Feira do Livro 2018

Fotografias da minha autoria

«(...) reúne leitores e estimula uma enorme rede de relações artísticas e literárias, 

numa profusão de pulsares»

Os Jardins do Palácio de Cristal são um dos meus lugares favoritos no Porto. Pela beleza. Pelo passado. Pelos diversos espaços. Pela paisagem envolvente. Pela ligação. Pela tranquilidade. Sinto que os seus recantos escondem sempre histórias novas, para além de nos aconchegarem com as antigas. Por isso, faz-me tão bem regressar e palmilhá-los. E reservar-lhes algumas palavras e registos fotográficos [aqui, aqui e aqui]. É por toda a magia que irradiam que acredito que não há melhor palco do que este para abraçar um dos eventos mais carismáticos da cidade: a Feira do Livro.

É uma lufada de cultura e diversidade, com um programa pensado ao pormenor, que nos permite evoluir só de observarmos todo aquele ambiente. Consequentemente, faço por não perder uma edição - ainda que, inevitavelmente, tenha falhado algumas. Nem sempre vou com o intuito de comprar, mas vou sempre com vontade de passear, de desfrutar do momento e de aproveitar para conhecer: escritores, editoras, alfarrabistas e, se possível, usufruir das iniciativas complementares. O ano passado, aventurei-me sem rede, sem planos e sem títulos definidos. Fui de mente aberta e disposta a descobrir os Livros do Dia. Não queria, ainda assim, comprar por impulso, simplesmente, não limitei a minha procura. No entanto, para 2018, reservei uma nova estratégia.

Na passada sexta-feira [07/09], data em que começou, sentei-me na sala a criar uma lista de obras prioritárias, com nomes novos [Gabriel García Márquez, Carlos Ruiz Zafón, Haruki Murakami, João Tordo, Ondjaki] e alguns já familiares [Miguel Esteves Cardoso, Torey Hayden, Afonso Cruz, Mário Vargas Llosa, Valter Hugo Mãe], acrescentando a editora e o preço disponível na Wook. Atendendo que compro muito pelo site, acaba por ser o meu ponto de referência. E caso o valor coincidisse, optaria por escolher outro que fosse mais vantajoso, uma vez que, por aquela quantia, poderia obte-lo mais tarde. No total, enumerei 25 opções - bem mais do que aquelas que iria adquirir -, o que me possibilitava uma margem de manobra maior. Será que compensou?

Deambulei menos e concentrei-me mais no processo de aquisição. Portanto, houve expositores que não visitei. Considerando os livros que procurava, só a Fnac roubou o meu coração. Minto, a Relógio D' Água Editores também, porque Mataram a Cotovia, de Harper Lee, estava a 10€ [custa 18,80€]. Mas a nossa vida é feita de decisões difíceis e as poupanças que separei para esta altura foram investidas no primeiro, pois tinha os três livros de 1Q84, de Murakami, com 20% de desconto. Se foi um verdadeiro achado? De todo! Porém, em vez de pagar 18,80€ por cada exemplar, paguei 15,04€ e poupei 11,28€ [que poderão ser utilizados para adquirir outra obra, o que não seria viável com o valor original]. 

Não sei se terei oportunidade de ir mais algum dia à Feira do Livro, se bem que gostaria de marcar presença no 4º Encontro de Bloggers e Youtubers [15/09]. Caso não consiga, fecho as contas com saldo positivo - mas, por via das dúvidas, vou dar uma vista de olhos pelos Livros do Dia, para que não me escapem títulos imperdíveis e, no fundo, para ter outra desculpa para regressar.

Já foram à Feira do Livro? Fazem intenções de ir?