O Machismo Não é Grave Porque é Normal
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Fotografia da minha autoria
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«Estava mesmo a pedi-las»
O tempo avança. Os recursos desenvolvem-se e superam-se. O acesso à informação, para além de ser menos restrito, está mais facilitado e intuitivo. Mas custa-me a acreditar que a sociedade seja evoluída em pleno. Aliás, não o pode ser, porque só essa condição justifica [ainda que não o faça na integra] a normalização da violência, do assédio, da culpabilização das vítimas, tornando os culpados impunes. No entanto, nada disto é grave. É, até, bastante normal.
«Só nos primeiros três meses de 2019, já morreram 12 mulheres devido a violência doméstica». Choca ter conhecimento destas estatísticas desumanas, mas revolta muito mais perceber que, enquanto não forem tomadas medidas estruturais e revolucionárias - do ponto de vista dos valores que nos movem -, os números continuarão a aumentar, porque são uma consequência direta da nossa falha - como sistema, como pessoas. Porque ainda está enraizado o pensamento de que foi sempre assim, portanto, não há algo que possamos fazer. Errado. Muito errado! O caminho permanece com demasiadas pontas soltas, a nossa luta está longe de ter chegado ao fim. E podemos começar por quebrar o silêncio. Por parar de desvalorizar as queixas. Por deixar de ignorar quando as situações acontecem a dois passos de nós. Precisamos de estar mais atentos aos sinais - dos que estão perto e, no mesmo plano, daqueles que estão mais longe. Porque é importante começarmos de dentro para fora. Mesmo que demore. Não podemos é desistir.
Antes do movimento #NÃOÉNORMAL, a intenção de Diogo Faro era a de realizar um vídeo acerca dos diferentes tipos de machismo, satirizando-o. Além disso, pretendia demonstrar às pessoas «que a violência doméstica não é apenas quando um agride fisicamente o outro». Esta iniciativa adquiriu proporções gigantescas, implicando uma reformulação do objetivo inicial, mas o formato audiovisual não ficou esquecido. E já está disponível.
Ironicamente genial!!!!
ResponderEliminarNão diria melhor!
EliminarOs números da violência doméstica em Portugal deveria de nos envergonhar a todos, é um desastre social terrível que tem de acabar.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Deveria mesmo, Francisco! São comportamentos vergonhosos, completamente desumanos :/
EliminarObrigada e igualmente
Infelizmente, vai sempre existe machistas por aí.
ResponderEliminarO que não significa que nos conformemos. É preciso lutar contra estas mentalidades pequenas
Eliminaràs vezes penso que a sociedade não evoluiu nada...
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Como a compreendo Isa :/
EliminarEnviei um e-mail para o Diogo Faro a contar a minha experiência, a muito custo e não obtive resposta... :/ se calhar não devia ter enviado:/
ResponderEliminarDa minha parte em relação a este assunto vou continuar a agir com respeito e bom senso em relação ao ser humano que estou a criar.
https://matildeferreira.co.uk
E de o ensinar a ter respeito e bom senso para com os outros!
EliminarEle recebeu mais de três mil e-mails, com histórias muito intensas. Salvo erro, foi no programa do Markl que ele mencionou que precisava de se distanciar um pouco, porque mexeu com ele. E acho que é compreensível.
EliminarAcredito que essa ausência de resposta não tenha sido por mal
E se tivermos todos essa atitude, sem dúvida que o mundo evolui
EliminarAcho complicado muitos tipos de 'ismos.' Geralmente, tais terminações representam excessos.
ResponderEliminarConcordo consigo, porque, geralmente, as pessoas acabam por levar tudo ao extremo
EliminarA violência doméstica é crime público desde 2001. Ou seja, pode ser denunciado por qualquer pessoa, tenha ela ou não algum tipo de ligação À vitima e/ou ao agressor. Contudo, a maior parte das pessoas continua a fingir que não está na posse desta ferramenta de combate ao machismo e à vilência de género.
ResponderEliminarFico contente que algumas figuras públicas se mobilizem, mas fico triste que os movimentos só ganhem dimensão considerável por causa delas. Há movimentos cívicos e forças políticas a lutar contra a violência doméstica e de género há muito mais tempo e o seu papel é muitas vezes totalmente desconsiderado. É como se as pessoas só sentissem necessidade de de manifestar a sua tristeza e revolta porque alguma celebridade os motivou a fazê-lo. É só isso que lamento e, em boa parte, esse facto também explica as estatísticas negras.
A luta é de todos. Por isso, quando fechamos os olhos, estamos a condenar a vítima e não o agressor. E isso tem que mudar!
EliminarNão creio que sejam desconsiderados, só que acabam por não ter tanta exposição. Claro que seria bem melhor se fossem mais visíveis, até pelas causas que defendem, mas carecem de meios ou pessoas com esta visibilidade. O que é uma pena. Por isso é que é tão importante que existam figuras públicas a dar este passo, não por estarem num pedestal, mas por conseguirem chegar a mais pessoas.
