C.A.V.M.E.

Fotografia da minha autoria

A Rosa Limão criou um desafio que consiste em partilhar uma história parcialmente verdadeira com os nossos leitores, fomentando a interação - pelas próprias características do jogo -, ao mesmo tempo que desvendamos mais um fragmento pessoal. Para tal, é necessário contar uma situação que tenha acontecido connosco, embelezando um pouco a verdade. Cabe a quem lê tentar adivinhar qual é a parte real e qual a que não passa de pura imaginação. E fica ao critério de cada participante desvendar ou não esse mistério. Podem ler as restantes regras aqui.

Esta é a minha história

A minha ligação à sétima arte, como sabem, é inconstante. Curiosamente, até transitar para o secundário, ia ao cinema com alguma regularidade, porque sempre senti que tinha outro encanto. Além disso, era [e continua a ser] a desculpa perfeita para uma saída entre amigos. E foi, precisamente, numa dessas ocasiões que, juntamente com a R., a minha gémea de coração, vivi uma das situações mais aleatórias e caricatas da minha vida.

Só para contextualizar, cinema sem pipocas, para mim, não combina. E faço-as acompanhar com coca-cola. Neste dia, não foi diferente. Após tratarmos deste ritual, fomos sentar-nos na nossa fila. Quando chegamos, coloquei a minha bebida no suporte destinado para o efeito. E, enquanto me instalava, sentou-se um rapaz ao meu lado - e eu fiquei entre ele e a minha melhor amiga. Distraída com a conversa, nunca mais me lembrei que o meu copo era o da direita. E, sem pegar nele, dei um gole generoso no da esquerda. Senti logo o olhar desconfiado - e, talvez, desagradado - do rapaz, que me avisou que aquela bebida era a dele. Escusado será dizer que fiquei vermelha que nem um tomate e que só me apetecia esconder com a vergonha. Como se não fosse suficiente, tentei oferecer-lhe a minha - que estava cheia -, mas ele recusou, exigindo que lhe pagasse uma nova. Bloqueei por segundos e ele riu-se, garantindo-me que estava a brincar. E nem sequer aceitou a troca de copos, pois, segundo ele, tinha-lhe feito um favor, já que acabava por nunca beber tudo. Ainda atrapalhada, retribui a gargalhada, mas não deixei de me sentir desconfortável o resto do filme. 

Coincidência do destino, voltamos a cruzar-nos meses mais tarde. E, hoje, é um dos meus amigos mais próximos. Inacreditável, não é? Eu sei!

Desta vez, vou abrir uma exceção e passar o desafio à:

Matilde [Cantinho da Tily]; 

Teresa [Ontem é Só Memória]; 

Mary/Jane [Shimbalaiê]

Conseguem descobrir o que é verdade e o que é mentira? Não irei revelar a resposta numa publicação, mas quem quiser saber pode enviar-me um e-mail para asgavetasdaminhacasaencantada@hotmail.com