MOLESKINE 2020 //
O MELHOR DE MAIO

Fotografia da minha autoria


«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Maio. De mãe. De nostalgia. De libertar pontas soltas e fechar feridas antigas. Este mês foi, emocionalmente, intenso. E, talvez, aquele em que mais senti o peso do isolamento. Porque, este período, que deveria ter sido de reencontros, acabou por ter traços de ausência física. A minha capa ficou guardada no armário, quando deveria ter regressado aos Aliados. À ESE. Ao Queimódromo. Aos abraços dos meus. Mas até neste meio arranjamos alternativas, que nos transmitem um pouco de aconchego. Se é suficiente? Se calhar, não. Porém, é preferível ao vazio. Na reta final, maio voltou a mostrar o quanto o destino é imprevisível. Mas consegui respirar. E é com este apontamento de esperança que estou pronta para me despedir deste mês - que, apesar de tudo, me proporcionou muitas razões para permanecer de sorriso largo.



Queima das Fitas: A quarentena retirou-nos aquela semana especial para todos os estudantes - ainda mais para os finalistas. Contudo, houve espaço para assistir à Serenata pelas redes socais. E nessa noite, sim, peguei na minha capa. Tracei-a. E reuni-me em conversa com os meus. E não foi esta dinâmica alternativa que fez com que escutar a Balada de Despedida custasse menos. Pelo contrário. Além disso, mesmo numa semana de loucos, não podia deixar de mimar alguém que marcou o meu percurso e que viu o seu ano de finalista suspenso. Independentemente disso, é uma conquista. E se tiver atenuado um pouco do sabor agridoce que ficou, então, valeu totalmente o investimento.


Desafio Alma Lusitana: A 22 de maio, numa clara homenagem aos nossos, celebra-se o Dia do Autor Português. Inspirada pela data, pensei numa iniciativa simples, para valorizar todos aqueles que nos inspiram, ao mesmo tempo que temos a possibilidade de conhecer outros artistas e outros estilos de escrita. E, ainda, mergulhar mais fundo na obra daqueles que já fazem parte das nossas preferências. Então, no decorrer deste mês, procurei ler apenas escritores nacionais. E convidei-vos para me acompanharem nesta jornada. Para torná-la mais dinâmica, fiz nascer a Alma Lusitana, cuja missão era fazer-nos repensar no panorama literário deste nosso jardim à beira-mar [aqui].


Aniversário de Casamento dos Meus Pais: 32 anos depois, mesmo que me tenham falhado quatro, continua a ser a minha história de amor favorita. Porque é feita do tecido que move a partilha, a cumplicidade, a amizade, a paixão, aconchegando o lado esquerdo do peito. E eu, que sou feita de sonhos intermináveis, apaixonada por contos de fadas, encontrei em vocês o melhor exemplo. Amo-vos muito ♥


O Dia da Mãe, mesmo sem grandes celebrações, não passou em claro. Por isso, houve bolo para homenagear um dos meus pilares mais fortes. Além disso, retomei o compromisso de não comprar livros até setembro.



Estar Vivo Aleija // Ricardo Araújo Pereira: É uma obra que podemos ler num sopro ou ir descobrindo aos poucos. Alia conhecimentos plurais e imaginação. E transparece uma postura de autocrítica, convidando-nos a rir de todas as incoerências que encontramos em nós e no mundo - sobretudo, no mundo. Ricardo Araújo Pereira não procura ajudar-nos a compreender aquilo que nos rodeia. Fornece-nos, antes, a melhor arma que podemos possuir: o sentido de humor [Uma Dúzia de Livros // Maio].

