Entre Margens
Fotografia pessoal


«De onde vejo o sol e deixo entrar a luz»


A vida rodopia pela valsa dos nossos passos. Porém, nem sempre nos sorri. Mas sabe exatamente para onde nos leva, redirecionando a rota dos nossos sonhos e das nossas lutas. E eu fui compreendendo que só há um caminho possível: o da gratidão. Porque nada acontece por acaso. E de coração aberto, libertando-nos das amarras que nos impedem de ver o verdadeiro valor das aprendizagens, somos muito mais plenos.
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«Escrever é a minha forma de mudar o mundo 
- pelo menos, o meu»


A caneta esteve quase sempre em movimento, atribuindo uma forma desenhada - a azul ou a preto - aos meus pensamentos. Às minhas memórias. Às minhas leituras. Aos meus sonhos. Porque é neste ritmo criativo que me encontro, desvendo e reinvento. Sou mais eu quando mergulho na infinidade de uma folha em branco, oferecendo asas à minha imaginação. E, por isso mesmo, As gavetas da minha casa encantada só podia ser uma extensão de tudo o que confidencio nos meus cadernos.
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«Tem dias que eu não preciso de palavras, só de música»


A minha identidade é revestida por palavras. Escritas e cantadas. Por isso, preservo este vínculo tão umbilical com a música. E não há um único dia em que não abrace sonoridades de artistas que me descrevem ou, então, que começam a conquistar um lugar maior dentro do meu peito. Porque a sua arte - tão distinta e proximal - consegue ler-nos.
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«É preciso aprender a ouvir»


A criatividade - acredito e defendo - não tem limites. Nem deve. E há inúmeras maneiras de a explorarmos, dando asas aos programas de lazer que nos confortam, animam e aquecem a alma. Porque é um motivo para quebrarmos a rotina e priorizarmos paixões. Assim, desligando-me do mundo fora da janela, divido-me por tudo aquilo que me fascina.
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«Ler é sonhar pela mão de outrem»


A minha meta literária, como mencionei na publicação Goodreads | Reading Challenge 2019, estava definida nos 50 livros. No entanto, por ter sido capaz de manter um ritmo consistente, ultrapassei-a, atingindo os 81. Foi, sem qualquer dúvida, o ano em que li mais. Além disso, cruzei-me com registos arrebatadores. E estreitei laços com autores que me falam ao coração. Nesta caminhada a transbordar de palavras, fiquei com inúmeras histórias coladas à minha identidade.
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«Um pedacinho de um momento muito feliz pode ser a mão
que nos levanta quando caímos»


O traço imprevisível embala a viagem. Constrói-nos pontes e tira-nos o tapete, na medida em que a nossa vida mais precisa de ser desafiada. Para crescermos. Para abrirmos as asas. Para nos reinventarmos. Porque seguirmos a nossa estrada não significa fecharmos a porta a metamorfoses. Aliás, é precisamente o contrário. E eu procurei fazer de 2019 o impulso certo para evoluir. Para arriscar. Para viver em pleno. Aceitando os meus medos, mas sem permitir que me atrasassem.
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«Um bocadinho de amor»


O dia começou lento e preguiçoso, equilibrando a adrenalina da consoada. A partilha foi, como não poderia deixar de ser, o pilar basilar da nossa celebração. Por isso, houve muita conversa, muitas recordações e muito mimo. E, claro, surpresas de encher o coração. Sei que me repito, mas sou mesmo sortuda pela família que tenho e por todo o amor que me reservam - «saiu-me a sorte grande». Talvez fosse difícil, mas o Natal vou a superar as expectativas. Hoje, preservarei este ritmo pausado, para aproveitar o conforto que só a nossa casa e as nossas pessoas nos podem oferecer. E aproveitarei para, ladeada pela minha fortaleza, continuar a maratona de Harry Potter [emitida pela Fox]. Está a ser tudo mágico. Seria impensável pedir melhor ♥


Como está a correr o vosso Natal?
Fotografia da minha autoria


«O Natal perfeito é aquele que partilhamos com quem amamos»


Os ponteiros do relógio estão em contagem decrescente. Hoje, talvez tenha tido dificuldade em adormecer, porque é véspera de Natal e os preparativos assumem o protagonismo. Há uma certa azáfama a invadir a casa. E eu sinto-me naquele estado de alvoroço emocional saudável. Porque volto a reunir as minhas pessoas-luz, colorindo a minha época favorito do ano com novas memórias. Novos enlaços. Novas histórias.
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«Uma das mais belas criações arquitetónicas»


O céu envolto de névoa, acentuando o misticismo de locais magníficos, recebeu-nos à porta de um sonho antigo. Observando o meu Norte a ficar para trás, rumei até Sintra, para me perder na sua paisagem saída de um conto de fadas. E, para garantir que a experiência seria ainda mais memorável, programei duas visitas distintas, mas com imenso potencial. Tentei que as expectativas não assumissem proporções perigosas, porém, foi simples compreender que nunca seriam defraudadas. Porque, para iniciar a aventura em pleno, calcorreei um espaço exótico. Harmonioso. Contrastante. Inigualável. E onde a magia é praticamente palpável.


