as coisas maravilhosas de abril

Fotografia da minha autoria



O mês mais bonito, com uma energia promissora. E não o refiro apenas por incluir o meu aniversário, mas principalmente pelos planos que trazia no regaço e pelo legado bonito que se celebra em abril. E não falhou.

Estava muito entusiasmada com algumas datas anotadas na agenda, mas a verdade é que este abril foi recheado de pequenas coisas que significaram o mundo e que funcionarão sempre como bússola quando precisar de calibrar energias. Quando corroboro que o melhor da vida está nos detalhes, por mais que soe a lugar comum, é por isto: por serem os alicerces silenciosos que sustentam a estrutura da nossa casa.

Este mês também trouxe pequenos períodos de descanso, uma nova sessão de escrita na Pavlova, reencontros, as videochamadas imperdíveis, mudanças, o regresso ao Dragão Arena e muitos cravos.


as coisas maravilhosas de abril


 os fragmentos aleatórios

Um dos álbuns que, até ao momento, está a fazer o meu ano é O Próprio, do Dillaz. Quanto mais ouço, mais gosto, e comentei com uma amiga que adorava que existisse em formato físico, porque continuo a gostar de comprar discos - acho que é uma forma bonita de eternizarmos os trabalhos de artistas que admiramos e que nos fazem sentido. Esta surpresa estava pensada, portanto, quando o rapper anunciou que teria exemplares à venda não hesitei. Chegou nos primeiros dias do mês e fica mesmo muito bem na minha coleção.

O João Couto concorreu ao Festival da Canção com o tema Quarto Para Um, que era um dos meus favoritos, e, na altura, algumas pessoas mostraram interesse nos porta-chaves que ele partilhou para o efeito. Esta ideia ficou a ecoar, até que decidiu avançar com a criação de alguns exemplares, ainda que num número limitado. Achei original, por isso, é claro que não desperdicei a oportunidade de ter um.

      

      

Foi uma luta difícil, mas conseguimos bilhetes para Desconfia. O meu podcast - entre o verso e o silêncio - já está no Spotify. A Rita enviou-me o seu segundo livro, Quando os Rios Se Cruzam, o que me deixou sem palavras e comovida, até porque não esperava. Descobri a perfeição de voz do Tom King.


 as músicas e os álbuns

🎧 Full Energy, Bispo;
🎧 Espinhos, Agir;
🎧 Lembras-te de Mim?, Carolina de Deus & Nena;
🎧 Low-key, Carla Prata


💿 Vergonha na Cara, Joana Espadinha;
💿 The Tortured Poets Department, Taylor Swift;
💿 A Madrugada Que Eu Esperava, Bárbara Tinoco & Carolina Deslandes.


 as publicações

O mundo que alcanço da janela do meu quarto é bem mais bonito por saber que, mesmo sem as ver ao segundo, as minhas pessoas continuam a estar a uma pequena distância. Mas e quando já não estiverem?

Os 32 estão um passo mais perto e quis trazer uma pré-celebração, unindo duas artes que pautam os meus dias, que são presença constante e o colo que preciso para embalar os meus anseios ou estados de euforia.

A premissa deste desafio para o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor surgiu quando ouvi a conversa entre Valter Hugo Mãe e Rui Maria Pêgo, no Debaixo da Língua. A dado momento, o autor disse algo como «eu tenho para mim que passei por alguns livros como quem habitou alguns livros» e esta imagem ficou a ecoar.


 os filmes, as séries e os podcasts

Este mês, só tenho episódios de podcasts para partilhar, porque foram os que me encheram as medidas



 os livros

📚 alma lusitana
Os Crimes do Verão de 1985, Miguel d'Alte | Máquina de Escrever Sentimentos, Inês Meneses | Quando os Rios se Cruzam, Rita da Nova (enquanto autora extra de 2023);

📚 ler djaimilia
Regras de Isolamento, Djaimilia Pereira de Almeida;

