Férias 2018

Fotografia da minha autoria

«Estou de férias. Volto assim que me encontrar»

As minhas férias são sempre em família. É assim que me faz sentido. E, confesso, pesa-me o coração ao pensar que, possivelmente, em algum momento da nossa vida, isso deixará de ser compatível. No entanto, não permito que essa ansiedade influencie a paz que sentimos nesta constante descoberta a três. Sou muito feliz em viagem. E sei que o grande motivo disso é ter ao meu lado os melhores companheiros do mundo: os meus pais.

Nos últimos seis anos, o nosso destino não sofreu alterações. Bragança acolheu-nos como se fosse o nosso lar permanente e o Lago de Sanabria abriu-nos as portas da sua casa para visitas demoradas. Para além de termos construído memórias únicas e maravilhosas, pudemos explorar locais que já são uma extensão de nós. Porém, há alturas em que temos vontade - e, no fundo, necessidade - de palmilhar outros caminhos e descobrir novas paisagens. Por isso, reservamos um programa ligeiramente diferente para 2018. Apesar de ter surgido um contratempo, que nos obrigou a reformular e a abandonar algumas ideias, conseguimos aproveitar e levar a nossa Pão de Forma imaginária a lugares inspiradores - para matar saudades e/ou para conhecermos pela primeira vez.

Como as fotografias também contam histórias, deixo-vos com alguns registos que fui captando. Para eternizar os detalhes. E para, mais tarde, servirem de suporte à memória. E ao lado esquerdo do peito.

Arcos de Valdevez: É quase obrigatório fazermos, pelo menos, uma visita anual, seja para um passeio mais breve, seja para passar o dia na Praia Fluvial da Valeta. Desta vez, foi um encontro rápido, mas ficou a promessa de um regresso demorado.

Ponte de Lima: Tem aroma a família. A memórias de infância. A recordações felizes. E todas as desculpas são perfeitas para voltarmos. Mesmo não tendo ficado muito tempo, tivemos oportunidade de atravessar a ponte e explorar o Parque Temático do Arnado, ladeado pelo Museu do Brinquedo [que irei visitar numa próxima oportunidade].

Fraga da Pena: «Constitui um interessante acidente geológico atravessado pela Barroca de Degraínhos, originando um conjunto de sucessivas quedas de água». Este recanto tem um toque mágico, que nos envolve e nos deixa sem palavras. A natureza é, de facto, transcendente. Para quem vai em direção a Piodão, é uma paragem que merece ser feita.

Chãs d' Égua: É uma aldeia que pertence à freguesia de Piodão, preservando um elemento típico: casas em xisto e lousa. É tão agradável observar os detalhes e percorrer as suas ruelas. Além de nos sentirmos aconchegados pela «natureza quase em estado puro».

Oliveira do Hospital: A permanência neste município foi curta, mas ainda deu para desfrutarmos do encantador Largo Ribeiro do Amaral. E pude aumentar a minha coleção de dedais.

Vila Real: Chegamos a ir almoçar várias vezes a Vila Real, mas a verdade é que nunca exploramos a zona com a devida atenção. Ainda que nos tenham ficado a faltar alguns pontos de interesse, conseguimos regressar a casa com novos fragmentos desta cidade.

Piodão: Um ano depois de nos perdermos de amores por esta aldeia histórica, regressamos. E para descobrirmos a sua praia fluvial, com água fresca, límpida e envolta pela natureza, o que transmite uma enorme sensação de tranquilidade.

Foz d' Égua: A sua praia fluvial é irresistível, porque corresponde ao «ponto de encontro da ribeira de Piodão com a ribeira de Chãs, que correm em direção ao rio Alvoco». Este percurso «é travado por uma represa, criando um espelho de água». Desta vez, viemos só de passagem. Mas é um local que nos convida a passar o dia, a contemplar a vista e a deliciarmo-nos com a sua água cristalina.

Avô: Foi uma surpresa tão agradável! Confesso que não tinha uma ideia prévia do que poderia encontrar, mas assim que chegamos a esta vila fiquei encantada. E, acredito, deixei muito por descobrir. «Banhada pelo rio Alva e pela ribeira de Pomares, Avô é considerada uma das mais bonitas vilas do país». E é fácil compreender a razão.

Arganil: Para a despedida, ainda tivemos tempo de parar em Arganil e descobrir a praia fluvial da Peneda da Cascalheira [Secarias], que fica nas margens do rio Alva, «junto a um açude».

Como foram as vossas férias? Ou ainda não chegaram?