«Eu sei lá, em que dia da semana vamos
Sei lá, qual é a estação do ano
Sei lá, talvez nem sequer queira saber
Eu sei lá, porque dizem que estou louca
Sei lá, já não sou quem fui, sou outra
Sei lá, pergunta-me amanhã 
Talvez eu saiba responder

Fotografia da minha autoria


«Os melhores presentes são aqueles que são dados 
com todo o carinho e coração»


O sentido de comunidade é, sem qualquer espaço para dúvida, uma componente forte neste universo blogosférico. A par da minha paixão pela escrita, é o que me mantém a navegar quando a corrente não parece favorável. E foi por essa razão que aceitei, de imediato, integrar o Christmas Is Coming: porque a partilha que fazemos em rede tem ainda mais encanto se nos unirmos por um objetivo comum. E tão inspirador.
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«Enfeite a árvore da sua vida»


A cadeira de baloiço estava em movimento, entoando a melodia do seu vai e vem. A manta rendilhada cobria as pernas do pai, que já tinha O Quebra-Nozes aberto, aguardando pelo momento em que eu apareceria de olhar atento e maravilhado, pronta a saltar para o seu colo, viajando através das ilustrações. E foi assim que adormeci, embalada pela sua voz rouca, colocada, e pelas palavras que eu ia repetindo em surdina.
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Tema: Poesia


As palavras são melodia. São casas. E são asas. Têm o dom de nos unir num dialeto intemporal e de nos levar a conversar sobre os nossos sentimentos mais profundos. Desvendando as camadas que nos descrevem, somos feitos de um traço de mistério, que alivia o silêncio, o medo, as emoções. E abrimos a porta para mundos alternativos, quando colocamos o nosso sentir fora do peito, preenchendo páginas em branco. Tal como a poesia, que nos grita do coração. E sendo este o último tema do The Bibliophile Club, deixei-me envolver na linguagem de um dos autores portugueses que mais me tem emocionado: Afonso Cruz.
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«Ler é viver mil vidas diferentes numa única existência»


A passagem para um novo ano trouxe no regaço uma meta literária um pouco mais ambiciosa, porque pretendo sempre desafiar-me a ler mais, mas sem descurar a qualidade das obras e do tempo que disponibilizo para este momento de leitura. Porque nenhum número se sobrepõe ao prazer de abraçar novos autores, contextos e enredos. E é nesta bolha de palavras, sonhos e imaginação que cresço. E que deambulo de sorriso largo, aconchegando o lado esquerdo do peito numa onda de amor.
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«Oferecer com amor»


A possibilidade de mimar as minhas pessoas-casa não se limita à arte de presentear em si, uma vez que é, também, uma maneira de lhes agradecer por todo o cuidado. E por todo o amor. Embora não seja necessário haver uma data calendarizada para o efeito, aproveito todos os pretextos. Em primeira instância, é o estar presente que importa - e isso é indiscutível. No entanto, podemos complementá-lo com uma representação física do nosso afeto. E sem abrir falência.
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«Enquanto os pássaros batem as asas para voar, 
nós batemos o coração»


Sinto muito
Sentir tão pouco assim
Mas, um dia, fui pássaro livre
E, agora, sou apenas prisioneiro


«Eu tenho uma noção de mim
Perfeita noção de mim
Tenho-me sempre à espreita
Sob escuta atenta
É uma luta, eu sei
Tenho bem noção de mim
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«O Natal é um dia de significados e tradições»


A alma deslumbrante do Natal é resultado dos detalhes que se repetem a cada novo ano e que dividimos, de peito aberto, com as nossas pessoas-casa. E eu fico sempre fascinada com esta dinâmica familiar, que prioriza momentos mais íntimos e partilhas muito particulares.
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«Fotografar é uma maneira de ver o passado»


