5 Desejos Para 2019

Fotografia da minha autoria

«Os nossos desejos são incontáveis»

O nosso crescimento não se restringe à idade e à altura. Estende-se à nossa maturidade e à desconstrução que fazemos de certos hábitos: porque necessitam de ser ajustados. Ou, então, porque deixamos de nos identificar - podendo, inclusive, encontrar alternativas mais significativas. Faz tudo parte de um processo de aprendizagem e, sobretudo, de conhecimento pessoal. E isso só é possível quando nos predispomos a olhar fundo, para dentro da nossa alma.

Uma tradição que tinha, na reta final de mais um ciclo, era a de enumerar uma lista de metas para o ano seguinte. Muitas vezes, pecavam por serem extensas e com uma projeção a longo prazo. E, por muito que os propósitos fossem traçados com consciência, o foco acabava por sofrer contrariedades. Assim que compreendi a origem dessa quebra, precisei de me reencontrar e de gerir a minha vontade de chegar mais longe com outro cuidado. Ambiciono muito do meu futuro, mas, para além de ter deixado de escrever resoluções de ano novo, comecei a pensar mais a curto prazo. O que me permitiu diminuir frustrações, suavizar a ansiedade e evitar pressões desnecessárias. Consequentemente, entendi que abrandar o ritmo tem implicações diretas nas expectativas e que salva a nossa sanidade. E, deste modo, consigo desfrutar melhor desta viagem tão imprevisível, mas tão identitária e insubstituível.

Há objetivos transversais. E há sonhos que não precisam de ser representados no papel para que tenham peso nos nossos passos, uma vez que os sabemos e sentimos de cor. No entanto, e porque tenho alguns guardados a precisar de uma motivação extra para saírem da gaveta, optei por recuperar um hábito antigo, quase como se fosse um lembrete, definindo cinco desejos que espero realizar em 2019.

Tatuagens: No total, pretendo marcar três no meu corpo. Sei quais quero e em que parte de mim as quero eternizar. São minimalistas, mas cheias de significado. E celebram não só aquilo em que acredito, mas também as minhas pessoas-casa. E já fico feliz se, pelo menos, tatuar uma delas. Mais do que qualquer outro motivo, sinto que é o receio da dor que me trava. E quanto mais adiar, menos coragem terei. Portanto, vou fazer de tudo para que não passe deste ano.

Rotas Singulares: Há um projeto a ser trabalhado nos bastidores deste blogue há, sensivelmente, dois anos. Mas ainda não o partilhei por duas razões: porque sinto que preciso de limar e definir melhor alguns pormenores e porque seria hipócrita da minha parte apresentar a ideia sem ser eu a dar o primeiro passo - ainda que seja para crescer a longo prazo e com a vossa colaboração. O nome já conhecem. E há-de ver a luz do dia no dia do meu aniversário. O que vos parece?

Espetáculos ao vivo: Portugal tem inúmeros talentos. E é gratificante poder ver os artistas que admiramos, nas mais diversas áreas, presencialmente. Uma das minhas apostas para 2019 é investir mais na cultura, principalmente, em espetáculos de Stand-Up Comedy, porque é um formato que adoro, mas que tenho em falta.

Planear uma viagem: 2018 foi muito atípico em passeios. Porém, este ano, gostava de realizar o sonho de conhecer as nossas ilhas ou de ir a Barcelona [se puderem ser os dois, melhor, mas sou grata com qualquer uma das hipóteses]. E, claro, tem que ser em família, porque é uma ambição partilhada por todos os elementos cá de casa.

O primeiro livro: É o meu desejo mais antigo e sinto que, finalmente, chegou a hora de me dedicar a ele com seriedade. Há várias coisas que me assustam neste processo, mas tenho uma ideia mais clara do que pretendo. Sem datas e sem pressões, vou-me entregar de peito aberto a esta concretização tão especial. Nunca tive a pretensão de ser uma escritora de renome - e isso não se alterou com o tempo. O que eu tenho é uma enorme vontade de me provar que sou capaz, uma vez que as palavras são uma parte da minha essência.

Que desejo[s] têm para este ano?