2018 | 12 Meses, 12 Momentos

Fotografia da minha autoria

«A vida são momentos»

A conclusão de um ciclo - independentemente da sua natureza - desperta o nosso lado introspetivo e reflexivo, que nos permite embarcar numa viagem ao passado e recordar todos os nossos passos, durante um período de tempo específico. Recebi 2018 em Espinho, perto dos meus maiores pilares. E sei que, naquele momento, estava longe de imaginar as sucessivas reviravoltas que me esperavam. Porém, ainda que não tenham adquirido uma exposição grandiosa, contabilizei várias superações e um conjunto infinito de sorrisos. Porque estou em paz e bem resolvida por dentro. E essa será sempre a minha maior conquista.

Este foi o ano em que mais batalhei contra as minhas inseguranças, não só com aquelas que se relacionam com as minhas capacidades intelectuais e emocionais, mas também com as que dizem respeito ao meu corpo. Porque existem etapas da nossa vida que nos deixam mais fragilizados e que, consequentemente, afetam tudo o resto. No entanto, por mais moroso que seja o processo, compreendi que há combates internos que necessitam de acontecer com maior frequência. E está tudo bem. Numa ocasião embrionária, pode ser frustrante, mas a força que advém da persistência compensa qualquer queda. Se sinto que, em 2017, aprendi a relativizar, em 2018 vinquei essa aprendizagem e combinei-a com um caráter mais assertivo. Cresci muito como pessoa e como mulher. Desprendi-me de alguns medos. E lutei ainda mais por mim. Afastei certos fantasmas. E comprometi-me a acreditar, sem grandes hesitações, que sou capaz. Porque sou! Esta promessa é válida para a vida toda, mas este foi o ano em que, até agora, mas a honrei.

Olhando para a balança, a bagagem que aquece a alma tem um peso maior, porque faço por guardar só o melhor do meu percurso, sem esquecer as reveses que me proporcionam margem de progressão. Com honestidade, agradeço cada obstáculo, porque, assim, conheço mais de mim e dos meus limites. Só não deixo que me atrasem. E encontro em todos os outros acontecimentos bons a luz que me guia e que me faz querer seguir a minha estrada. Tenho que ser justa, 2018 fez-me ponderar muito, desafiou-me, mas também me trouxe equilíbrio e vivências maravilhosas. Mesmo sendo complicado reduzir um ano inteiro a alguns momentos, há 12 que merecem esse destaque.

Janeiro: No primeiro mês do ano, desloquei-me ao Teatro Sá da Bandeira para assistir a Avenida Q. Este musical de 2003, originalmente escrito e produzido por Robert Lopez, Jeff Marx e Jeff Whitty, foi adaptado e encenado, em Portugal, por Henrique Dias e Rui Melo, respetivamente. Foi um privilégio imenso marcar presença num espetáculo desta magnitude, porque aborda temáticas atuais e de extrema importância, provocando uma identificação automática. Com um elenco incrível, uma elevada dose de humor e um ritmo alucinante, por mim, repetiria a experiência sem hesitar.

Fevereiro: Não é segredo que recorro inúmeras vezes à Wook quando pretendo adquirir mais um livro - para mim ou para oferecer. E um dos aspetos que me atrai é perceber que, para além de todas as campanhas de promoção, investem em Momentos Solidários. Quando recebi o e-mail a informar que o de fevereiro se destinava a assinalar o dia Mundial da Luta Contra o Cancro, soube que não ficaria indiferente. Foi uma contribuição mínima, respeitando as minhas possibilidades económicas, mas ter a oportunidade de fazer a diferença é recompensador.

Março: Este mês foi, particularmente, mágico no que à música diz respeito, porque alguns artistas que admiro lançaram álbuns novos, como foi o caso de Fernando Daniel [Salto], João Couto [Carta Aberta], Enoque [Na Tua Mão], Jimmy P [Alcateia] e Isabela Nóbrega [Young].

Abril: Sempre foi sinónimo de festa, porque o meu avó materno fazia anos no dia 4, a minha mãe faz a 8 e eu faço a 15. E eu sempre adorei celebrar o meu aniversário. Este ano, cheguei aos 26. E optei por festejá-los de uma maneira diferente no blogue - que é uma componente essencial da minha jornada. As gavetas abertas por... proporcionaram um aconchego especial, que guardarei com todo o carinho.

Maio: O campeão voltou! Quatro anos depois, o Porto conquistou o título nacional [Fragmentos #27]. E foi absolutamente extraordinário regressar aos Aliados para celebrar esta conquista. Sou Portista desde que me lembro de ser gente e sempre vibrei imenso com futebol, no geral, e com o meu clube, em particular. Foi uma caminhada emocionante, que me encheu de orgulho. Porque voltou a mística adormecida. Contra tudo e contra todos, este é o nosso lugar.

Junho: O S. João ocupa um lugar central no meu coração, sendo mais uma desculpa perfeita para reunir a família. E é ótimo ter a casa cheia nesta quadra festiva. Apesar de não ser a maior entusiasta de foguetes e fogo de artifício, assistir a todo o espetáculo de luzes no Cais de Gaia teve um encanto diferente.

Julho: Este mês marcou o meu regresso a uma das cidades portuguesas que mais me fascina - Guimarães [À Boleia do Mundo #27]. O berço de Portugal sabe a abraço apertado. Por isso, é sempre mágico percorrer caminhos que têm um traço familiar.

Agosto: As gavetas da minha casa encantada comemorou o seu quinto ano de existência [aqui], o que me transmite um aconchego extra. Porque este projeto, movido a sonhos, tem muito de mim. É a minha liberdade criativa e o meu porto seguro. Sou muito feliz nesta casa virtual a criar conteúdo que me fascina.

Setembro: Uma vez mais, marquei presença na Feira do Livro do Porto. Regressar aos Jardins do Palácio de Cristal deixa-me sempre feliz e realizada, sobretudo, quando há tanta literatura envolvida. Na edição deste ano, comprometi-me a investir mais e a passear menos. E consegui! Além disso, ainda tive a oportunidade de ouvir Miguel Araújo a apresentar o seu Penas de Pato.

Outubro: A Telma e o Pedro, do blogue Ela ❤ Ele, tinham dez convites para a Feira Alternativa, por isso, lançaram um passatempo, que permitia ao vencedor ir ao evento ou em Lisboa ou no Porto, num dos dias à sua escolha. Sorte a minha que fui uma das contempladas e, assim, pude assistir a palestras inspiradoras. Nunca tinha ido a uma iniciativa desta natureza, mas saí de lá muito mais rica, porque o ambiente é fantástico e desperta a nossa atenção para temáticas que podem não ser tão comuns no nosso quotidiano.

Novembro: Concretizei um dos meus desejos mais antigos! Finalmente, adquiri uma Canon. Parte de mim ainda não acredita neste feito, mas tenho-me divertido imenso a explorar as suas funcionalidades. A qualidade da imagem é surreal. E, atendendo a que a fotografia também faz parte do meu lote de paixões, foi um investimento totalmente pensado e com sentido.

Dezembro: O mês do Natal, da família, da magia, trouxe uma mudança ao blogue. E sinto que é uma maneira fantástica de terminar o ano. Têm sido dias bem tranquilos e iluminados, mas espero que o grande momento de dezembro aconteça no dia 29, na Avenida dos Aliados, a ouvir alguém que admiro e que me inspira a fazer e a ser melhor - Diogo Piçarra.

Quais foram os melhores momentos do vosso ano?