2018 | 12 Meses, 12 Livros
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Fotografia da minha autoria |
«Ler é ganhar asas para o mundo»
A minha meta literária, como mencionei nesta publicação, estava definida nos 45 livros. Excluindo alguns percalços e o ritmo atípico, consegui alcançá-la. E, inclusive, superá-la. Assim, no total, o meu ano fica marcado por 50 leituras tão diferentes entre si, mas tão transformadoras. E o melhor deste universo é que, se o abraçarmos de coração aberto, somos capazes de encontrar, pelo menos, um aspeto positivo e de aprendizagem, mesmo que a obra não entre para a nossa lista de essenciais. Em contrapartida, há sempre livros que se evidenciam. E pelos melhores motivos.
Tenho o cuidado de me desafiar sem descurar o lado mais significativo desta arte, porque nada se pode sobrepor ao prazer puro de nos perdermos por entre páginas de histórias e de enredos entusiasmantes, inquietantes, que despertam a nossa imaginação e/ou que nos levam a compreender melhor determinados assuntos. Portanto, para além de determinar um número geral de livros que pretendo descobrir, não crio qualquer outra etapa relacionada com a literatura. Deixo que o caminho flua com naturalidade, selecionando o que me fizer mais sentido no momento. E isso permite-me alternar entre géneros e entre autores, que ou são autênticas novidades ou são presenças constantes na minha vida.
É extremamente complicado enumerar as melhores leituras, sobretudo, quando se tem o privilégio de encontrar tantos livros fabulosos. Por essa razão, optei por escolher aquele que mais me conquistou em cada mês. E que, seguramente, contribuiu para o meu crescimento intelectual e, também, pessoal. Foi uma tarefa delicada, realizada com bastante ponderação, mas que me encheu as medidas. Descrever 2018 através de livros, que são uma das minhas paixões [por mais vezes que me repita, merecem esta ressalva por todo o bem que me fazem à alma], só podia culminar numa viagem extraordinária.
Janeiro: Pode ser uma superstição mínima e inconsequente, mas há sempre uma atenção acrescida no primeiro livro que leio. Porque gosto de começar o ano em força, com uma decisão plena e com uma narrativa suficientemente envolvente. Sobre o Amor foi, então, o escolhido, porque adoro a escrita de Daniel Oliveira e porque tive a sensação de que estava a apresentar um registo ligeiramente diferente dos anteriores. Não me enganei e deixei-me levar! [Entrelinhas #50].
Fevereiro: Torey Hayden revolucionou a minha relação com a leitura, tornando-nos inseparáveis. Por isso, e porque a acho brilhante na sua profissão, pretendo ler todas as suas obras. Grande parte delas, retratam situações verídicas - e delicadas -, mas a autora também publicou dois romances. Raposas Inocentes é o segundo. E foca relações profundamente desestruturadas, onde é visível a falta de amor: próprio e pelo outro. Além disso, proporciona-nos um contacto direto com a verdadeira essência do ser humano. E mesmo sendo ficção, rapidamente estabelecemos uma ponte com a realidade [Entrelinhas #47].
Março: Foi o mês em que li menos, portanto, a escolha foi rápida. Mas sinto que, dificilmente, algum destronaria Onde Vivem Os Monstros, de Maurice Sendak. Max, a personagem principal, parte numa «viagem simbólica», entre a realidade e a ficção, na qual enfrentará os seus medos e várias metamorfoses. Num ambiente mágico, em que palavras e imagens se interligam na perfeição, é, para mim, uma das melhores obras de literatura infantil e juvenil. Os pormenores são surpreendentes!
Abril: A Bela e o Monstro é uma das minhas histórias favoritas de sempre. Pela intemporalidade, pela mensagem, pelo amor. Serei uma eterna apaixonada pelo seu enredo. E sentia falta do livro que o preserva. No mês do meu aniversário, foi maravilhoso colori-lo com este pedaço de ternura, de respeito, de empatia, que transmite uma lição valiosa [Entrelinhas #55].
Maio: Regressei a Valter Hugo Mãe, com Homens Imprudentemente Poéticos. Esta obra é genial. E desconcertante, uma vez que remexe com os nossos valores e com a nossa estabilidade emocional. Entre o lado mitológico e o lado íntimo, entre o real e o que parte da imaginação, o autor baseou-se num local de morte para estabelecer uma alegoria sobre a solidão - como só ele sabe fazer [Entrelinhas #58].