📚 12 livros para 2024
Véspera, Carla Madeira


Outros livros do mês: Devoção (Patti Smith) | Vemo-nos em Agosto (Gabriel García Márquez) | Merdas do Amor (Paulo Rodrigues) | Olive Kitteridge (Elizabeth Strout) | Utopia (Raquel Varela & Robson Vilalba) | Ver no Escuro (Cláudia R. Sampaio | O Pequeno Amigo (Donna Tartt).


 os momentos

Abril é sinónimo de celebração, atendendo a que não faltam aniversários este mês. Por outro lado, traz sempre duas datas que me são muito queridas: o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor e o 25 de Abril.

      

Tour Sntmntl, Diogo Piçarra
Tenho sempre dificuldade em escrever sobre momentos que me impactam, porque sei que nenhuma palavra estará à altura, nenhuma conseguirá traduzir o que senti. Mesmo que as palavras sejam a minha constante, não serei capaz de ser racional para as fazer resultar numa partilha coerente. Mas talvez esse não seja o propósito. Talvez o propósito seja só guardar. E ir recordando fragmentos daqui para a frente. Seja como for, tento, porque também gosto de eternizar por escrito o que me preenche (leiam tudo aqui).

     

Os 32 chegaram com muito amor e aproveitei a ocasião para destacar o mesmo número de palavras que me definem. Outra coisa maravilhosa de abril foi ver o Porto a conquistar a Taça de Portugal em Hóquei.

André Villas-Boas é o novo Presidente do Porto
Queria muito este desfecho, mas houve uma parte de mim que, admito, duvidou que fosse possível. Foram muitos anos debaixo da asa do Pinto da Costa e, independentemente de tudo o que possa ter acontecido de menos positivo nos últimos anos, há coisas que não apagam o passado. Portanto, temi que esse legado pesasse no momento da votação. Uma vez que não sou sócia e não posso ajudar a decidir o futuro do meu clube, limitei-me a esperar. A esperar e a desejar muito que a noite de 27 de abril trouxesse um novo fôlego.

Um dos valores dos quais não abro mão é o sentido de gratidão: por um passado construído a pulso, por uma história que escrevemos durante tantos anos, por ver que no meu clube «só se baixa a cabeça para beijar o símbolo». Nunca conheci o Porto com outra presidência e não me esqueço do tanto que fomos/somos por ela. Nasci portista e continuo a fazer-me portista por mim e não por quem possa estar no comando, mas é inegável que há uma mística que transita nesse elo, sobretudo quando reconhecemos, do outro lado, alguém que fale o mesmo dialeto que nós - mas já não o estava a reconhecer. No entanto, como alguém escreveu, não me esquecer do passado não quer dizer que não queira olhar para o futuro de outra perspetiva. 

É tempo de mudança, uma mudança necessária e que peca por tardia. Porque o Porto sempre mereceu mais e essa missão não estava a ser cumprida, a realidade não estava a ser essa. Só há um Porto: aquele que é de todos os Portistas e que vejo pelo olhar de André Villas-Boas. Meu Presidente, seguiremos firmes.


Como foi o vosso mês?

6 Comments

  1. Abril foi o mês em que terminei a nova edição do meu romance (agora Trilogia!). Li bastante, apesar de mais dedicada à escrita. Estreei-me com a obra da Agatha Christie. Li um livro do João Tordo sobre o 25 abril. Foi um mês cansativo, mas bom.

    Que maio seja acolhedor.

    Beijinho grande, minha querida!

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    1. Que maravilha 💛 espero que maio traga alguns frutos de todo esse trabalho, minha querida

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  2. Que maravilha de mês *.* Foi cansativo mas cheio de memorias boas :)
    Feliz Maio, minha querida :) *.*

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    1. Prometeu e cumpriu 😍
      Obrigada e igualmente, minha querida!

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