Às Cegas // Josh Malerman: Este livro permite que o leitor desenvolva a sua própria noção do monstro. Explora a dinâmica de grupo e a pressão que podem exercer uns sobre os outros. E alerta-nos para as inúmeras reações possíveis numa situação desta natureza. Embora esperasse um final um pouco mais coincidente com a energia de toda a obra, sinto que nos conduz a uma perspetiva de um mundo novo. Harmoniza a esperança. E deixa-nos uma porta aberta de entrelinhas, ansiando uma sequela. Neste presente alternativo, há uma diferença gritante entre «não podermos olhar e não conseguirmos ver». Todos temos a nossa lente. E esforçamo-nos, superando-nos, para encontrar a luz em tantas circunstâncias obscuras [The Bibliophile Club // Maio].

Uma Lágrima na Face da Índia // Daniel Nunes de Sousa: Ao centrar-se no genocídio, no infanticídio e numa população que discrimina, o autor mostra-nos que ainda há muito a fazer. Mas também transmite uma ponta de esperança. Porque a educação é uma arma poderosa - e essencial. E uma pessoa pode mesmo fazer a diferença, inspirando tantas outras a seguir as suas pegadas [Ler é Conhecer // Cultura e Religião].

Memorial do Convento // José Saramago: Fiz as pazes com esta leitura. E ainda bem que resolvi deixar as memórias do secundário em segundo plano, permitindo-me redescobrir uma história que, na altura, não me cativou na totalidade, excetuando a ligação de Baltasar e Blimunda. É certo que a escrita do autor não é a mais intuitiva e sinto que, em certas partes, há demasiada informação, o que pode confundir. Mas gostei do tom cómico e irónico. E da quantidade de vidas que nos permite conhecer. Além disso, acabei o livro de coração apertado. E com a certeza de que nunca me esquecerei do Sete-Sóis e da Sete-Luas.

O Retorno // Dulce Maria Cardoso: O relato parece leve, pela rapidez com que nos envolve, mas os acontecimentos vão despertando uma profunda revolta: pelo ódio, pela vida que fica em suspenso, pela desigualdade, por retratar tão bem o melhor e o pior da humanidade. Numa travessia entre Luanda e a Metrópole, ficamos a conhecer a história de uma família de retornados e tudo o que essa condição implica. Além disso, por ser contada pela voz de Rui, com 15 anos, concede-nos a possibilidade de compreender todo o seu crescimento e o quanto o seu pensamento se desconstrói e molda às circunstâncias. Embora aborde temas pesados, a autora conseguiu, mesmo assim, incorporar algum humor. E só não atribuí cinco estrelas porque senti falta de um pouco mais de intensidade [e menos repetição de ações] na vida da metrópole. Apesar disso, é daqueles livros que nos desarruma.

Onde Cantam os Grilos // Maria Isaac: A escrita da autora é maravilhosa, envolvendo-nos numa narrativa que tanto nos aquece a alma, como nos aperta o coração. Através da voz de Formiga, vamos sentir o peso do abandono, dos sentimentos, de sensações proibidas e dos segredos. Mas também do amor - e do quanto nada é linear. E se, por um lado, a história começa com um traço doce e lento, por outro, sem estarmos a contar [eu, pelo menos, não estava], consegue virar-nos do avesso. Sinto que não estava preparada para este desfecho e é, também, por isso que considero o livro surpreendente. Para além de ser bastante credível, transportando-nos para a vida da Herdade do Lago, desorganiza-nos a alma. E prova-nos que nada é o que aparenta ser. Portanto, temos que ser prudentes, sobretudo, nos julgamentos morais.

Rodopio // Mário Zambujal: Histórias de encontros e desencontros. De amor, de lealdade e de companheirismo - e companheiros -, mostrando-nos que a paixão pode surgir e desaparecer nos momentos mais inesperados. Com uma bela dose de humor e irreverência, Mário Zambujal faz-nos transitar por este rodopio que é, no fundo, a vida humana.


O Livro da Tila // Matilde Rosa Araújo: Um livro de poesia absolutamente encantador, que foca o mundo, a natureza e a sua união. Numa simbiose apurada, que tanto é desvendada por uma voz infantil, como por uma personalidade adulta, deambularemos por certos deslumbramentos e pelas relações que se estabelecem pelo caminho.

