Maquilhagem | Batons

Fotografia da minha autoria

«Batom é o pincel que pinta os lábios dela. É aquilo que transforma em obra prima o que já era arte»

A minha relação com a maquilhagem esteve sempre reduzida ao mínimo. E, atualmente, não varia muito para além disso, não só pela falta de identificação com esta área - e arte, se ponderarmos bem -, mas também pela minha clara falta de habilidade. No entanto, isso não significa que seja completamente indiferente a algumas das suas componentes. E a zona labial tem sido o meu foco.

A partir do 6º/7º ano, comecei a usar lápis preto na linha de água. Anos mais tarde, acrescentei a máscara de pestanas. E fiquei por aqui, nesta alternância pouco aprofundada, mas suficiente para a minha personalidade, até me render aos batons! É curioso como o nosso pensamento se reestrutura, alterando a forma como observamos determinadas particularidades. Quando era mais nova, achava que ter os lábios pintados não me favorecia, sobretudo, quando o fazia de vermelho. Hoje - talvez por ter outra segurança em mim -, é das cores que mais adoro utilizar. E sinto-me poderosa quando o faço. Além disso, arrisco, sem medos, em tons diferentes, porque conciliei-me com a minha imagem ao espelho e diminui o impacto de opiniões alheias. Portanto, sem me ter apaixonado por este universo inesgotável que é a maquilhagem, fui conquistada por um produto específico, que me acompanha com, cada vez mais, frequência.

Transversal a esta mudança, está o meu traço evidente de poupança. Sou prática: se é algo que, para mim, não está na lista de essenciais, não sou capaz de despender muito dinheiro, até porque penso que seria útil para outras despesas. Por isso, pondero bastante até perceber que é um investimento aceitável. Gastar quase dez euros, ou mais, por um batom parece-me excessivo, mas também me deixa curiosa com a célebre relação qualidade-preço. E não sinto, de todo, que um valor elevado signifique, necessariamente, excelência - deveria, atendendo a essa conotação, mas não é uma verdade absoluta. Assim, quase sempre opto por artigos mais económicos, pois permitem-me, inclusive, variar com outra regularidade. Contudo, será que esta gestão compensa? Será, como se costuma dizer, que o barato sai caro?

Tinha alguns batons da Primark, que me custaram dois euros, e o resultado surpreendeu-me pela positiva. Aliás, o Bourbon dos PS... Matte Long Last Lipstick tem uma duração ótima, quase não precisando de o retocar após as refeições. Apesar disso, confesso, estava bastante curiosa com os Velvet Passion Matte, da Kiko. E percebi que seria uma questão de tempo até experimentar um. Por altura do meu aniversário, no ano transato, mimei-me com o 311: o Poppy Red. E, agora, não quero outra coisa! É verdade que são mais caros, mas a durabilidade é inacreditável. Já para não falar que são extremamente confortáveis - e fáceis de aplicar também. Em simultâneo, as embalagens são de íman, o que confere uma maior proteção, principalmente, quando o transportamos na nossa carteira. Mais recentemente, cedi aos SuperStay Matte Ink, da Maybelline, e a minha vontade é de ter um de cada cor. Porque o aplicador é bastante prático, a cor não transfere e não repuxa os lábios.

Continuarei a priorizar outros artigos. E não deixo de ter noção que estes produtos não têm o valor mais simpáticos [felizmente, há promoções]. Porém, compensam em inúmeros aspetos. E tanto os da Kiko, como os da Maybelline têm sido uma aposta ganha. E segura.