O mundo por olhos tom de castanha #45

Fotografia da minha autoria

«Fotografar é uma maneira de ver o passado. Fotografar é uma forma de expressão, o "congelamento" de uma situação e seu espaço físico inserido na subjetividade de um realismo virtual»

O aniversário do meu pai, no passado domingo, foi comemorado com mais um passeio em família. Saímos de casa com um destino em mente, mas os acasos redobram o encanto da [re]descoberta. E, pelo menos, 20 anos depois, regressamos a Monção.

Localizada entre «dois fenómenos geográficos distintos», esta vila foi uma agradável surpresa. A familiaridade não se fez sentir de imediato, porque estivemos distantes muito tempo, mas ressurgiu quando observei o busto de João Verde - pseudónimo do poeta José Rodrigues Vale -, porque preservo uma fotografia memorável da minha infância, na qual estou ao seu lado vestida de... verde. Este pormenor sempre me despertou um sorriso, por ser uma coincidência tão engraçada. Muito provavelmente, e mesmo só tendo conhecimento deste momento por registos fotográficos, será uma recordação fixa no meu percurso.

Após um fantástico almoço no Café Restaurante Central, na Praça Deu-La-Deu, que recomendo pela qualidade da confeção e pela simpatia, aproveitamos para explorar algumas ruas. E para admirarmos todos os detalhes arrebatadores. Já na altura da partida, em silêncio, ficou prometido um regresso. E, se possível, para breve. Antes de alinharmos a rota com sentido a casa, ainda fizemos uma visita relâmpago a Ponte de Lima, para aproveitar o cenário do Parque Temático do Arado e visitar a loja de artesanato.

As fotografias também contam histórias. Por isso, deixo-vos com aquelas que ajudam a contar o que a minha objetiva captou.

Já estiveram em Monção? O que não posso perder numa próxima visita?