O Vermelho e o Verde // José Jorge Letria: Um romance histórico. Antagónico. Com uma alma incendiária. Nas páginas deste livro, que sentimos ler num sopro, comprovamos o quanto a política e as nossas ideologias nos podem separar, sobretudo, quando levamos as nossas convicções ao extremo. No seio de uma família portuguesa, quase que se falam dois dialetos, opondo-se a crença na Monarquia e a tentativa de implementar a República. Assim, através de um relato emotivo, confrontam-se afetos e ideias. Desconstroem-se ódios silenciosos. E percebe-se que o amor tem que ser mais forte que qualquer guerra.

O Bairro das Cruzes // Susana Amaro Velho: Escrevi uma publicação no blogue com alguns livros de autores portugueses que gostaria de ter sido eu a redigir. Quando saiu, ainda não tinha terminado este, caso contrário, também figuraria nessa lista. Porque está fabuloso! A autora, com mestria e sensibilidade, conseguiu contar-nos duas histórias em simultâneo: a do Bairro das Cruzes e a da família de Luísa - e da Rosa. Senti cada pedaço desta narrativa. E não queria parar de ler. Porque tem dor, reviravoltas, um certo mistério e drama. Tem amor e alma. Tem Portugal antes da liberdade e uma lenda que não deixa de se fazer notar. Não gosto de dizer que têm de ler determinada obra, porque todos temos experiências literárias diferentes. Porém, contradizendo-me, se puderem, permitam-se descobrir este exemplar.

As Máscaras do Destino // Florbela Espanca: Oito contos, numa prosa poética que nos faz deambular pelas diferentes máscaras da tristeza, da morte, da dor. Dedicado ao irmão, que faleceu num acidente de viação, este livro exige mesmo a disposição certa para o abraçarmos.

A Máquina de Fazer Espanhóis // Valter Hugo Mãe: A escrita poética de Valter Hugo Mãe não para de me comover. Nesta história em específico, somos transportados para a vida na terceira idade. Para as angústias, as perdas e os pedaços de paz que parecem uma miragem, quando nos sentimos na escuridão. Num relato sobre os vários tipos de família, a solidão, a amizade e o compromisso proveniente das nossas relações intra e interpessoais, conhecemos o quotidiano [e os fantasmas] de um grupo de idosos num lar, onde o espírito enérgico lhes permite combater aquela sensação de que o fim se aproxima. Que livro especial.

A Poesia que Sai Dentro de Mim // Cláudia Lopes: O eBook desta obra foi-me, gentilmente, cedido pela autora. E o que mais me cativou foi a sua forte componente emocional. A intensidade das sensações. O amor, o desamor, a nostalgia. Mas também a presença da natureza nos seus versos. Carece de uma revisão, porque há alguns erros que acabam por quebrar o ritmo da leitura. No entanto, o livro fala-nos ao coração. E o «Poesia d' alma» é, sem qualquer dúvida, o meu poema favorito.



As Mulherzinhas: O primeiro filme não estava nos meus planos. Não para já, pelo menos, até porque queria começar pelo livro. Mas cruzei-me com a sua transmissão, durante um almoço de domingo, e não resisti, tendo em conta que a história é mesmo fascinante. As irmãs são muito diferentes, mas é essa diversidade que entusiasma, envolvendo-nos. As Mulherzinhas deste enredo estão à responsabilidade da mãe, educando-as «quando o marido parte para combater a Guerra Civil Americana». Na transição para a vida adulta, acompanhamos o crescimento de cada uma, refletindo sobre o «verdadeiro significado de amor, virtude e emancipação, numa das épocas mais complexas da identidade dos EUA». Durante os créditos desta adaptação, compreendi que fiquei ainda mais entusiasmada para me perder na obra de Louisa May Alcott [brevemente].

