, o músico fez nascer um hino: de amor. De aceitação. De empatia [publicação aqui].

Aproveitar este confinamento para explorar novas receitas tem sido uma constante. No entanto, em abril, optamos por algo mais simples, experimentando fazer a Tigelada, partilhada por Henrique Sá-Pessoa [aqui] e apostando bastante no bolo de caneca de aveia e banana.

      

Os chás, como refiro tantas vezes, não podem faltar na dispensa. E, finalmente, experimentei o de Mirtilo e Açaí. Apesar de a minha mãe dizer, sempre que o faço, que cheira a azeitonas, o sabor é uma delícia. Tenho abusado da sua companhia, porque traz aconchego.

Tomo sempre café após o jantar. Mas, volta e meia, incluo-o no meu pequeno-almoço. Portanto, para não gastar tantas cápsulas, optamos por comprar café solúvel. E este da Bellarom não podia ter-se revelado uma melhor escolha. Já experimentei misturá-lo tanto em leite, como em água e fica ótimo de ambas as formas. Mas confesso que prefiro a segunda opção, porque adquire um sabor mais intenso, como eu adoro.

Uma nota para mencionar o meu bolo de aniversário. Há três anos que escolho o mesmo [Red Velvet com massa folhada] e nunca desaponta.

RELI // Rede de Livrarias Independentes: Fiquei a conhecer esta iniciativa através da Sonia Rodrigues Pinto. E não podia ter ficado mais fascinada com todo o conceito, porque a RELI é uma associação livre, sem «ligação aos grandes grupos editoriais e livreiros», cuja maior preocupação passa por procurar «uma coordenação de esforços para enfrentar a crise» que compromete «a existência de pequenas livrarias em todo o país». E a mensagem da associação expõe tudo aquilo em que acredito, porque estes espaços «têm um papel fundamental na coesão cultural e na criação de um pensamento crítico e livre, contribuindo para a educação, a informação e o entretenimento dos cidadãos». Sensibilizada com os valores que a movem, não perdi a oportunidade de contribuir para a sua causa, usufruindo de uma das campanhas disponíveis: Livraria Às Cegas, na qual escolhemos um livreiro e, mediante o pagamento de 15€, recebemos um livro completamente desconhecido para nós, quase como se estivéssemos num blind date. Eu optei por escolher a Salta Folhinhas e não podia ter ficado mais feliz com o exemplar que me enviaram [publicação completa aqui].

Esquecemos Aquilo que Gostamos de Fazer: A Sofia está de volta a esta categoria, até porque tornou a tocar na ferida. Pois parece que, a dado momento, sofremos uma amnésia momentânea, que nos distancia do que gostamos de fazer. E isso deve-se, em grande parte, à nossa predisposição, já que é muito fácil resvalarmos para um estado de caos, principalmente, quando a nossa vida se desvia bastante da rota idealizada. Portanto, é importante fazermos este exercício de consciencialização interior, impedindo-nos de afundar [aqui].

As vossas Estantes Cápsula: Divirto-me sempre imenso quando lanço alguma iniciativa/projeto, porque, para que tal aconteça, é sinal que me diz muito. E adoro abrir as portas para que outras pessoas participem, pois acredito que é na partilha que crescemos. Desta vez, optei por enviar convites diretos e o resultado estendeu-se numa onda literária que me encheu o coração. E estas foram as estantes que adquiriram voz: Ana Ribeiro, Matilde Ferreira, Rita da Nova, Cherry, Ana Rita Correia, Andreia Moita, Os Devaneios da Tim, Leituras Descomplicadas [estante | perguntas de bolso], Suspiros da Bea, Read & Listen, Fika, Carolina Ferreira, Sofia Costa Lima, Lyne Ramos [estante parte 1 | estante parte 2 | perguntas de bolso], Beatriz Cruz, Marisa Vitoriano, Inês Espada Nobre, Literatura de Café, The Orange Club, Ana Garcês, Carolina Nelas e Nelia Freespirit. Muito obrigada ♥

O corpo ideal, as fantasias que nos contam e contornar estereótipos: A Lyne escreveu uma publicação que transborda crescimento, aceitação e amor próprio. Esta estrada pode ter muitas reviravoltas inesperadas, porque implica um processo sistemático, sobretudo, quando continua a existir esta ideia de que temos que corresponder a determinados padrões/medidas. Mas o caminho que ela está a traçar é inspirador, ainda para mais, por ajudar a quebrar esses estereótipos [aqui].

Abril prometia novidades maravilhosas, principalmente, com o lançamento do segundo álbum d' Os Quatro e Meia. Uma vez que a atual situação não o permite, houve necessidade de adiar esse pedaço de felicidade. Apesar disso, termino o mês com uma discografia versátil, alternando entre a versão deluxe de After Hours [The Weeknd], Kriola [Dino d'Santiago], Come quarentine w me [Richie Campbell], Sem Tempo [Janeiro] e Deixem o Pimba em Paz [Bruno Nogueira & Manuela Azevedo]. Em paralelo, reuni uma playlist bem ao meu jeito: plural e emocional.

Os Aurora, com imensa pena minha, tomaram a decisão de não prosseguir enquanto banda. Contudo, muito recentemente, partilharam a versão acústica de três dos seus temas: Vento, Sem Medos e Grita.

Pontas Soltas: O álbum Os Capitão Fausto Têm os Dias Contados marcou uma viragem definitiva na história da banda. Por ter sido na altura em que se mudaram para Alvalade, com o claro objetivo de fazerem da música a sua vida. E por revelar toda a sua sabedoria criativa em maturação. E este processo de criação ficou registado aqui.

Prisão Domiciliária: Todos os dias, Joana Marques abre as portas do seu lar para nos contar as «peripécias de viver e trabalhar fechada em casa e como tudo isso pode ser extremamente desagradável». Com fragmentos curtos - e com a presença do marido, Daniel Leitão -, tem sido uma maravilha acompanhar este tempo de confinamento [aqui].

Sou Menino Para Ir T3 Ep.1: Salvador Martinha regressou com um dos seus projetos mais criativos. E neste episódio, que marca o início da terceira temporada, abraçou o desafio de ser, por um dia, Road Manager de «um dos maiores nomes da nova geração de humoristas portugueses, Pedro Teixeira da Mota, carregando o peso de comandar duas equipas de produção e uma estrela do momento» durante a tour. Genial! [aqui]

FC Porto em Casa com Ricardo Quaresma: É inegável o quanto me falta a energia do futebol e de acompanhar a caminhada do meu mágico Porto. De maneira a minimizar esta ausência, o FC Porto em casa tem sido um abraço apertado, ainda para mais por trazer nomes que marcaram o meu crescimento e a história do clube. Um dos convidados mais recentes foi o Quaresma. E eu não consigo traduzir as saudades - e a vontade - de o ver de azul e branco. Esta conversa intimista e genuína fez o meu mês.

É quando a vida fica em suspenso que aprendemos, realmente, a colocar as situações em perspetiva. Porque compreendemos o que necessita que dispensemos energia, deixando de insistir no que não podemos controlar. Confesso, ainda assim, que este mês foi um nadinha mais duro, pois não consegui celebrar na companhia dos meus. Contudo, quase como numa espécie de compensação, tive outros momentos para sorrir. E é neles que concentro a minha força. Portanto, estou grata por...

... Entrar nos 28 com muitas manifestações de amor.

... Ter contribuído para a RELI e ter apoiado o Book Gang.

... Poder desfrutar da companhia dos meus patudos.

... Ver o Estante Cápsula a levantar voo.

... Ser surpreendida com mimos tão especiais.

... Continuar ciente de que tenho valor.