A sensação de pertença aconchega-me, mesmo quando piso solo, aparentemente, desconhecido. Porque há lugares que combinam com a nossa personalidade, conquistando-nos ao primeiro olhar. E para sempre. São Martinho do Porto, com a sua baía em forma de concha, tem charme. Luz. E uma essência que me fascina. Embora não seja apaixonada por praia, aprecio o contacto direto com o mar e o horizonte límpido, que nos permite sonhar. Além disso, um passeio pela sua marginal concede-nos o privilégio de acalmar, de recuperar energias, enquanto nos perdemos por detalhes singulares. E, apesar de não ter assistido, sussurraram-me que o pôr do sol é inacreditável. Esta vila piscatória é um pedaço de amor. E tem já um lugar cativo no meu coração.
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Tema: Um livro natalício


O simbolismo atribuído a datas específicas é o que as torna, naturalmente, especiais. Porque revelam a sua essência e o modo como nos relacionamos com ela. Crescida no seio de uma família que prioriza elos de companheirismo, de afeto, de fé, de união, de empatia, de amor ao próximo, «fazendo o bem sem olhar a quem», compreendi que estes são os pilares basilares da quadra natalícia. Portanto, para corresponder ao último tema de Uma Dúzia de Livros, optei por abraçar uma obra que os evidencia, da inigualável Sophia de Mello Breyner Andresen.
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«Sente na mente o que ninguém te fala»


As noites caem serenas. Há um vazio a palpitar, bombeando as emoções que desarmam um coração em [desas]sossego. Porque tudo pode ser diferente, rompendo o escuro luar que repousa numa aura a quarto crescente. Rumo a Sul, acompanhando o doce cantar dos anjos, que aparecem, secretamente, refletidos na água turva das minhas memórias. Porém, é cedo. Há promessas em sequência. Num ritmo normal, mas que nos obriga a olhar para dentro. E o teu choro chama-me, despertando-me para sentir tudo o que eu respiro, tudo o que eu ensino, tudo o que eu consigo, tudo o que eu vivo. Porque isto é tudo o que eu sou.
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«Vou Ali e Venho Já»


As ruas das minhas cidades redobram a beleza quando abraçam o Natal. E eu sinto-me a transbordar de felicidade ao percorrer rotas que conheço como a palma da minha mão, descobrindo novos encantos e novos detalhes, que só se tornam visíveis nesta época de luz. Porém, há alturas em que me imagino a rebentar a bolha e a comprar uma viagem de volta ao mundo, para conhecer cada traço de magia. Porque as celebrações são distintas, únicas. E há locais apaixonantes.
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«Não nos deixes ficar por aqui»


O silêncio dos nossos passos é tão incerto
E a estrada, sempre curvilínea, reorienta-nos
As pegadas, os [a]braços, a direção
Há um sonho que se estende para lá da linha
E a partida, utópica e fragmentada, ganha forma
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... Canecas!

[Confesso que nunca me interessei por este artigo. Para além da sua funcionalidade, não lhe atribuía outro encanto. Mas, quando comecei a estar mais atenta às infinitas opções de modelos, compreendi que dão belas coleções e que também podem assumir uma vertente decorativa - como acontece com a minha do Chip, d' A Bela e o Monstro. Agora, dou por mim a querer adquirir canecas alusivas às minhas séries e histórias favoritas. Ou, simplesmente, quando apresentam um design original. Entrei num caminho sem retorno, mas estou tranquila com esta constatação. Porque não perdi o controlo. Apenas passei a valorizar peças que, até ao momento, viviam dentro de um traço literal]
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«Sinta a música»


A minha Jukebox está pronta para acolher uma seleção temática, transbordando o encanto tão característico do Natal. E, confesso, pertenço ao grupo dos que não se sentem incomodados por, em novembro, já se escutarem os primeiros acordes. Porque desperta o espírito adormecido, ao mesmo tempo que se recordam clássicos. E voltamos a ser sonhadores. Recuamos a memórias felizes. E embarcamos numa viagem única, que só é possível neste dialeto cantado e cheio de ritmo.
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«O segredo português para a felicidade»


A felicidade é um conceito entusiasmante. E passamos uma vida inteira a correr para os seus braços. Num país que trata a melancolia com proximidade - como se fosse uma extensão da sua identidade -, onde o «salário mínimo é mesmo mínimo, os transportes públicos estão sempre atrasados e é preciso dormir à porta da Segurança Social para se ser atendido», torna-se intrigante compreender como é que existem tantos portugueses felizes. Mas, afinal, a resposta é simples e concentra-se numa «expressão singela», que nos caracteriza enquanto comunidade.
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«A beleza de unir pessoas»


O tecido que interliga os nossos sonhos é, também, um lembrete para o quanto não estamos nesta estrada sozinhos. Funcionamos no mesmo plano de ação, mas é essencial respeitarmos os diferentes ritmos, verdades e valores. E há poucas coisas nesta vida que sejam tão importantes como a empatia. Porque é a nossa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro que permite que não desvalorizemos as suas lutas, estendendo-lhe a mão - ou amparando-o - quando o precipício parece mais perto.
Fotografia da minha autoria