A Herdade: Este filme do produtor Paulo Branco - com argumento de Rui Cardoso Martins - foi adaptado a série, na RTP Play. E conta-nos a história de um dos maiores latifundiários da Europa, na figura de João Fernandes. Espelhando uma família tradicional portuguesa, permite-nos conhecer, ainda, Portugal desde 1940 até à atualidade, «contextualizando a vida social, política e financeira de um país inteiro». Com muito drama e hipocrisia à mistura, desconstruímos o lado disfuncional das relações humanas e o quanto se colocam à prova os limites da moralidade. Só gostava que determinados aspetos fossem mais explorados, para não ficar com a sensação de que há um corte.


Wonder: Auggie Pullman tem dez anos, uma malformação congénita rara e está a um passo de integrar o quinto ano, numa escola, deixando de receber essa formação no conforto do seu lar, protegido de comentários e rejeições. E é impossível não nos relacionarmos, automaticamente, com o protagonista: não pela doença, mas pela personalidade cativante. Naturalmente, há receios que se fazem sentir neste momento de transição. E será desafiado a vários níveis. Os olhares, a falta de amigos e a frustração são palpáveis, mas também o são todas as suas conquistas. Além disso, compreendemos o impacto que a Síndrome de Treacher Collins tem no seio familiar, porque influencia toda a sua dinâmica. Aceitar que somos diferentes leva o seu tempo. Mas, se pararmos para observar - e escutar - os outros, verificaremos que todos travamos as nossas lutas. E que há sempre algo a distinguir-nos.



O que Fazer Quando Temos Demasiados Livros por Ler: A poesia de uma lista literária a aumentar escreve-se por ela própria. Porque representa um mundo de infinitas possibilidades. No entanto, também traz no regaço uma certa angústia, uma vez que, por maior que seja o nosso tempo, há obras que nunca chegaremos a descobrir. E qualquer leitor está ciente dessa condição. Mas o que é que podemos fazer quando temos demasiados livros por ler? Esta questão surgiu em conversa com A Sofia World, porque estamos conscientes da necessidade de priorizarmos os exemplares parados na estante/armário [aqui].

Storyteller Dice // Velocidade Saudosista: Chama-me uma voz em teu alento / Doce e terno fragmento de saudade / De um carro parado em contramão / Em choro e em tormento / Quebrando o destino [aqui].

As Tatuagens que Um Dia Terei Coragem de Fazer: O nosso corpo é uma tela em branco. Que esconde histórias, cicatrizes, memórias e uma série de experiências mais ou menos inspiradoras. E eu acho maravilhoso eternizar, em desenhos de traços singulares, cada fragmento que marca a voz das nossas vivências. Por essa razão, há um pensamento de Mário Pereira Gomes que me representa, pois acredito na sua veracidade: fazer uma tatuagem significa mostrar na pele o que se esconde na alma. E, não sendo propriamente vital, considero estes registos uma maneira de homenagear [publicação completa aqui].

Semana Temática Alma Lusitana: Para celebrar o Dia do Autor Português, comecei por criar um desafio. Mas, depois, senti necessidade de prolongar a festa, dedicando oito publicações aos nossos escritores. Porque acredito mesmo no seu talento e sei que merecem mais reconhecimento. Assim, partilhei sobre Novos Autores Portugueses, sobre Livros de Autores Portugueses que Quero na Minha Estante, sobre Os Livros que Adorava Ter Escrito, sobre Versos de Poetas Portugueses, sobre o Alma Lusitana, sobre Autoras Portuguesas que Precisamos de Ler, sobre Um Título, Um Tema e sobre as Categorias Extra.