Junho: O sexto mês do ano trouxe-me uma estreia. Pela primeira vez, perdi-me em Mario Vargas Llosa e sinto que esta ligação tem tudo para se estreitar. Travessuras da Menina Má foi um dos melhores livros que li na vida, porque é de uma sensibilidade e perspicácia inegáveis. Esta história, de um amor profundo e peculiar, é composta por inúmeros desencontros, contrastes e personagens marcantes, prendendo-nos do início ao fim [Entrelinhas #70].
Julho: Capitães da Areia fazia parte da minha lista de desejos. E só tenho pena de não o ter adquirido há mais tempo, porque é um livro arrebatador. Real, emotivo e, indubitavelmente, humano, Jorge Amado criou um retrato fiel da sociedade, onde ainda existe desigualdade, discriminação entre raças e exclusão. E tudo se complica quando estamos perante crianças negligenciadas, que têm que lutar pela sua sobrevivência, praticamente, desde o berço. Apesar disso, não deixa de transmitir alguma esperança [Entrelinhas #72].
Agosto: A Boneca de Kokoschka foi o primeiro livro que li de Afonso Cruz. E fiquei rendida à sua escrita - tanto que já tenho mais três em espera. É daquelas obras que requerem toda a nossa atenção, até porque há uma história dentro da história. A importância do outro é evidente e vamos compreendendo isso pelos laços que se criam em fios, aparentemente, desconexos.
Setembro: Nas Tuas Mãos conta-nos a histórias de três mulheres: avó, mãe e neta. E cada uma delas tem uma forma de se expressar [diário, álbum fotográfico e cartas] e de partilhar as suas memórias, o que proporciona uma leitura plural e próxima. Nesta obra tão emotiva, Inês Pedrosa convida-nos a viajar por três gerações distintas, cujos destinos se cruzam - e não só pelo vínculo familiar.
Outubro: Miguel Araújo lançou o seu primeiro livro. E que lufada de ar fresco que foi ler as suas Penas de Pato. Neste conjunto de crónicas - e contos - há uma série de memórias e particularidades que nos aproximam do músico. É fascinante como se apropria de situações tão banais e nos faz refletir sobre os pequenos nadas da vida. A sua visão sobre a realidade não é desprovida de sonhos e de uma enorme ternura. Mas partilha a perspicácia de saber observar.
Novembro: A Lista dos Meus Desejos já se tinha cruzado no meu percurso literário, mas resolvi redescobri-la. Porque senti necessidade de regressar a uma narrativa descomplicada, mas que nos mostra qual é a base da felicidade. Pode ser um cliché - e reconheço que tem um traço assim -, porém, acredito que é fundamental recordarmo-nos do que importa. Por mais que se possa ter tudo, a quantidade de dinheiro que possuímos não tem o poder de comprar aquilo que nos torna humanos.
Dezembro: O Sol e as Suas Flores é amor em estado puro. É crescimento. É sobrevivência. É aceitação. É respeito. É luz - de dentro para fora. Finalmente, aventurei-me em Rupi Kaur e esta leitura não podia ter sido mais inspiradora. Que bela maneira de terminar o ano!
Nota: O blogue é afiliado da Wook. Por isso, ao adquirirem as obras através dos links disponibilizados, estão a contribuir para o seu crescimento literário. Obrigada ❤
Quais os livros que marcaram o vosso ano?
Isso é verdade, meu bem.. o problema é termos de andar sempre a tomar conta dela e a aplicar pó :P
ResponderEliminarQuero muito que o próximo ano seja pautado por mais leitura!
Acabaste de me inspirar, ainda mais, nesse sentido!
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Bons livros destes já li a A Boneca de Kokoschka e Travessuras da Menina Má e foi um belo ano de leituras que o próximo seja melhor, aproveito para desejar a continuação de umas Boas Festas. 🎄
ResponderEliminarAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Ando a ler um ao tempo, mas grande parte do tempo não lhe pego, é só na cama e por vezes adormeço logo. Admiro-te por isso.:))
ResponderEliminarHoje:- No labirinto dos meus pensamentos
Bjos
Votos de uma óptima Quinta-Feira
Excelentes sugestões :) adoro Valter Hugo Mae e conheci a Torey através do teu cantinho :)
ResponderEliminarBeijinhos e venham
Mais leituras das boas em 2019 :)
https://matildeferreira.co.uk
Gosto de ler, no entanto, fiquei desiludida em receber tantos livros na Noite de Consoada, em vez do Chanel n°5 ou uma viagem até Nova Iorque.