Há dias que são um teste aos nossos nervos

#divagação #nervos #ansiedade #teste #decisões #gestãoemocional
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«Só para avisar que já estou disponível 
para receber presentes de Natal»


A dinâmica que mais me entusiasma nesta quadra natalícia é a afetiva. É a possibilidade de me reunir com as minhas pessoas-luz, partilhando aventuras e colo, e escrevendo novas memórias na nossa bagagem pessoal e familiar. Porque não há melhor sensação no mundo do que estarmos presentes, no mesmo plano emocional e de tempo, à volta da mesa ou no sofá. No entanto, seria hipócrita se escondesse o quanto continuo a adorar desembrulhar prendas. Porque também são uma prova de amor.
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«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Novembro. Mês cultural. De muitas celebrações. E um preparativo para a época emocional e mágica que se avizinha. Contrariamente aos últimos anos, foi, também, o período destinado para tratar das prendas de Natal, evitando confusões e frustrações de última hora. É uma prática cá de casa cuidar deste assunto com antecedência, mas, desta vez, superamo-nos. E fiquei mesmo satisfeita com as escolhas que fizemos. Excluindo esta dinâmica, o penúltimo capítulo de 2019 foi bastante tranquilo. Caseiro. E familiar. Para o fechar em beleza, só podia ter abraçado um programa pelas ruas da minha eterna cidade Invicta.


«Preciso de ti para sempre
Porque quando algo é sincero
Encontro o que quero cá dentro
E nem sempre eu acerto
Mas espero e acaba por dar certo
Contigo eu sei que estou vivo
Porque já te tenho por perto
Nem sei como mereço
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«O cinema é o modo divino de contar a vida»


A sétima arte, inconscientemente, continua a ser a representação artística que mais negligencio, tendo em conta que priorizo diferentes vertentes [como a leitura, a escrita e as séries]. No entanto, esta época é perfeita para colmatar essa falha e, assim, assistir a argumentos absolutamente encantadores, inspiradores e familiares. Porque há filmes que já fazem parte da nossa história.  E há outros que esperam pela oportunidade certa de nos conquistarem para sempre.
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... Canela!

[É sempre interessante perceber o quanto os nossos gostos podem ser mutáveis. Há uns anos, dispensava o uso de canela, pois sentia que as receitas ficavam mais enjoativas. Atualmente, é uma presença quase obrigatória na despensa cá de casa. Porque adoro mexer o café com um pau desta especiaria ou de acrescentar uma colher às minhas papas de aveia. Continuo a achar que, em exagero, perde o sabor agradável, porém, quando acrescentado na medida certa, é um ingrediente que pode brilhar. Além disso, traz um toque a outono. E a Natal]
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Tema: Livros passados num lugar que queremos conhecer


A mochila está pousada na soleira da porta. E a chave da Pão de Forma balança entre os meus dedos. Por mais que o cenário descrito seja apenas hipotético, é esta possibilidade, esta capacidade de abrir as portas da imaginação, que me atrai na leitura. Porque viajo muito pelas palavras que dançam no meu regaço, quando folheio um livro e desligo dos estímulos exteriores. Portanto, não podia ter ficado mais entusiasmada com o tema de novembro para o The Bibliophile Club, que me levou a deambular por uma região que me está colada na pele - o Alentejo - e por tantos outros locais que quero muito conhecer.
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«Que o Natal seja um símbolo de amor»


A essência de determinadas épocas não perde a sua autenticidade, se as vivermos com o coração no sítio certo. Porque há traços inspiradores, que tornam o nosso percurso mais bonito e com um propósito ainda maior. Por essa razão, o Natal terá sempre um lugar especial no lado esquerdo do meu peito, pois representa tudo aquilo em que acredito. Tudo o que sinto. E tudo o que faço por perpetuar ao longo do ano.
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O segundo solo de Pedro Teixeira da Mota


Os sonhos são pequenos pontos que nos guiam. Sem saber tudo o que 2019 tinha reservado no panorama cultural, fui agendando alguns, mas mantendo margem para novidades - que fizeram por chegar na segunda metade deste ano. Portanto, gerindo a ansiedade de adquirir bilhetes com antecedência, neste mês de novembro, concretizei um muito particular. E voltei ao Teatro Sá da Bandeira para assistir a um formato que está no topo das minhas preferências: o Stand Up Comedy.
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«O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de rebater»