Como é que o Bicho Mexe: Desliguei as luzes da minha árvore improvisada. E fi-lo já a acusar as saudades. Pelo momento da despedida. E por tudo o que aconteceu nestes últimos dois meses. Ri muito. Emocionei-me quase na mesma proporção. E cresci imenso nesta partilha virtual. Troquei o receio pelo humor. O limbo por aquele pedaço de paz que nos faz sussurrar que «vai ficar tudo bem». Num sentido de comunidade orgânico, ergui o meu copo de vinho imaginário e brindei a esta montanha russa de sensações, diálogos e improvisos. Talvez um dia seja capaz de reunir as palavras certas para explicar e homenagear o simbolismo deste Bicho irrequieto e criativo. Até lá, obrigada. Por tudo. A todos. Mas, principalmente, ao Corpo Dormente, pela genialidade, pela generosidade e por ter sido um ponto de luz nas nossas casas. E nas nossas vidas. Até breve ♥ [publicação aqui]



O calor faz-se sentir e eu torno as saladas numa prioridade. E há uma que repito inúmeras vezes, pois adoro cuscuz. Na minha última ida às compras, decidi investir numa opção integral, da marca Seara.


Há meses que tinha guardado, no instagram do blogue, uma receita do Chef Avillez, que é uma Mousse de Chocolate, feita de abacate e banana. Finalmente, decidi arriscar. E, para além de ser muito simples e rápida de fazer, fica deliciosa. Estava um pouco receosa, confesso, mas conquistou-nos a todos. E já tive pedidos para a repetir.


O chá gelado passou, também, a ser protagonista. E o de Mojito, da Tetley, tem o meu coração. Além disso, para tornar o mês um pouco mais guloso, ofereceram Cavacas de Resende ao meu pai. Que maravilha!



Carta ao Meu Corpo [In]desejado: Aceitar o nosso corpo, a imagem que vemos no espelho, nem sempre é o processo tão intuitivo que deveria ser. Aliás, na maior parte dos casos, é extremamente complicado. E, atendendo a que continuo a travar esta luta, que requer uma mudança interior, revi-me nas palavras da Carolina. Porque, com mais altos e baixos, temos que, aos poucos, aprender a não dar voz aos nossos fantasmas, mas a olhar para as qualidades que sabemos ter, usando-as como escudo. Ainda assim, iremos cair algumas vezes e, até ficar no chão. Mas, depois, com força e determinação, voltaremos a reerguer-nos. Até porque compreendemos que somos mais importantes [aqui].

Como Arrumar a Estante? | 9 Dicas para Organizar os Livros: Eu perco-me por tudo o que esteja relacionado com literatura, leitura e derivados. E uma das publicações que mais me entusiasma prende-se com o método de organização das estantes, porque sinto ser um processo muito pessoal, que transmite a nossa personalidade livrólica. A Andreia Moita, que partilha todo este gosto por livros, publicou nove dicas que nos permitem adequar este espaço tão querido às nossas preferências e objetivos. Afinal, não há uma só forma de o fazer. Mas é muito útil quando dispomos de alternativas [publicação aqui].

As Almas Lusitanas: Fico com o coração a transbordar de felicidade e gratidão quando há mais pessoas a quererem participar nas iniciativas que proponho. Para comemorarmos o Dia do Autor Português, lancei o repto e houve algumas Almas Lusitanas a marcar presença, nomeadamente a Ana Ribeiro, a Matilde Ferreira, a Teresa, a Por Detrás das Palavras a Travelwithnes, a Tânia Oliveira, a L.F. Madeira e a Tim.

Retrato Cartoon: No final de 2019, a Sofia Chiclete lançou um giveaway, oferecendo-nos a possibilidade de ganhar um retrato cartoon em formato digital. E eu fui a feliz contemplada. Com toda a situação que envolveu a Canela, sei que este trabalho não ficou esquecido, mas, naturalmente, a sua atenção teve que se focar no tratamento da cadela. Este mês, com o pretexto de me enviar um questionário, fez-me esta surpresa e eu não podia ter ficado mais encantada com o resultado. Por isso, podem vê-lo exibido na foto de perfil do instagram do blogue.


Projetos Literários Imperdíveis: Acredito que a leitura tem um impacto incrível no nosso crescimento pessoal e social. Por essa razão, quando há iniciativas literárias a promover este estreitar de laços, não perco a oportunidade de, pelo menos, as conhecer. E há duas que farei por abraçar, pois têm uma mensagem importantíssima: Ler é Respeitar a História [Sandra Cavaleiro] e #umportuguêspormês [Sofia Costa Lima].