Se formos a uma escola e perguntarmos se é normal que o namorado (a) exija mexer-te no telemóvel, a maioria vai responder que sim, como vão responder que é normal impedir o namorado (a) de falar com alguém de quem não gostamos ou que nos exijam que se mude de roupa porque é muito curta.
ResponderEliminarE isto é assustador porque não estamos a evoluir, na verdade acho que estamos a retroceder e a criar gerações que acham que amor e sentimento de posse é o mesmo, que acham que tudo é justificado porque se gosta do outro e o outro tem de mudar para as coisas funcionarem...
Temos um longo - e assustador - caminho a percorrer.
Sonha mas Realiza
Muito bem lembrado, Armanda. Infelizmente, é o que acontece. E é aterrorizante verificar a quantidade de pessoas que aceitam essas condições.
Eliminar«(...) e a criar gerações que acham que amor e sentimento de posse é o mesmo», tenho que destacar esta parte, porque parece-me crucial. Acho que grande parte do problema tem aqui a sua origem
meu deus que triste. somos só uma estatística..
ResponderEliminarÉ completamente desumano :(
EliminarQue triste, acho que tenho de tirar um pouco mais para ler esse artigo
ResponderEliminarBeijinhos
Novo post
Tem post novos todos os dias
Vale a pena ler e ver!
EliminarEstatísticas desumanas por as mulheres não serem vistas como seres humanos. Somos somente coisas que se devem manter caladas e submissas, para que continuemos a ver todo o tipo de violência contra nós com normalidade.
ResponderEliminarEm pleno século XXI, é uma realidade que prevalece. É tão triste :/
EliminarNão diria melhor, Mel!
muito obrigado, meu bem!
ResponderEliminarde facto, as estatísticas e os números são tremendamente assustadores!!! é terrível!
o vídeo está extremamente bem conseguido! nossa!
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Instagram ∫ Facebook Official Page ∫ Miguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D
Foca aspetos cruciais! E é chocante como tudo isto se perpetua :/
EliminarUm tema alarmante que não deixa de nos chocar... =(
ResponderEliminarExcelente iniciativa de Diogo Faro.
Beijinhos!
Verdade, minha querida! É extremamente preocupante :/
EliminarQuanto a mim, um dos fatores que torna o machismo grave, é ser normal. A sociedade está cheia de anormalidades que, pelo hábito e uso, se tornaram normais.
ResponderEliminarEstacionar em cima do passeio, ou dar com uma moca de pregos na companheira, com a devida ressalva para a diferença do grau de brutalidade, são anormalidades que se tornaram normais. É uma coisa assim como o usucapião. Levas a primeira estalada, ficas caladinha e a segunda já entrou na normalidade.
E anda um pai a pagar propinas para um filho chegar a juiz...
Quando aceitamos algo que não é normal, inconscientemente, acabamos por o banalizar. Já não ligamos e permitimos, mesmo que nos coloque em risco. E depois é muito difícil sair desta dinâmica.
EliminarO mais angustiante é que se arranjam desculpas para determinados comportamentos
O machismo nunca deveria ser encarado como sendo "normal"
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Não mesmo! Mas, ainda assim, é algo que se perpetua :(
EliminarE te custa a acreditar que a sociedade seja evoluída em pleno porque ela simplesmente não é, nem aí, nem aqui e nem em outras tantas partes do mundo. Os casos de violência contra mulheres aumentaram nesses primeiros meses de 2019, e se eu fosse te citar somente os casos que vieram à tona, esses que chegam ao conhecimento de todos através da mídia, eu passaria algum tempo aqui te citando, porque são muitos e muitos são horríveis mesmo. E ainda há quem diga que machismo é conversa fútil, inclusive algumas mulheres compram esse discursam, dão apoio a gente como Bolsonaro, por exemplo, gente de ideias mofadas sobre a vida, sobre as relações humanas, normalizando comportamentos estúpidos e ultrapassados. É verdade, não podemos é desistir, mulheres e homens, quaisquer pessoas conscientes dos fatos, porque de gente umbiguista, que não tem um olhar mais compassivo sobre as vidas alheias, o mundo já está cheio. Um abraço!
ResponderEliminar«E ainda há quem diga que machismo é conversa fútil, inclusive algumas mulheres compram esse discursam, dão apoio a gente como Bolsonaro», o que me choca ainda mais é isto. Por mais que tente, não consigo compreender.
EliminarSem dúvida, não podemos é deixar de lutar. Claro que o caminho é difícil, mas não podemos permitir que esta "gente" continue a vencer
Muito haveria a dizer sobre este assunto, eu própria já assisti, disse faz queixa e a resposta que obtive foi que não valia a pena, pois ninguém faz nada e realmente é essa a sensação que tenho e pelo que se vê na TV, os agressores serem postos em liberdade, de que adianta?