ResponderEliminarLivros posso ir buscá-los à biblioteca como, por exemplo, à biblioteca da universidade de Düsseldorf ou à biblioteca municipal.
Neste momento, estou a ler FEAR | TRUMP IN THE WHITE HOUSE | BOB WOODWARD
Muita leitura por aí!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Não me posso queixar :p
Eliminarleste 50 livros?? meu deus! eu gosto muito de ler mas acabo sempre por ler mais nas ferias!
ResponderEliminarTheNotSoGirlyGirl // Instagram // Facebook
50 livros é uma meta inspiradora! Tenho particular interesse em ler Travessuras da Menina Má, pois já vi boas críticas sobre ele. Quanto aos restantes, uns nunca tinha ouvido falar e outros que ainda não tenho tanto interesse para ler, pois tenho já uma lista em mente :)
ResponderEliminarBeijinho *
Olá Andreia
ResponderEliminarMuitas leituras se fizeram por aqui, até estou com vergonha, eu não leio nada ahahah não sei se ria se chore!!!
Fiquei arrebatada com o teu entusiasmo a escrever sobre os livros, só te posso desejar um próximo ano também carregado de boas leituras.
xoxo
marisasclosetblog.com
Gostava de ter esse tipo de à vontade com os livros, embora goste de ler, deixo os livros sempre a meio e nunca os acabo!
ResponderEliminarhttps://skylykika.blogspot.com/
Não é coisa que faça muito, mas sabe sempre bem ler, mas ao longo do ano tu leste bastante livros
ResponderEliminarBeijinhos
Novo post //Intagram
Tem post novos todos os dias
Sabe mesmo! Sinto que crescemos imenso e que podemos viajar sem sair do lugar :)
EliminarFeliz Ano Novo! Que este seja um ano com saúde, sucesso e prosperidade!
ResponderEliminarAG
;)
ResponderEliminarAdorei os livros que selecionou! Esse ano pra mim foi bem fraco de leituras. Quero mudar isso em 2019!
Ótima quinta!
Beijo! ^^
Vais mudar, vais ver! Na maior parte das vezes, só precisamos do nosso livro certo, para despertarmos um ritmo mais regular :)
EliminarLeu muitos e bons livros. Um por semana é muito bom mesmo.
ResponderEliminarAndreia, bom resto de semana e Feliz Ano Novo.
Beijo.
Escolheria O Coração vive de sorrisos da Carolina Cruz, Beijar a alma da Débora Afonso e Apaixona-me da Ana Silvestre.
ResponderEliminarBeijinho grande :*
Meu Deus, 50 livros! Oxalá eu conseguisse ter lido um por mês, mas nem perto disso :p
ResponderEliminarTenho tantas sugestões apontadas graças ao Entrelinhas que opções não me faltam, a ver se em 2019 faço da leitura uma verdadeira companheira :)
Adorei a tua lista, tens ai alguns títulos que quero ler!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Elogio a tua escolha de autores portugueses.
ResponderEliminarEstes dias estava a ver um post do género e o autor só tinha livros estrangeiros ;)
Uma pessoa fica ausente uns dias e quando volta descobre que o teu blog está todo catita!! A-D-O-R-E-I!
ResponderEliminarNunca li o sol e as flores. Tenho medo de não gostar nada, porque não sou uma pessoa de poesia...
R: Foi um abuso de filmes xD
Tantos???? eu não li nenhum, que vergonha ahahahahah
ResponderEliminarBeijinho linda e boas leituras :)
Depois vou querer ver, meu bem :D fiquei mega curioso!!!
ResponderEliminarNEW OUTFIT POST | LAST COMBO OF THE YEAR.
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50 livros, muito bem! Eu estive lá perto, li um total de 40 :).
ResponderEliminarDa tua lista não li nenhum, só dei uma espreitadela no "O Sol e as suas Flores" antes de o oferecer (era daquelas prendas de aniversário com a qual eu queria ficar xD).
Beijinhos
Blog: Life of Cherry
2018 não foi um bom ano de leituras, confesso. Aliás... Estes últimos anos têm sido fracos nesse campo e é algo que quero mudar. Destes que enumeraste não li nenhum ainda mas partilhamos uma escritora em comum: Torey Hayden. Que profissional brilhante e que me inspira a cada novo livro que leio!
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