A minha playlist mensal trouxe alguns regressos, sobretudo, de artistas que marcaram a minha infância e a minha adolescência. Alguns dos temas já não são recentes, mas fizeram todo o sentido neste maio tão emocional. Além disso, o álbum Melodramático, dos HMB, veio reservar um pouco mais de ritmo e energia à minha vida, enquanto a belíssima banda sonora de Orgulho e Preconceito se tornou uma companhia recorrente durante os meus momentos de leitura - e não só.


A Surpresa: Tempestade 🎧 Melhor duo: Me Liga 🎧 A diferentona: Say It 🎧 A favorita: Dança 🎧 Artista Revelação: Natalie Taylor


1 Título, 1 Tema: As palavras escritas e as palavras cantadas. Numa sinergia que se complementa. E, assim, surgiu esta playlist, na qual títulos de livros nos transportam para títulos de canções. Em permanente construção - assim ambiciono -, sintam-se à vontade para fazer sugestões: asgavetasdaminhacasaencantada@hotmail.com



Sou Menino para Ir | Pedido de Casamento: A terceira temporada deste projeto extraordinário de Salvador Martinha chegou cheia de desafios originais e irreverentes. Num dos mais recentes episódios, houve um homem bastante corajoso a arriscar num pedido de casamento. Será que o sim foi dito? Deixo a resposta para descobrirem. Mas levanto a ponta do véu só para partilhar que vos espera um grande momento [aqui].

EP86 - O Desconfinamento do Gleidson: A rubrica de Luís Franco-Bastos na RFM - Informação Privilegiada - conta com algumas participações regulares. Uma delas é Gleidson, o Influencer. Choro a rir com esta interpretação brilhante. E, numa altura de desconfinamento, ele tem coisas muito pertinentes - ou talvez não - para debater [aqui].

Recomendo, ainda, o final de Sou Menino para Ir, Silêncio com Bruno Nogueira, que está uma verdadeira obra de arte. E Hotel, a podsérie de Luís Franco-Bastos, que regressou para uma temporada alucinante!



Meu doce e intenso mês de maio. Deixaste-me em suspenso, a sentir o peso da nostalgia e do coração em alvoroço. Ainda assim, soubeste ser colo e o trevo de quatro folhas que fui sussurrando, como um segredo. As paredes da minha casa continuam a ser suficientemente largas para me sentir confortável. Portanto, este mês, estou grata por...

... Tantas leituras ao sol [sempre protegida pelo gato dos vizinhos].


... Ter acompanhado iniciativas tão incríveis.


... Ter pessoas interessadas na Alma Lusitana, celebrando os nossos.


... Regressar ao Bibó Porto, matando saudades de uma das minhas comidas de eleição: a francesinha! Nem consigo traduzir a emoção.

... Ter estado com o meu afilhado. Custou imenso não o abraçar, mas ter a oportunidade de o ver, ao fim de tanto tempo, valeu por tudo.

Comentários

  1. Que mês bonito e preenchido- Que Junho seja ainda melhor =)

    Beijinho grande!

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    1. Muito obrigada, minha querida! Espero que junho seja muito generoso contigo <3

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  2. Aproveito para desejar um ótimo mês de junho!

    Isabel Sá  
    Brilhos da Moda

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  3. Respostas
    1. Sim, teve muitos momentos/detalhes de encher o coração, felizmente!
      Obrigada e boa semana, Francisco

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  4. Maio foi um mês grande e cheio de emoções :) Aforei ter participado nos teus desafios :) Quero muito ler Estar vivo aleija, o Bairro das cruzes e influência da pelo meu Rui, A máquina de fazer espanhóis :) E gostava muito de ver A Herdade mas ainda não consegui por causa dos direito de transmissão on-line internacional...
    Beijinhos*