Desmoronou o mundo à nossa volta
E eu continuo sem palavras para te dar
Não consigo desenlaçá-las da garganta
Tento, porém, permaneço quase muda
Talvez por ainda não seres merecedor
Talvez por a dor ser demasiado grande
Impedindo-me de [te] falar
Mas, se calhar, não precisas de me ouvir
Se calhar, compreendes que este silêncio
É uma espécie de bolha protetora
Que me ampara de todos os danos colaterais
Desta derrocada que nos assolou

- O horizonte, como o conhecemos, é só mais uma utopia


«Eu ouço as marchas de São João
E um coro negro que me traz tanta emoção
Nas ruas, a amargura calou a voz
Só resta, entanto, um quanto espanto
Que me faz erguer a voz dos meus avós
Daquilo que era e que sempre será
Fotografia da minha autoria


«O Natal está no teu coração»


A época mais mágica do ano já está a espreitar pela janela. Nas ruas - e em algumas habitações -, começam a surgir as primeiras decorações, as luzes, os aromas, o ambiente aconchegante e místico, sempre tão característico. E sendo eu uma apaixonada pelo Natal, qualquer desculpa é ótima para o celebrar [mas só renovo a casa para a ocasião em dezembro]. Portanto, não poderia ficar de fora de um projeto que promete trazer mais cor, coração e dinâmica à blogosfera.
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«Fotografar é uma maneira de ver o passado»


A mochila estava preparada para um fim de semana relâmpago, longe da rotina e dos meus lugares de sempre - recuperando energias. Depois de realizar o sonho de explorar alguns recantos do centro de Sintra, ainda tive tempo para me deslumbrar com outras paragens.
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Tema: Um livro colorido


As estações frias levam-nos os raios de sol constantes, que aquecem a alma. Porém, como moeda de troca, abrem-nos a gaveta das mantas e das roupas por camadas. Contrariamente aos primeiros meses de outono, que explodem numa paleta de cores deslumbrante, novembro tem uma imagem mais cinzenta, mais monocromática. Portanto, para inverter essa tendência, o tema mais recente de Uma Dúzia de Livros transborda vivacidade, porque nos desafiou a selecionar um livro colorido.
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«Uma cidade charmosa»


A paisagem envolvente parece ter saído de um conto de fadas. Porque há cenários deslumbrantes, que materializam os espaços das nossas histórias favoritas. E, mesmo que nenhuma reflita o local em que nos encontramos, é o traço de fantasia que alimenta a nossa imaginação. Sem ter sangue de realeza, senti-me uma autêntica princesa a deambular entre Parques e Palácios que, praticamente, dispensam apresentações, mas que figuram como prioridade nos nossos destinos turísticos.
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... Miguel Sousa Tavares


O interior de um livro é um portal aberto para deambularmos por locais que nos despertam curiosidade ou, até, um certo fascínio. Porque «viajar é olhar». E é, também, ler o que os outros têm para partilhar. E Miguel Sousa Tavares é um verdadeiro contador de histórias, fazendo-nos caminhar ao seu lado. Simultaneamente, mais do que enumerar os pontos turísticos, descreve a alma de cada sítio, convidando-nos para uma exploração muito mais intensa e significativa. Portanto, seria capaz de preparar a mochila e partir de imediato, embarcado nas aventuras que o escritor abraça com tanta propriedade e mestria.
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«Tu só me amavas quando era conveniente para a tua carência»


O telemóvel suspirou um sinal leve, uma vibração quase inaudível, mas que foi suficiente para me acordar - acho que os nossos sentidos estão sempre em sobreaviso, detetando o que nos espera. Olhei para o relógio, antes de ler a mensagem, e a hora não poderia ser mais esclarecedora. Os ponteiros marcavam as 3h40. E isso só implicava um cenário: tu. Não havia outra alternativa. E, ao conferir o que aparecia no visor, confirmei a minha suspeita: Estou cá em baixo.


«Connosco a história é bem diferente
Canções de amor não rimam com a gente
O tempo é todo errado
Ou estamos mesmo agarrados
A tentar não ser
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... Sonhar!

[Sonho muito acordada: com objetivos específicos ou com ideias completamente surreais. Mas é difícil recordar-me daqueles que idealizei a dormir. Dizem que o sonho comanda a vida. E eu corroboro essa teoria, porque nos impulsiona. Porque atribui propósito aos nossos passos. Porque nos permite observar - e compreender - o mundo para além do óbvio. Por isso, sonho. Mantenho um pé firme, em solo seguro, mas sonho. E vejo portais em paredes de pedra. Porque é esta liberdade - de olhar, de imaginar, de ser - que me alimenta]
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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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