Árvore de Natal à Prova de Gatos

Fotografia da minha autoria

«Foi a árvore de natal que começou!»

A quadra natalícia é mágica. Porém, também pode ser uma autêntica aventura, sobretudo, quando se aliam dois elementos: gatos e árvores de Natal. E eu sinto que, este ano, presenciarei peripécias em duplicado, uma vez que o Goji viverá o seu segundo Natal cá em casa, mas para o Silvestre será uma estreia. Parte de mim está entusiasmada por ver como reagirão à decoração. A outra perspetiva um campo de batalha com luzes, bolas coloridas e fitas.

Raras foram as vezes em que não precisei de ir tirar o Goji do meio do pinheiro - mesmo estando em cima de uma mesa -, uma vez que todo aquele ambiente desconhecido e apetecível lhe despertava um fascínio imenso. Até a caixa de arrumações servia para a brincadeira. Felizmente, não houve danos, nem baixas decorativas. Conseguimos, isso sim, aumentar as memórias e vivenciar momentos singulares e engraçados, que só foram possíveis porque acolhemos uma baga preta cheia de energia.

Um ano depois, com um Goji, ligeiramente, menos traquina, temos o Silvestre, que é um verdadeiro explorador. Por isso, todos os ornamentos serão inspecionados ao pormenor. E é bem provável que queira experimentar alguns deles. Como é difícil tornar a árvore à prova de gatos - e não a fazer estava fora de questão -, percebemos que o melhor seria deixá-los viver esta época tão especial. Com supervisão, até para evitar que se magoem, mas sem grandes ansiedades. Talvez nos surpreendam. Ou talvez se divirtam com tantos estímulos novos, porque é natural que estes objetos lhes despertem curiosidade, atendendo a que não fazem parte da sua rotina.

É tradição decorarmos a casa no dia 8 de dezembro - desta vez, só foi possível fazê-lo no dia 9. E, até à data, permanece tudo inteiro. Os meus patudos, não ignorando a árvore, têm-lhe dado um certo descanso - ainda que as luzes os atraiam e queiram esquivar-se para a parte de trás, como se existisse uma passagem secreta. Para minha surpresa, a toalha e as velas têm sido o principal foco do mais novo, enquanto o mais velho permanece de olhar atento. Estamos sempre a aprender, ou não fossem eles uma caixinha surpresas!

A árvore sorri-me. A música de fundo embala-me. E eles dormem em sossego. Não trocava este aconchego por nada - mesmo que ainda venham a destruir alguns enfeites. Que belo quadro de Natal.