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    1. Muito obrigada por, mais uma vez, alinhares nas minhas ideias de imediato. Isso significa mesmo muito <3
      Aconselho muito os 3. São belíssimas apostas!
      Oh, que pena. Mas espero que te seja permitido vê-la em breve

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  5. A pensar no isolamento e todos os percalços você se reinventou e com arte e inventividade tiveste um mês bonito e literalmente afetivo
    Beijinhos e um feliz domingo

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    1. Nada como estar atenta aos detalhes, ajuda imenso a encontrar a motivação que, por vezes, parece faltar :)
      Muito obrigada, Gracita

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  6. Mês de muitas leituras :)
    Acho que este mês foi o de libertação do confinamento. Uma realidade nova, mas menos má e menos pessimista que o mês passado!

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    1. A quarentena tem sido uma boa aliada nesse sentido :)
      Aos poucos, temos que voltar à realidade. É estranho, claro, porque ainda não nos sentimos seguros. Mas chegaremos lá

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  7. Ainda foi um mês cheio de coisas bastante boas, como é bom rever o que fizesmos, espero que o novo mês te traga só coisas boas
    Beijinhos
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    Tem post novos todos os dias

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    1. Trouxe-me, apesar de tudo, muito aconchego!
      Obrigada, Sofia. Desejo-te o mesmo :)

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  8. Quanta coisa te fizeram bem! Que dias melhores despontem nos próximos meses! Fica bem e se cuida! <3

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    1. Muitos detalhes de encher o coração!
      Obrigada e igualmente 😊

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  9. Um mês intenso :). Por aqui, também foi em Maio que comecei a acusar o cansaço do teletrablho, da incerteza profissional, da instabilidade emocional. Junho não começou da melhor maneira, mas há alinhar-se.
    "O Bairro das Cruzes" é bom... Tão bom que eu queria mais. Senti falta de maiores desenvolvimentos em algumas partes. Ok! Eu tinha adorado "As últimas linhas destas mãos" e ia com elevadas expetativas para este novo livro da Susana.
    "Wonder" é um filme maravilhoso. Um dos meus filmes preferidos! Ainda não li o livro, mas quero fazâ-lo.
    Tenho muita curiosidade relativamente ao livro "Onde cantam os livros". Ando de olho nele desde que saiu.
    Obrigada pela oportunidade de participar na tua iniciativa. Foi um enorme prazer.
    Boas leituras!
    Beijinhos

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    1. Espero mesmo que junho te traga essa estabilidade que acabou por faltar em maio!
      Talvez um pouco mais da história do Bairro em si, mas adorei mesmo a dinâmica e a vida daquelas pessoas. Além de que a escrita é mesmo viciante. Esse ainda não conheço, mas vou ter que ler :)
      O livro também ainda não li, mas tenho mesmo que o fazer, porque fiquei encantada com o filme!
      Adorei e recomendo. Acho que, em algumas partes, sabia bem se houvesse um maior desenvolvimento. Mas, apesar disso, tem uma premissa fantástica.
      Eu é que agradeço ter-te desse lado *-*

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  10. Apesar de tudo, tiveste um mês preenchido e cheio, e isso é muito bom.
    Que o próximo seja igual ou melhor.
    Mas o mês de Maio é especial, bem eu sou suspeita, mês de Maio é o meu mês. 😅

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    1. Teve muitos apontamentos maravilhosos :)
      Obrigada e igualmente, Juliana!
      Compreendo o sentimento, sou igual, mas em abril ahahah

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  11. E que Junho te traga mais alegrias, mais hipóteses de estar com os teus e mais livros para ler <3

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    1. Agradeço, de coração, minha querida. E desejo-te o mesmo <3

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  12. Acho que este Maio foi muito especial, senti a esperança no ar e amor, ainda que a uma certa distância, houve tanto amor <3
    Que Junho seja tudo o que mereces, que nos encha a todos o coração e que nos permita aproximar mais de tudo que é nosso!

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    1. Awww, que bom, minha querida! Fico tão feliz por ti <3
      Desejo-te o mesmo. Que seja um mês extraordinário

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