ResponderEliminarAté quando? eu acho que nunca vai parar e o pior é que sempre existiu.
Beijinho linda.
Em parte, consigo compreender esse silêncio, essa desmotivação para fazer queixa, porque, atendendo ao que temos visto, parece que não adianta. Os culpados continuam à solta e as vítimas é que veem a sua vida comprometida :/
EliminarÉ preciso não parar de lutar!
Beijinho grande, minha querida
Já estou a par deste canal e estou a gostar muito!
ResponderEliminarSinto que este movimento dará muito que falar. E ainda bem!
EliminarPartilho, Inês! Este vídeo, para mim, será um dos mais relevantes do ano. E espero que chegue mesmo a muitas pessoas. Porque esta realidade não pode continuar
ResponderEliminarSinceramente não consigo entender como é que com toda a informação que dispomos ainda acontecem situações destas, como é que ainda há pessoas que acham normal ouvir constantes gritos vindos da casa de alguém e de coisas a partir e não fazer nada. Porque não são apenas os agressores, aqueles que acreditam no velho ditado "entre marido e mulher não se mete a colher" são tão ignorantes como quem bate.
ResponderEliminarTambém é algo que não consigo compreender, para ser sincera!
EliminarCostuma-se dizer que «é tão ladrão quem rouba como quem deixa roubar» e este ditado acaba por se aplicar nestas circunstâncias, porque ao fecharmos os olhos estamos a permitir que estes comportamentos persistam
Há tantas coisas que podiam ser evitadas caso essas pessoas fizessem algo em vez de apenas consentirem.
EliminarSim, sem dúvida!
EliminarInfelizmente a violência contra a mulher está demais aqui no Brasil todo dia tem um caso, isso é lamentável, isso precisa acabar Andréia bjs.
ResponderEliminarÉ angustiante perceber como esta realidade é uma constante :(
EliminarPostagem muito inteligente, obrigado pela visita.
ResponderEliminarBlog:https://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com
Canal:https://www.youtube.com/watch?v=DmO8csZDARM
Agradeço!
EliminarA violência doméstica é um flagelo social.
ResponderEliminarParabéns pelo teu post.
Não conhecia o vídeo, que é muito bom.
Andreia, um bom resto de semana.
Beijo.
É mesmo, Jaime!
EliminarMuito obrigada
Boa semana*
Não conhecia o video e está muito bom mesmo! Mas infelizmente com justiça como a nossa pouco, ou nada, irá mudar... :(
ResponderEliminarFoca os grandes pontos fraturante! Sim, a nossa justiça ainda apresenta imensos défices, mas é importante não desistir desta luta
EliminarOs valores assustam, e concordo contigo enquanto não for aplicada medidas não andamos para a frente, e as vítimas é que sofrem.
ResponderEliminarHá casos que as vítimas fazem queixa e nada se faz e depois acontece o pior.
Machismo há sempre mas há limites.
Tenho de ver esse vídeo.
Enquanto as queixas não forem levadas a sério e as leis não forem cumpridas, continuaremos a ver estes números a aumentar. O caminho pode parecer longo, mas se começarmos por não aceitar já estamos a colocar travões. Se é fácil? Sei que não, até porque é uma bagagem de machismo que está, infelizmente, bem enraizada, mas não podemos desistir
EliminarRecomendo!
Desistir NUNCA! 💪🏼
EliminarÉ isso mesmo! Pois mais complicado que seja, estas mentes desumanas não podem vencer
EliminarJá tinha visto o vídeo e está fantástico. É certo que retrata uma triste realidade, mas está muito bom e é por isso mesmo que deve ser partilhado, visto e revisto por toda a gente. "Não é normal". Vamos continuar a lutar!
ResponderEliminarO Diogo tem sido uma voz muito ativa nesta luta! E o vídeo está, de facto, incrível. Claro que, num mundo ideal, não seria necessário focar esta realidade, porque não existiria, mas precisamos de nos munir de todos os esforços. Porque, lá está, não é normal.
EliminarEste vídeo está genial!
ResponderEliminarA ironia foi a sua melhor companheira e aliada!
É por isso que gosto tanto do Diogo Faro, porque tem esse traço irónico e mordaz, que expõe problemáticas tão fraturantes da sociedade
EliminarUm post formidável sobre este tema... que em pleno século XXI... nos mostra... que não estamos assim tão longe, da Idade da Pedra!... É uma verdadeira tristeza, constatar tal!...
ResponderEliminarBeijinhos! Belíssimo trabalho!
Ana
É mesmo frustrante constatar isso! O tempo avança e parece que a sociedade não evolui :/
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