2018 | 12 Meses, 12 Vídeos

Fotografia da minha autoria

«A vida é divertimento»

A minha rotina quebra-se - e divide-se - em diversos portos de abrigo. Porque, assim que entro em casa, faço por me desligar do mundo lá fora. Quando me descalço, deixo todas as pegadas que marquei na soleira da porta. E dispo-me de tudo o que me leva para longe. Porque, nesse instante, quero ser plena na minha bolha. E dedicar-me a programas de lazer que me aquecem a alma.

A literatura, a escrita e as séries são os meus aliados de peso neste processo de distanciamento externo e, curiosamente, de reencontro comigo. E acredito que esta conexão é essencial para equilibrar a nossa sanidade. Há dias - ou noites - em que o meu colo é um conjunto de folhas brancas, que aguardam as palavras que lhes dão vida. Noutros, o meu aconchego vem em forma de manta e de comando de televisão. Ou, ainda, vem escondido nas histórias escritas por terceiros. Mas também me deixo levar por fotografias, pela música e por podcasts. Este ano, fundamentalmente, dediquei-me a acompanhar mais de perto o meio audiovisual presente em diversas plataformas.

Assistir a vídeos no youtube nunca foi um hábito regular. No entanto, via, pontualmente, o conteúdo de alguns canais. E a verdade é que a oferta é cada vez maior, o que nos permite conhecer pessoas talentosas e projetos incríveis, nas mais variadas categorias. Naturalmente, não consigo precisar a quantidade que visualizei. Porém, sou capaz de destacar um conjunto de favoritos. E houve 12 que me conquistaram.

Janeiro: Uma troca de ideias interessante, descomplexada e muito pertinente sobre a insistência e a consequência de tentarmos mudar os outros, tornando-os mais à nossa imagem.

Fevereiro: Um projeto de Salvador Martinha, que resolveu dar forma a alguns convites que foi recebendo de seguidores. Este episódio é hilariante e um dos meus favoritos.

Março: O quinto crasso da terceira temporada proporcionou um dos momentos mais épicos do ano! Carlos Coutinho Vilhena é exímio a falar inglês. E isso ficou comprovadíssimo - ou, se calhar, não. Além deste segmento que nos faz chorar de tanto rir, a parte final também merece atenção especial.

Abril: Luís Franco-Bastos disponibilizou o seu solo de Stand-Up Comedy, que está genial! Sou uma fã assumida do seu trabalho e do seu humor, por isso, esta partilha encheu-me o coração. Não só porque me permitiu conhecer um espetáculo que não tive oportunidade de ver ao vivo, mas também porque esta atitude foi de uma generosidade tremenda.

Maio: Nada melhor do que celebrar o dia da Mãe com humor e de um modo alternativo. Numa missão pelo bem da humanidade, Guilherme Fonseca desconstruiu seis mentiras associadas às nossas progenitoras.

Junho: Mishlawi, Richie Campbell e Plutónio são três artistas que adoro. Quando percebi que iam lançar uma música em conjunto, fiquei bastante expectante. Rain está brilhante, até pela fusão de estilos. E marcou, sem qualquer dúvida, o meu ano.

Julho: A Bumba na Fofinha é hilariante, porque tem uma graça natural e contagiante. É sempre cómico assistir aos seus vídeos, sobretudo, pela sua abordagem descomplicada em relação a qualquer assunto. E eu aprecio, genuinamente, a energia que transmite e o conteúdo que partilha. Este vídeo não foi exceção.

Agosto: Há dois grupos que sigo, quase, religiosamente - os Barbixas e os Castro Brothers. Portanto, tê-los em parceria é fantástico! Numa mistura de improvisação e «não pode rir», não faltam trocadilhos, falas épicas e uma elevada dose de gargalhadas.

Setembro: Este segmento do Snooze, na Mega Hits, é um dos que mais gosto de ouvir. Pelo formato e pela maneira como o Rui, a Maria e o Conguito conduzem o desafio. Ter a Diana Nicolau como convidada foi incrível, porque ela tem uma postura perante a vida que me cativa. E sem a conhecer, sinto que tem o coração no lugar certo.

Outubro: A Carolina Deslandes tem uma luz muito bonita. Para além de admirar o seu trabalho, fico fascinada com a forma como se expressa em relação a tudo aquilo que a move, sem ter receio de expor fragilidades. Esta conversa foi uma das mais inspiradoras de sempre.

Novembro: Os Quatro e Meia são um dos acasos mais felizes da minha vida e, desde que me cruzei com eles, não mais os larguei. A Terra Gira é o tema mais recente e, para mim, entrou para a lista de melhores do ano. Pela sonoridade, pela letra, pela mensagem. E o vídeo é de uma ternura comovente.

Dezembro: Natal é família. É união. É amor. E eu sinto tudo isto nesta que se veste de Azul e Branco - à qual tenho o orgulho de pertencer. O meu clube é uma parte de mim, por isso, não poderia faltar uma referência a toda a sua mística. Este vídeo preserva uma aparente simplicidade. Mas arrepia!

Quais os vídeos que mais vos marcaram em 2018?